Chefe do Estado-Maior General de
Moçambique anunciou ontem que a África do Sul vai liderar as forças da SADC
destacadas para apoiar Maputo no combate ao terrorismo
O Chefe do Estado-Maior General
de Moçambique, Joaquim Rivas Mangrasse, anunciou nesta sexta-feira
(23.07) que a África do Sul é que vai liderar as forças da Comunidade
de Desenvolvimento da África Austral (SADC) destacadas para apoiar
Maputo no combate ao terrorismo
"O país que tiver maior força vai comandar e neste caso é a África do Sul. Botswana vai coadjuvar e nós, como Moçambique, faremos parte no mecanismo de coordenação desta força, ocupando a posição de Estado-Maior", disse Joaquim Rivas Mangrasse.
Aquele responsável falava à comunicação social momentos após o encerramento do 34.º curso de Fuzileiros Navais, em Maputo.
Operações táticas, "responsabilidade de cada país"
Segundo Joaquim Rivas Mangrasse, pelo menos nove oficiais moçambicanos vão ser integrados em cada força que compõe o conjunto da SADC destacado para Cabo Delgado, mas as operações táticas no terreno são da responsabilidade de cada país.
"Na parte tática, cada país comanda a sua força, porque é a execução no terreno", frisou.
O mandato de uma "força
conjunta em estado de alerta" da SADC para apoiar Moçambique no combate
contra o terrorismo
Segundo o Ministério da Defesa, além de África do Sul e Botsuana, países como Tanzânia e Angola também já confirmaram que vão enviar as suas forças, mas Moçambique também espera por outros soldados de países-membros daquela organização regional.
Número de militares
Não é publicamente conhecido o
número de militares que a organização vai enviar a Moçambique, mas peritos da
SADC que estiveram
Grupos armados aterrorizam a província de Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo Estado Islâmico. Há mais de 2.800 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e 732 mil deslocados, de acordo com as Nações Unidas.
Deutsche Welle | Lusa
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