MOÇAMBIQUE
Governador de Cabo Delgado, norte de Moçambique, afirma que ainda não há condições para o retorno da população que fugiu dos ataques armados em Mocímboa da Praia, considerando que as operações de limpeza continuam.
"A vila de Mocímboa da Praia está livre dos terroristas, entretanto, as duas forças [de Moçambique e Ruanda] estão de acordo com o que nós emitimos: nas condições em que a vila está, nós não podemos aconselhar as nossas populações a voltarem", disse Valige Tauabo, que visitou esta quinta-feira (12.08) a vila sede de Mocímboa da Praia.
Em causa está o anúncio, no
domingo, da reconquista
da vila de Mocímboa da Praia, considerada por muitos a
"base" dos grupos insurgentes que têm protagonizado ataques armados
As primeiras imagens divulgadas pela imprensa moçambicana mostravam uma vila quase fantasma e com várias infraestruturas destruídas, entre hospitais, escolas e empresas, além das instalações do porto e do aeroporto.
Segundo o governador da província de Cabo Delgado, as comunidades só podem regressar à vila após a conclusão do trabalho da força conjunta nos bairros nos arredores da vila. "Limpeza está em curso", frisou o governador da província.
Aeródromo precisa de novo investimento
Entretanto, o aeródromo de Mocímboa da Praia precisa de um novo investimento para voltar a funcionar, após ter sido destruído pelos grupos armados que ocuparam a zona durante 15 meses, anunciou a empresa Aeroportos de Moçambique (ADM).
"Tudo está queimado, tudo está em cinzas", disse Eduardo Mutereda, diretor operacional da ADM, em declarações à emissora pública Rádio Moçambique.
Mutereda avançou que o equipamento de controlo de aeronaves foi completamente danificado durante a ocupação da vila de Mocímboa da Praia por rebeldes, em 23 de março de 2020. "Estamos a fazer o inventário e vamos fazer um estudo mais pormenorizado sobre as necessidades de um novo investimento", declarou.
Deutsche Welle | Lusa
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