Timor-Leste mantém confinamento em Díli e impõe cerca sanitária em Manufahi
O Governo timorense decidiu hoje manter até 09 de setembro o confinamento obrigatório a toda a população de Díli e impor cerca sanitára no município de Manufahi, para tentar controlar a transmissão do novo coronavírus.
A decisão foi tomada na reunião do Conselho de Ministros, tendo sido anunciado também que não é renovada a imposição de confinamento da população nos postos administrativos de Ermera e Railaco, assim como no município de Ermera.
As autoridades já tinham imposto o confinamento em Díli a 25 de agosto, uma obrigatoriedade que incluiu as pessoas que se encontram vacinadas contra a covid-19.
"Todas as pessoas no município de Díli, incluindo as pessoas que se encontram vacinadas contra a covid-19, continuam obrigadas a permanecer em casa, podendo sair apenas por razões de saúde, de trabalho (...), para acesso a bens e serviços de primeira necessidade e para receber a vacina", pode ler-se no comunicado.
"Ficam encerrados ao público todos os estabelecimentos comerciais, industriais, artesanais ou de prestação de serviços do setor privado da economia que desenvolvam atividade no município de Díli", indica-se na mesma nota.
No caso de Díli, relativamente à anterior Resolução do Governo, registam-se apenas duas alterações: permite-se a saída da residência para, por um lado, fazer o recenseamento eleitoral e para, por outro lado, assegurar o funcionamento das empresas de prestação de serviços de controlo de pestes.
O Conselho de Ministros decidiu também impor cerca sanitária em Manufahi até 15 de setembro, ficando proibida a entrada e saída deste município, exceto por razões de segurança pública, saúde pública, assistência humanitária, manutenção dos sistemas de abastecimento público ou de realização do interesse público.
"Esta proibição não abrange as pessoas que comprovem a vacinação completa (duas doses) contra a covid-19, bem como os menores de seis anos que os acompanhem", detalha-se no comunicado.
Timor-Leste registou mais de 60 mortos e de 4.500 casos desde o início da pandemia. Mais de metade dos óbitos acontecera em agosto.
A covid-19 provocou pelo menos 4.507.823 mortes em todo o mundo, entre mais de 216,98 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência de notícias France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
RTP | Lusa
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