sábado, 24 de julho de 2021

AFUNDA-SE O “HEGEMON”…

SEM QUE ISSO SEJA AINDA RELEVANTE PARA O ALVO QUE É O SUL GLOBAL

Martinho Júnior, Luanda 

O “hegemon” está a afundar-se irremediavelmente no próprio labirinto caótico que criou, com uma cabeça num psicadélico frenesim pejado de ilusões, alienações e dum hollyhodesco show, sem pudor nem limites, habitando um corpo embrutecido de mastodonte enfurecido e carregado de arrogância, ódio e desprezo pelos outros, mas com raquíticos pés de barro apenas capazes de titubeantes passos, sem nexo, nem rigor face a outros poderes que irremediavelmente se levantam!...

Foi assim desde o último dia da IIª Guerra Mundial!...

No final da IIª Guerra Mundial foi buscar aos vencidos uma parte dos cérebros estratégicos, em função dos quais ganhou preponderância dominante, em proveito do unilateralismo genético de sua opção capitalista fundada na exclusão, que pretendia unilateralmente não ter fim e por isso se armou até aos dentes…

Depois foi procurando sempre captar cérebros de todos os recantos do mundo, ficando inebriados com esse poder de atracção, enquanto levava, por via duma incomensurável cobiça e nas direcções mais atractivas ao lucro, seu enorme poder industrial que assim foi sendo esvaído e por si próprio desperdiçado, de tão inebriantes eram  suas ilusões e alienações!

ONG diz que seca no sul de Angola "está a ser catastrófica"

O diretor executivo da organização não-governamental Associação Construindo Comunidades (ACC) acusou ontem o Governo angolano de mau aproveitamento de águas e criticou a falta de políticas públicas.

Segundo o diretor da organização não-governamental (ONG) Associação Construindo Comunidades (ACC), Domingos Fingo, que tem trabalhado no terreno, em conjunto com a Amnistia Internacional e com outras organizações, a seca no sul de Angola "está a criar situações extremamente embaraçosas para as famílias pastoris, que são vulneráveis".

O diretor-executivo da ONG também criticou a posição do Governo angolano, acusando-o de não garantir um "aproveitamento racional das águas".

"O problema é que o início da fome se agrava na medida em que não há políticas públicas por parte do nosso Governo suscetíveis de garantirem o aproveitamento racional das águas pluviométricas. De facto, tem havido secas cíclicas, mas não significa que durante um ano inteiro não haja queda de chuvas", apontou.

Moçambique | Bispo de Pemba alerta para "indústria do sofrimento" à custa das vítimas

Bispo António Juliasse Sandramo teme a dissipação da ajuda humanitária. O administrador da diocese de Pemba, capital de Cabo Delgado, pede ainda às forças estrangeiras respeito pelos direitos humanos.

O bispo António Juliasse Sandramo, administrador da diocese de Pemba, norte de Moçambique, alertou esta sexta-feira (23.07) para o perigo de criação de "uma indústria do sofrimento" que "dissipa" a ajuda humanitária, apelando para a canalização da ajuda aos necessitados. "Quando há situações de sofrimento, pode ser criada uma indústria do sofrimento, que se aproveita do sofrimento do povo", afirmou Sandramo.

A indústria do sofrimento, prosseguiu, pode ser montada por organizações de apoio humanitário, através da instalação de estruturas de funcionamento pesadas e que pagam salários elevados aos seus trabalhadores. Estas entidades podem canalizar mais recursos para a sua máquina do que para as populações em situação de necessidade, sustentou o bispo.

O administrador da diocese de Pemba avançou que a prioridade deve ser o apoio às vítimas da violência armada em Cabo Delgado, cuja capital é Pemba. Por outro lado, a disponibilidade de bens para a ajuda humanitária também pode atrair a tentação de desvios, num país com níveis de corrupção endémicos, acrescentou. "Este risco [de desvio de ajuda humanitária] existe, com os níveis que nós temos de corrupção em Moçambique, isso nos leva a que o risco se torne maior", afirmou.

Sandramo assinalou que o país deve trabalhar para que "as ajudas que são anunciadas em nome dos deslocados de Cabo Delgado sejam verdadeiramente orientadas para minorar o sofrimento deste povo e nada mas do que isso".

Terrorismo em Cabo Delgado: África do Sul vai liderar força da SADC

Chefe do Estado-Maior General de Moçambique anunciou ontem que a África do Sul vai liderar as forças da SADC destacadas para apoiar Maputo no combate ao terrorismo em Cabo Delgado.

O Chefe do Estado-Maior General de Moçambique, Joaquim Rivas Mangrasse, anunciou nesta sexta-feira (23.07) que a África do Sul é que vai liderar as forças da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) destacadas para apoiar Maputo no combate ao terrorismo em Cabo Delgado.

"O país que tiver maior força vai comandar e neste caso é a África do Sul. Botswana vai coadjuvar e nós, como Moçambique, faremos parte no mecanismo de coordenação desta força, ocupando a posição de Estado-Maior", disse Joaquim Rivas Mangrasse.

Aquele responsável falava à comunicação social momentos após o encerramento do 34.º curso de Fuzileiros Navais, em Maputo.

Covid-19: Quatro pessoas com variante Delta entraram em Timor-Leste

Pelo menos quatro pessoas que entraram em Timor-Leste no final de junho e início de julho testaram positivo à variante Delta do SARS-CoV-2, segundo análises realizadas na Austrália, anunciaram as autoridades em Díli.

Em comunicado, o Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC) explica que os quatro casos foram detetados entre 300 amostras enviadas para sequenciação genómica no Peter Doherti Institute, em Melbourne, no passado dia 14 de julho.

O comunicado explica que "foi feito um pedido de análise urgente das amostras" tendo sido detetado que quatro pessoas que entraram no país, por via aérea e pela fronteira terrestre, entre 26 de junho e 08 de julho, registavam a variante B.1.617.2 (Delta), uma variante preocupante".

"Das quatro pessoas que estavam em isolamento ou quarentena, uma ficou, entretanto, negativa e as restantes três continuam em isolamento", sublinha-se no comunicado.

Avelino Coelho poderá ser candidato às eleições presidenciais de Timor-Leste

Se Xanana Gusmão não se candidatar Avelino Coelho avançará para as presidenciais de 2022

M. Azancot de Menezes*

Avelino Coelho da Silva informou-me e declarou aos órgãos de comunicação social de Timor-Leste que poderá ser candidato às eleições presidenciais de 2022. A sua decisão dependerá do posicionamento do Líder Histórico da Resistência timorense. Caso Kay Rala Xanana Gusmão se decida candidatar, Avelino Coelho retirará essa hipótese e apoiará de corpo e alma o líder do CNRT.

O Presidente do Partido Socialista de Timor (PST), um dos principais líderes da Frente Clandestina durante a luta de libertação nacional de Timor-Leste, ex-Colaborador do Estado-Maior das Forças Armadas de Libertação Nacional de Timor-Leste (FALINTIL) e um dos principais fundadores da Brigada Negra (Comando Especial das FALINTIL responsável pela guerrilha urbana na Indonésia e em Timor-Leste), declarou aos órgãos de imprensa que será  candidato às eleições presidenciais de 2022 na eventualidade de Kay Rala Xanana Gusmão não se candidatar.

COVID-19 torna a Indonésia um pária global

# Publicado em português do Brasil

Ajuda internacional está a chegar em grande quantidade

A Indonésia ganhou o manto de pária global quando se trata de lidar com a pandemia COVID-19. Sua complacência durante grande parte do ano passado, com as autoridades insistindo que a Indonésia não estava muito mal em comparação com muitos outros países, voltou para punir a nação. A mídia global, como The Economist e The New York Times, descreve a Indonésia como o epicentro do COVID-19.

Pelo menos 10 países, mais todos os países europeus dentro da zona Schengen, impuseram várias formas de restrições de viagem, desde uma proibição total de entrada para todos os indonésios até a proibição de todos os viajantes da Indonésia ou dias obrigatórios de isolamento na chegada, e um completo proibição de todos os voos provenientes da Indonésia. Cingapura proibiu até mesmo os viajantes da Indonésia, independentemente da nacionalidade, de fazer uma escala no aeroporto de Changi para voar para outros destinos.

Enquanto isso, o governo indonésio está recebendo um grande voto de não confiança de estrangeiros que vivem no país, que estão fugindo ou tentando sair quando a situação permite. A mídia japonesa está relatando que Tóquio tem ajudado seus cidadãos a deixar a Indonésia, enviando aviões a Jacarta para ajudar na evacuação. Um cidadão japonês que partia de Jacarta disse ao canal japonês NTV que estava partindo porque, como estrangeiro, não tinha acesso às vacinas.

Pelo menos 340 japoneses que vivem na Indonésia testaram positivo para COVID-19, 14 deles morreram, de acordo com Nikkei Asia citando funcionários da embaixada em Jacarta. Os japoneses estão entre as maiores comunidades de expatriados, junto com os chineses, coreanos, indianos e filipinos. Não há relatos de taxas de infecção e mortalidade entre as outras grandes comunidades.

Economia fria

Paulo Rego* | Plataforma | opinião

A Administração Biden assume a estratégia de bipolarização das relações internacionais: de um lado santifica o bloco “democrático”, que Washington pretende conduzir; do outro demoniza o bloco “autocrático”, cuja liderança atribui à China.  

A conduta de Biden, quando chefiou as relações externas de Obama, anunciava esta postura; a sua recente visita à Europa clarificou o desejo de uma aliança que isole a Rússia e a China… e as recentes declarações da diplomacia norte-americana em Hong Kong, aconselhando os investidores americanos a retirarem-se, abrem a porta a uma nova guerra fria – para já, económica. Veremos como reage a China.  

A tese de desinvestimento mostra que o Ocidente prepara o fim de um longo ciclo de deslocalização da produção, durante o qual explorou o baixo custo laboral e a fragilidade dos direitos sociais e políticos nos mercados emergentes.

A União Europeia no caminho do colapso

Victor Ângelo* | Diário de Notícias | opinião

O húngaro Viktor Orbán, o polaco Jaroslaw Kaczynski e o turco Recep Erdogan voltaram a ser lembrados nesta semana como três das grandes ameaças à continuidade da UE. O relatório agora publicado pela Comissão Europeia sobre a situação do Estado de direito nos países membros coloca em evidência os dois primeiros. A crise na Líbia põe de novo em cena o terceiro. Todos eles fazem parte das preocupações quotidianas de quem quer construir uma Europa coesa, baseada nos valores da democracia, da tolerância e da cooperação.

O relatório confirma o que já se sabia sobre o primeiro-ministro húngaro. Orbán manipula a opinião pública do seu país, abusa do poder para reduzir ao máximo o campo de ação dos seus adversários e ataca a liberdade de imprensa, a atuação da sociedade civil e a autonomia académica. As suspeitas de corrupção na atribuição de contratos públicos a empresas ligadas aos seus e ao partido no poder assentam em indícios muito fortes. Para apimentar ainda mais uma salgalhada pouco democrática e muito opaca, vieram agora a público acusações sobre a utilização pelos serviços secretos da aplicação informática Pegasus, para espiar os jornalistas e outros que se opõem à sua má governação. É tudo isso e não apenas a nova lei sobre homossexualidade. Mas o homem é astuto. Está a reduzir o conflito com Bruxelas a uma dimensão que nem em jogo está - a proteção das crianças e dos adolescentes. E depois anuncia que haverá um referendo nacional sobre esse tema, certamente enviesado à maneira.

A luta contra a corrupção e pelo bom funcionamento da justiça, sobretudo a sua independência, são dois aspetos fundamentais do projeto europeu. Foi a questão da justiça que fez aparecer a Polónia em letras gordas no relatório atrás referido. O partido ora no governo, impropriamente chamado Direito e Justiça (PiS), liderado pelo ultraconservador Kaczynski, tem feito tudo para subjugar os magistrados ao poder político e para ignorar Bruxelas, sempre que cheira a crítica. Assim, o presidente do Supremo, nomeado pela mão do PiS, não quer reconhecer a primazia e a autoridade do Tribunal de Justiça da União Europeia. A Comissão Europeia deu-lhe um prazo até meados de agosto para aplicar duas decisões do tribunal europeu, o que revela a existência de um conflito aberto entre Bruxelas e Varsóvia.

O LIBERTADOR


Henrique Monteiro | HenriCartoon

Ler em Página Global"Quem pensa que a pandemia acabou vive num paraíso de tolos"

Portugal | Requisição Civil e Hipocrisia

Carvalho da Silva* | Jornal de Notícias | opinião

A greve dos trabalhadores da Groundforce, do passado fim de semana, causou inquietações nos portugueses que se preocupam com a recuperação da economia e o futuro do país.

Naturalmente, essas preocupações surgiram acentuadas no setor do turismo. Nesse contexto, compreende-se que o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, tenha surgido a reclamar a resolução do problema. Já é mais difícil aceitar que tenha dito "esta greve não devia ter acontecido e a próxima não pode acontecer". E merecem reflexão outras afirmações que fez, pois, a democracia não sobrevive sem ética.

Instado por uma jornalista da SIC-N, no dia 20, a dizer se era "sensível aos argumentos dos trabalhadores", Francisco Calheiros assobiou para o lado e, depois de afirmar "não conhecer o que está em cima da mesa" e que "os trabalhadores argumentam que é a falta de pagamento de salários", passou a responsabilizar em pé de igualdade os sindicatos a empresa e o Governo. Ora, o presidente da CTP sabe que na Groundforce se vive uma instabilidade salarial insustentável, que o salário é um direito humano fundamental, e que é inqualificável exortar um governo a fazer uma requisição civil de trabalhadores a quem não se paga salários. Ele também sabe que os sindicatos têm, insistentemente, reclamado diálogo. E sabe ainda, que o acionista maioritário - Alfredo Casimiro, a quem foi oferecida a empresa no processo de privatização e desmantelamento da TAP - se está borrifando para o futuro da empresa e para o interesse nacional: só lhe interessa, sem qualquer merecimento, ter ganhos pessoais.

Portugal tem dois contratos para "possível" terceira dose da vacina

O Infarmed informou esta sexta-feira que a "informação disponível até à data não permite concluir sobre a necessidade" de uma terceira dose da vacina contra a covid-19. Contudo, o país já se acautelou e tem dois contratos com a Pfizer e a Moderna.

A autoridade nacional do medicamento explica que, conjuntamente com a Direção-Geral da Saúde (DGS), "estão a acompanhar os dados técnico-científicos" e a "eventual necessidade de doses adicionais ao esquema aprovado para algumas populações mais vulneráveis".

Desta forma, para administrar uma possível terceira dose e acautelar a população face a novas variantes, Portugal tem dois contratos com as farmacêuticas BioNTech/Pfizer e Moderna, que ultrapassam os 14 milhões de vacinas.

Para o ano de 2023, o contrato com a Pfizer é de mais 10 milhões de doses.

O Infarmed informa que poderão chegar "mais vacinas" a Portugal, mas algumas ainda estão em avaliação pela Agência Europeia do Medicamento (EMA).

Jornal de Notícias | Imagem: Rui Manuel Fonseca / Global Imagens

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