terça-feira, 24 de agosto de 2021

O que fazer? - O dilema europeu

# Publicado em português do Brasil

Patrick Armstrong* | Strategic Culture Foundation© Imagem: Reuters / Christian Mang

Almeje uma independência genuína: preserve o pensamento de uma Europa unida se tornando uma força independente no mundo, escreve Patrick Armstrong.

De acordo com a tradição antiga, existem duas questões obsessivas na história da Rússia: quem é o culpado e o que deve ser feito? Esta afirmação é provavelmente outro tropo russofóbico em que a Rússia foi, é e sempre será uma bagunça povoada por bêbados supinos que murmuram "Não sou eu" e "Passe a garrafa". No entanto, são boas perguntas e que os europeus deveriam ponderar. Aqui estão algumas circunstâncias que exigem algo diferente.

“A União Europeia como uma superpotência emergente ” - Wikipedia tem um artigo inteiro sobre isso. E, no papel, é: a população, o poder econômico, o poder militar potencial, o poder intelectual e tudo o mais necessário para se tornar um ator independente significativo no cenário mundial - totalmente igual a qualquer outra grande potência. Exceto ... não é. Por que não é? Por que seguiu a liderança de Washington e sancionou a Rússia? As sanções certamente custaram mais do que os EUA e provavelmente mais do que a Rússia; Washington, por outro lado, nunca sanciona motores de foguetes russos ou petróleo russo. Por que os europeus obedientemente engolem isso? Muitos deles seguiram Washington até o Afeganistão e outras aventuras militares desastrosas em troca de uma recompensa pelo fracasso e pela crise. Pelo menos eles encontraram a vontade de parar de fingir que Guaido é realmente o presidente da Venezuela, mas eles estão atacando a Bielo-Rússia sob o comando de Washington. Porque? Nenhum tipo de “superpotência” no cenário geopolítico, a UE faz muito bem o que Washington diz. Há uma rebelião ocasional - Alemanha e Nord Stream 2 - mas depois o envio obsequioso de um navio de guerra em uma missão FON para agradar a Washington. Esperando cortar o custo com uma tentativa tímida de apaziguar Pequim . Essas são as ações de um país independente que se preze? O que é para ser feito?

Forças corruptas e abusivas do Afeganistão precisam de ajuda

As forças corruptas e abusivas anti-Talibã do Afeganistão precisam de ajuda

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Branko Marcetic* | Jacobin | opinião

Uma crescente frente de resistência anti-Taleban implora por ajuda do Ocidente para retomar o país. Eles esperam que ninguém olhe muito atentamente para suas histórias de abuso de direitos humanos e corrupção.

A poeira mal baixou com o fim da guerra dos EUA no Afeganistão, e outra já está se formando. Em um artigo de opinião do Washington Post na semana passada, Ahmad Massoud, filho do falecido senhor da guerra afegão Ahmad Shah Massoud, escreveu: “A resistência mujahideen ao Talibã começa agora. Mas precisamos de ajuda ”, um passo para as potências ocidentais para facilitar uma nova insurgência anti-Taleban no país, no espírito da“ Frente Unida Nacional ”- mais conhecida como a Aliança do Norte que lutou e acabou ajudando a derrubar o Taleban em 2001 pela parceria com a invasão dos Estados Unidos.

Declarando a província de Panjshir do norte onde ele e outros líderes da resistência em potencial estão escondidos como "o último bastião da liberdade afegã", Massoud está pedindo "mais armas, mais munição e mais suprimentos" da coalizão internacional que travou guerra em o país por vinte anos.

Porque o ocidente não aprende lição com a queda de Cabul

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Nesrine Malik | The Guardian | opinião

Do Sudão ao Iraque e ao Afeganistão, as políticas hipócritas dos EUA e do Reino Unido têm mais a ver com poder do que pessoas

Em agosto de 1998, duas semanas depois que uma organização terrorista pouco conhecida chamada Al-Qaeda se anunciou ao mundo com ataques a bomba contra as embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia, o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, retaliou com ataques de mísseis contra uma fábrica farmacêutica no Sudão. O centro de Cartum foi abalado no meio da noite pelo impacto de uma dúzia de mísseis Tomahawk, que destruíram a fábrica, matando um vigia noturno e ferindo outras 11 pessoas. Os EUA alegaram que a fábrica - que era a maior fornecedora de medicamentos em um país sob sanções - estava produzindo secretamente agentes nervosos em nome da Al Qaeda, mas não demorou muito para que as autoridades americanas admitissem que a “evidência ... era não tão sólido como primeiro retratado ”.

O ataque, em outras palavras, foi simplesmente um ato de retaliação contra um alvo aleatório, sem qualquer conexão com o crime supostamente sendo vingado. Eu era um estudante universitário em Cartum na época. Lembro-me da confusão no dia seguinte às explosões, quando visitei o local destruído da fábrica com outros alunos. O que de repente ficou claro para nós então, diante das ruínas de uma cidade adormecida que supostamente se tornara o centro do terrorismo islâmico da noite para o dia, foi a verdadeira lógica da “guerra ao terror”: nossas vidas eram forragem para a produção de ousados manchetes em jornais americanos, saudando a força, ação rápida e determinação dos líderes ocidentais. Nós, na ponta de tudo, nunca seríamos os protagonistas. Essas eram as políticas e os formadores de opinião de muito, muito longe, para quem nossa experiência foi apenas a resolução de uma discussão sobre eles mesmos. A operação foi assustadora, mas apropriadamente chamada de Infinite Reach.

Nunca houve qualquer admissão deste erro, nenhum pedido de desculpas ou responsabilidade assumida. Funcionários do governo Clinton admitiram aqui e ali que a inteligência talvez não fosse exatamente correta, mas ninguém sofreu a menor punição por errar. O dono da fábrica, que nunca foi reconstruída, moveu uma ação contra os EUA em um tribunal americano. O caso foi descartado.

Extinction Rebellion dá início a duas semanas de manifestações

Centenas de ativistas juntaram-se em Trafalgar Square numa iniciativa que serve de pontapé de saída para dezenas de ações de protesto nas duas próximas semanas. Exigem que o Governo se desfaça das empresas de combustíveis fósseis.

A ação desta segunda-feira da Extinction Rebellion, que junta centenas de pessoas na Trafalgar Square, dá início às ações de protesto em vários locais de Londres nas próximas duas semanas, segundo o jornal britânico Evening Standard(link is external). Os ativistas exigem que o Governo britânico se desfaça das suas empresas de combustíveis fósseis.

Gail Bradbook, co-fundadora do movimento ambientalista, abriu a “Impossible Rebellion” com um discurso de partilha com as nações que são desproporcionalmente afetadas pelas alterações climáticas.

Política incerta Washington-China prejudica negócios dos EUA

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Política incerta de Washington sobre China prejudica negócios dos EUA, diz Forbes

Nova York, 23 ago (Xinhua) -- A falta de uma agenda clara do governo Biden sobre a política comercial e de investimento em relação à China criou uma incerteza que está prejudicando as empresas norte-americanas, publicou a revista americana Forbes no sábado.

"Antes de ele (Biden) assumir o cargo, muitos de nós, incluindo eu, esperávamos um acalmar de águas e uma redução na tensão bilateral. Em vez disso, o que vimos foi muito pouca mudança na política, especialmente na política comercial, e de fato vimos um aumento nas tensões. E para as empresas, aumentou a incerteza", disse o presidente do Conselho Empresarial EUA-China, Craig Allen, citado pela revista.

As autoridades de Biden estão claramente ocupadas com muitas discussões sobre a China, mas "diferentes agências têm diferentes opiniões" e leva muito tempo para decidir, disse Allen, um diplomata e oficial comercial de longa data dos EUA, no 3º Fórum de Negócios EUA-China organizado online pela Forbes China sob o tema "Reconstruir o Ímpeto".

Alterações climáticas ameaçam Macau e Hong Kong

Este mês, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC na sigla inglesa) publicou um relatório sobre as alterações climáticas, contando com a participação de mais de 230 especialistas e 14 mil documentos científicos, concluindo que as consequências causadas pelas alterações climáticas são piores do que se pensava. O PLATAFORMA entrevistou Fong Chi Kong, meteorologista e diretor da Weather Underground Hong Kong. O especialista afirmou que, mesmo se o mundo inteiro fizesse uma transformação imediata, o manto de gelo da Gronelândia continuaria a derreter e os níveis do mar a subir. Chegámos ao “ponto de não retorno”.  

Tufões e tempestades cada vez mais fortes 

Este ano, as regiões de Macau e China continental, juntamente com a Europa, foram atingidas por chuvas intensas. Na RAEM já foram emitidos três sinais pretos de chuva intensa, um teve lugar no dia 1 de junho, quando foram registados 423 mm de precipitação, o valor mais alto nos últimos 69 anos. Fong explica que, segundo o relatório do IPCC, os dias de chuvas intensas não irão necessariamente crescer em frequência, mas sim em intensidade. Os ciclones tropicais irão mover-se para norte, e afetar regiões como o Norte da China e Coreia do Sul. “Fenómenos meteorológicos extremos poderão no futuro surgir de forma agrupada, por exemplo, com ondas de calor e seca, ou chuvas intensas e tempestades”, acrescentou. 

Questionado sobre o aumento do número de dias com chuvas intensas em Macau, Fong explica que os dados dos últimos 20 anos não revelam um padrão claro no número de dias com precipitação: “Alguns anos mais, outros menos, não existe nenhuma tendência, é aleatório.” O mesmo afirma ser extremamente difícil prever estes fenómenos. “A chuva intensa é imprevisível, apenas é possível prever a sua chegada uma hora antes e, mesmo assim, essa previsão pode revelar-se errada na hora seguinte. É praticamente impossível antecipar cientificamente as próximas três horas de chuva intensa.” 

Parlamento de Timor-Leste elegeu novo presidente da CNE

M. Azancot de Menezes*

José da Costa Belo foi eleito pelo Parlamento Nacional para presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Timor-Leste. O novo presidente da CNE, um homem muito respeitado e conhecido no país e internacionalmente pela sua competência e integridade, foi eleito para um mandato de 5 (cinco) anos.

O recém-eleito presidente da CNE desempenhou funções de presidente deste órgão eleitoral no mandato 2011 – 2016, tendo-se notabilizado pela sua extrema simplicidade, competência, integridade e princípios de ordem ética e deontológica. Apesar de ter deixado de ser o presidente, desde então, manteve-se como comissário da CNE e desempenhou funções como Reitor da Universidade de Díli (UNDIL). No passado dia 16, em cerimónia solene transmitida em directo pela Televisão Pública de Timor-Leste, tomou posse perante Aniceto Guterres, Presidente do Parlamento Nacional de Timor-Leste.

Nova agenda da CNE deverá incluir a retoma de parcerias com a CPLP e a ASEAN

José Agostinho da Costa Belo Pereira, natural de Baucau (Timor-Leste), licenciado em Ciências Políticas e Direito, mestre em Gestão e em fase de conclusão do Doutoramento em Sociologia Política,  um homem considerado muito próximo da Igreja Católica, durante o mandato 2011-2016 desempenhou um papel notável de aproximação à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e no âmbito da dinamização do processo eleitoral em contexto regional, nomeadamente na consolidação dos laços entre a CNE de Timor-Leste e a Asian Network for Free Elections (ANFREL).

Efectivamente, em 20 de Março de 2015, José da Costa Belo, num processo faseado, inédito, considerado  altamente estratégico para Timor-Leste, conseguiu aglomerar representantes de Órgãos Eleitorais de Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, em Díli, onde se  assinou a “Declaração de Díli dos Órgãos Superiores de Administração Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa”.

Nos termos da “Declaração de Díli”, os representantes dos Órgãos Superiores de Administração Eleitoral dos PALOP que se deslocaram a Díli, nomeadamente, Sebastião Diogo Bessa (Angola), Manuel Miranda (Cabo Verde), Guiné-Bissau (Augusto Mendes), Moçambique (Meque Brás Dacambane) e São Tomé e Príncipe (Victor Manuel Neto Correia), bem como, José da Costa Belo (Timor-Leste), defenderam que as Comissões Eleitorais da CPLP deveriam realizar esforços para:

“Criar um Grupo de Trabalho formado por dois representantes de cada um dos órgãos superiores eleitorais da CPLP para reflectir de forma regular, em parceria com stakeholders, promover a cooperação multilateral no seio da CPLP e produzir documentos sobre as realidades e os desafios dos processos eleitorais democráticos;

Preparar um Código de Boas Práticas sobre Questões Eleitorais que reflicta os princípios do sufrágio universal, igual, livre, secreto e directo, e que sirva de documento orientador e agregador dos países da CPLP; e

Criar uma Base de Dados sobre as eleições no espaço da CPLP”.

(Texto da Declaração de Díli, 2015)

Dívidas ocultas: Chang poderá explicar viabilidade do esquema

MOÇAMBIQUE

Diretor do CIP acha que antigo ministro é fundamental para explicar como foi viabilizado o esquema. Edson Cortez diz que a sociedade deve estar alerta a "espetáculos" para promover "distração" durante o julgamento.

Começou nesta segunda-feira (23.08) o julgamento do caso das dívidas ocultas, que lesaram o Estado moçambicano em pouco mais de 2,2 mil milhões de dólares americanos.

O primeiro dia das audições que estão a decorrer nas instalações a cadeia de máxima segurança na Machava, vulgo B.O., foi marcado por momentos de crispações entre alguns advogados de defesa, representante do Ministério Público e o juiz do caso. Também marcou o dia a confirmação da África do Sul de extraditar para Moçambique o antigo ministro das Finanças, Manuel Chang.

Entrevista à DW África, Edson Cortez, diretor executivo do Centro e Integridade Pública (CIP), diz que este julgamento deveria ser um momento de reflexão dos moçambicanos por revelar a quebra de valores de toda uma sociedade. No entender de Cortez, o escândalo das dívidas ocultas é "uma vergonha nacional".

Angola | Vítimas das alterações climáticas "no radar do ACNUR"

A porta-voz da agência da ONU para os refugiados em Angola, Flávia Faria, revela planos da organização para os refugiados angolanos, na Namíbia, e os da RDC, na Lunda Norte. E a Alemanha apoia com 8 milhões de euros.

Recentemente, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) anunciou uma nova contribuição do Governo da República Federal da Alemanha no valor de oito milhões de euros para apoiar o programa de assistência e proteção aos refugiados provenientes da República Democrática do Congo (RDC), em Angola e noutros seis países vizinhos.  

Em entrevista à DW África, Flávia Faria, porta-voz do ACNUR, fala sobre a situação atual destes refugiados na Lunda Norte e revela como os valores poderão ser aplicados, particularmente em Angola.

Flávia Faria refuta ainda o uso do termo "refugiados da fome", popularmente usado em referência aos angolanos que deixaram o sul do país fugindo da seca, e garante que vítimas de fenómenos decorrentes das alterações climáticas estão no radar da organização.

Bissau | Sissoco não 'embarca' no conto do faroeste dos EUA

Caso General António Indjai: PR SISSOCO EMBALÓ AFIRMA QUE NÃO HÁ LUGAR PARA O TERRORISMO DE ESTADO NA GUINÉ-BISSAU

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, afirmou que não haverá lugar para o terrorismo de Estado na Guiné-Bissau e que a captura de António Indjai por cinco milhões de dólares não vai acontecer.

“Existem forças de segurança no país que não permitirão que qualquer cidadão nacional seja raptado, porque não haverá terrorismo de Estado na Guiné-Bissau”, disse.

O chefe de Estado guineense falava aos jornalistas esta segunda-feira, 23 de agosto de 2021, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, antes da sua viagem para Brasília, Brasil, onde inicia a partir de amanhã uma visita oficial de cinco dias, com o intuito de aprofundar as relações de cooperação entre a Guiné-Bissau e aquele país da América do Sul.

O Chefe de Estado disse ter dado orientação ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para estabelecer uma correspondência no sentido de esclarecer esta questão junto do Departamento dos Estados Unidos da América, porque “a acusação é grave e lesa não apenas António Indjai, como também a imagem do Estado guineense”.

“A Guiné-Bissau é um Estado como os Estados Unidos da América e António Indjai é um cidadão guineense. Se os Estados Unidos da América tiverem alguma coisa contra ele  que prove que cometeu tais crimes, devem contactar as autoridades do país.   António Indjai pode ser julgado na Guiné-Bissau”, disse.

Cabo Verde | Ilegalidades nas contas do Estado

Bronca nas contas do Estado: Tribunal de Contas entrega parecer que confirma ilegalidades graves na gestão dos recursos públicos — PAICV pede intervenção do Ministério Público

Com seis meses de atraso, o Tribunal de Contas (TdC) acaba de entregar ao Parlamento o parecer sobre as contas Gerais do Estado referentes ao ano de 2018, que, por lei, deveria ter sido remetido à Assembleia Nacional até 31 de dezembro de 2020. Numa conferência de imprensa realizada esta segunda-feira, 23, na cidade da Praia, o Secretário Geral do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, Oposição), aponta um conjunto de anomalias graves confirmadas pelo parecer do Tribunal de Contas. Julião Varela revela que são casos de intransparência e irregularidades na gestão de recursos públicos pelo Governo do Movimento para a Democracia (MpD). Por isso, anuncia que o PAICV pede que o referido relatório seja remetido ao Ministério Público para o apuramento de eventuais responsabilidades criminais.

Conforme o Secretário Geral do maior partido da oposição, este parecer que, "estranhamente", foi aprovado com voto vencido do próprio Juiz Presidente, evidencia um conjunto de irregularidades nas contas do Estado durante o ano de 2018.

Para o político, regista-se a violação de várias disposições da Lei do Enquadramento Orçamental em vigor na altura, nomeadamente o princípio da unidade e Universalidade e a cobrança de receitas não orçamentadas. Julião Varela considera que são as irregularidades constatadas pelo próprio Tribunal de Contas e destaca como os mais visíveis "erros ou omissões com elevados montantes tanto à saída como à entrada; Não prestação de contas sobre as Privatizações – Parcas ou nenhuma informação sobre o Património do Estado; Utilização indevida de receitas consignadas; Elevadas dividas ao INPS, resultante da não entrega dos descontos feitos no salário dos trabalhadores como um montante de 4.188.554.631, o dobro do valor encontrado em 2016".

Portugal | PSP e GNR têm muito mais problemas do que o SEF

Acácio Pereira | Diário de Notícias | opinião

O recente relatório de atividades de 2020 da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) vem somar mais razões de peso para impedir a intenção de António Costa de destruir o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), fundindo-o com a PSP, com a GNR e com a Polícia Judiciária no que respeita às funções policiais. A razão é simples: tanto a GNR como a PSP têm muito mais práticas de abuso de autoridade, discriminatórias, violentas e violadoras dos deveres de conduta referenciadas do que o SEF.

A tentativa de destruição do SEF teve origem na total incapacidade do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, de gerir politicamente o episódio hediondo da morte de Ihor Homeniuk no aeroporto de Lisboa. Perante um incidente tão grave, Eduardo Cabrita e a então diretora Nacional do SEF nada fizeram durante oito longos meses: quando essa inação se tornou intolerável perante a opinião pública e a posição de Eduardo Cabrita passou a ser politicamente insustentável, o primeiro-ministro fugiu em frente procurando destruir um serviço especializado nos domínios da imigração, fronteiras e asilo para salvar a cabeça do ministro.

O problema desta fuga para a frente é, em primeiro lugar, o prejuízo que causa ao país por meras razões de (má) tática política. Mas torna-se ainda mais insustentável quando pretende transferir competências para forças e serviços que têm muitos mais problemas de ilegalidade na sua atuação e de direitos humanos - sem comparação! - do que o serviço que se pretende destruir.

Portugueses acreditam nas vacinas

"Os negacionistas esbarraram numa população que acredita nas vacinas"

Miguel Sousa Tavares realçou, esta segunda-feira, o sucesso do plano de vacinação em Portugal.

O escritor Miguel Sousa Tavares analisou, esta segunda-feira, no seu espaço de comentário habitual na TVI24, do plano de vacinação português, depois de o site 'Our World in Data' ter revelado que o nosso país é dos que tem a maior percentagem da população totalmente inoculada.

Para o comentador, o sucesso do plano deve-se a vários fatores. Alguns dos quais com várias décadas.

"Isto não aconteceu por acaso. É o resultado de uma estrutura de tradição que nós temos a funcionar em pleno há mais de 35 anos. Começou com a doenças como a poliomielite. Deve-se muito ao esforço de entidades como a Fundação Gulbenkian, que na altura financiou esse programa, à Direção-Geral da Saúde (DGS), que tem um historial de vacinação. Portugal é um país que sempre vacinou muito", começou por salientar.

Portugal | Um sistema adulto

Duarte Caldeira | AbrilAbril | opinião

Os incêndios florestais são um dos riscos identificados no território do Continente. Não sendo o único, este risco é o que mais impacto produzem na opinião pública e mais atenção merecem dos decisores políticos. É assim desde há muitos anos.

Para fazer face aos incêndios florestais, o sistema de proteção civil dispõe anualmente de um dispositivo de combate, integrado por meios aéreos, veículos, Bombeiros, militares do UEPS da GNR e outros agentes no terreno. É assim há muitos anos.

A estratégia de combate está alicerçada na prioridade à primeira intervenção e no ataque ampliado, neste caso quando os incêndios ganham maior dimensão. Para garantia de uma maior eficácia, tanto na primeira intervenção como no ataque ampliado, recorre-se ao pré-posicionamento de meios no terreno em função do nível de risco de cada distrito e na sequência de avisos meteorológicos emitidos pelo IPMA. É assim há muitos anos.

Muito mais dados poderíamos inventariar para demonstrar que o essencial do dispositivo anual de combate a incêndios florestais não regista grandes novidades, exceto quanto ao número de meios disponíveis e à melhoria qualitativa da intervenção dos mesmos, em especial devido ao esforço de formação promovido pela Escola Nacional de Bombeiros (ENB).

Feira do Livro de Lisboa, de 26 de Agosto a 12 de Setembro

Feira do Livro de Lisboa prepara a segunda maior edição da sua história

Pelo segundo ano consecutivo, a Feira do Livro de Lisboa volta a iniciar-se no final de Agosto, entre dia 26 e 12 de Setembro, para garantir uma maior segurança aos visitantes e trabalhadores.

A 91ª edição da Feira do Livro de Lisboa, organizada pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), conta este ano «com a participação de 131 expositores (com 24 novas presenças), distribuídos por 325 pavilhões, que trazem ao evento seis centenas de marcas editoriais», anuncia o comunicado da associação.

É um aumento substancial da oferta em relação à edição do ano passado, quando o Parque Eduardo VII recebeu «117 participantes em 310 pavilhões, representando 638 editoras, livrarias e chancelas».

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