Número mais baixo de infeções em seis dias. Internados voltam a subir
O boletim diário da Direção-Geral da Saúde indica que há mais 45 335 novos casos e 29 mortes nas últimas 24 horas. Internamentos chegam aos 2397 doentes, dos quais 160 em UCI.
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 45 335 novos casos de covid-19, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) deste sábado (29 de janeiro).
Desde a passada segunda-feira que não se registava um número tão baixo de infeções diárias. Nesse dia houve 32 758 infeções.
O Norte continua a ser a região com mais casos, com 19 524, seguido de Lisboa e Vale do Tejo (12 928), Centro (7158), Algarve (2039), Alentejo (1779), Açores (1143) e Madeira (764).
Há ainda a registar mais 29 mortes associadas à infeção por SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas, É o número mais baixo de óbitos desde 13 de janeiro, quando houve 22.
A maioria das mortes declaradas no boletim deste domingo foram em Lisboa e Vale do Tejo (11), seguido pelo Norte (6) e Centro (69). No Alentejo houve quatro óbitos e no Algarve dois.
Há agora 2397 pessoas internadas devido à doença (mais 105 que no dia anterior), das quais 160 estão em unidades de cuidados intensivos (mais 7).
Há neste momento 597 879 casos ativos da doença em Portugal, sendo que foram dadas como recuperadas em Portugal 39 396 pessoas nas últimas 24 horas.
De resto, há um total de 624 599 contactos em vigilância.
Convivência com a covid-19 pode começar entre março e abril
Uma epidemiologista da OMS acredita que, entre a segunda quinzena de março e o início de abril, a pandemia do novo coronavírus entrará numa fase de "convivência" com a covid-19, desde que não apareça uma nova variante".
Em declarações à rádio Catalunya, Alba Vilajeliu, epidemiologista e assessora global de saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), alertou, no entanto, que o vírus tem a capacidade de sofrer mutações, assim é necessário estar atento e contar com sistemas de vigilância para se adaptar às novas circunstâncias.
No caso da sublinhagem BA.2 da variante Ómicron, Alba Vilajeliu declarou que esta não parece ser relevante e que o cenário para a próxima primavera e verão será de "convivência" com a covid-19, mas será necessário proteger as pessoas de maior risco (acima de 60 anos, gestantes e doentes crónicos) e evitar que as hospitalizações aumentem muito.
A epidemiologista tem defendido, por isso, a manutenção de máscaras em espaços interiores, as doses de reforço da vacina contra a covid-19, o distanciamento de segurança e ventilação.
Vilajeliu considerou que a opção de administrar uma nova vacina a cada seis meses com base no surgimento de novas variantes "poderia ser uma das opções", mas ainda não há informações suficientes para seguir este caminho.
A assessora da OMS recordou que laboratórios Moderna e Pfizer já "iniciaram estudos com vacinas adaptadas à Ómicron" e é preciso esperar para verificar os resultados obtidos.
A covid-19 provocou mais de 5,63 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.788 pessoas e foram contabilizados 2.507.357 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A nova variante Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.
Diário de Notícias
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