O embaixador ucraniano no Reino Unido, Vadym Prystaiko, diz que a Ucrânia pode não aderir porque se sentem "ameaçados" e "intimidados".
Ucrânia pode abandonar a sua intenção de ingressar na NATO para evitar um confronto militar com a Rússia, disse esta segunda-feira o embaixador ucraniano no Reino Unido, Vadym Prystaiko.
Em declaração à BBC, o embaixador indicou que o seu país seria "flexível" quanto ao seu objetivo de ingressar na Aliança Atlântica, sublinhando que a Ucrânia é um país "responsável", após o Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçar entrar num conflito armado.
"Podemos (não aderir), especialmente a ser ameaçados assim, intimidados assim", disse Prystaiko, quando perguntado se Kiev mudaria a sua posição de integrar a NATO.
A Ucrânia não é membro da Aliança Atlântica, mas manifestou interesse em entrar na organização militar ocidental, uma decisão que é vista como uma linha vermelha para o Kremlin.
A tensão entre Kiev e Moscovo aumentou desde novembro passado, depois de a Rússia ter estacionado mais de 100.000 soldados perto da fronteira ucraniana, o que fez disparar alarmes na Ucrânia e no Ocidente, que denunciou os preparativos para uma invasão daquela ex-república soviética.
Em dezembro, a Rússia exigiu garantias de segurança obrigatórias dos EUA e da NATO para impedir que a Aliança Atlântica se expandisse mais para o leste e implantasse armas ofensivas perto de suas fronteiras.
Moscovo escreveu recentemente uma carta a todos os países membros da OSCE pedindo-lhes que se posicionassem sobre o que entendem por segurança indivisível na Europa.
Apesar dos esforços diplomáticos, a diminuição da escalada militar e da tensão não foi alcançada até agora.
A Rússia alega que tem o direito soberano de estacionar tropas em qualquer lugar de seu território e, por sua vez, denuncia o fornecimento massivo de armas à Ucrânia pelo Ocidente.
TSF | Lusa
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