Artur Queiroz*, Luanda
A OTAN (ou NATO) é um bloco militar agressivo, reacionário e já tem no seu currículo a destruição de países soberanos, como é o caso da Jugoslávia (desapareceu do mapa), do Iraque e da Líbia. Os seus mentores dizem que tem características defensivas. Nunca teve, pelo contrário, directamente ou por procuração, já atacou inúmeros países. Portugal é um dos fundadores. Durante a guerra colonial beneficiou largamente dessa circunstância.
Os combatentes do MPLA lutaram de armas na mão contra a OTAN (ou NATO). As tropas paraquedistas (em Angola existia um regimento, desde 1961, aquartelado em Belas, estrada da Barra do Cuanza)) eram treinadas, armadas e municiadas pelo bloco militar. Nos anos 60 surgiram os primeiros movimentos sociais contra a existência do braço armado do estado terrorista mais perigoso do mundo (EUA) e das potências europeias.
A Alemanha foi reunificada, ante a cólera do Reino Unido e o desacordo dos EUA. Porque nesse momento a OTAN (ou NATO) deixou de fazer sentido. O desmantelamento do Muro de Berlim exigia discursos pacíficos e reconciliadores. Por isso ninguém se pronunciou abertamente contra o fim da Alemanha Democrática. Mas ficou a pedra no sapato. O compromisso assumido entre as potências ocidentais e a Federação Russa foi claro. A partir do momento da unificação da Alemanha, a OTAN (ou NATO) não avançava, nem um milímetro, para Leste. Pelo contrário, seriam tomadas medidas para a sua extinção.
O que aconteceu está à vista. O bloco militar avançou para Leste de tal forma que os russos têm canhões encostados ao nariz. Roménia, Polónia, Estónia, Letónia e Lituânia são hoje bases da OTAN (ou NATO). Como a organização foi criada para enfrentar o “perigo russo”, é fácil perceber o que vai na cabeça dos dirigentes da Federação Russa. Sobretudo depois de verificarem que a Jugoslávia foi destruída para os EUA fazerem do Kosovo e da Albânia bases militares que permitem controlar a região dos Balcãs.
O inexorável avanço dos EUA e seu
braço armado para Leste teve uma etapa inesquecível. Em 2014, grupos nazis,
apoiados e armados pelo estado terrorista mais perigoso do mundo e pela União
Europeia deram um golpe de estado
A Europa e os EUA só descobriram que a Ucrânia está em guerra quando a Federação Russa desencadeou a operação militar especial para desarmar e desnazificar o país. Os oito anos de guerra civil não contam. Porque afinal era a população russa das repúblicas independentistas, que estava a ser vítima de um genocídio. E esses não contam. Como não contam os refugiados dos países que a OTAN (ou NATO) e os países da União Europeia causaram e ainda causam porque destruíram o Iraque, a Líbia, a Síria e outros países. Ou destroçaram as economias dos Estados que não se submetem aos ditames do estado terrorista mais perigoso do mundo.
Por estas e por outras, a Federação Russa não pode permitir que a OTAN (ou NATO) faça da Ucrânia mais uma base militar a Leste. Por isso desencadeou a operação militar especial. No Ocidente, quem condena a existência do bloco militar e sobretudo a sua expansão, seja para Leste ou outra direcção, está ao serviço do Presidente Putin. É idiota útil. Eu sou contra a existência da OTAN (ou NATO). E se a Federação Russa trava a sua expansão para Leste, estou a favor do travão. Eu sou contra os nazis. Se a Federação Russa está a desnazificar a Ucrânia (e está mesmo) estou a favor dos desnazificadores. Eu sou a favor da paz. Se para termos paz no mundo é preciso desmilitarizar a Ucrânia, um país nas mãos de nazis, estou a favor.
O nacionalismo tradicional angolano nasceu no final do século XIX. Cresceu à sombra da chamada Imprensa Livre. Foi ganhando expressão ao longo de décadas e recebeu um impulso decisivo quando intelectuais lançaram o Movimento Vamos Descobrir Angola. Agostinho Neto deu ao nacionalismo expressão revolucionária, mas assegurou que todos coubessem na luta de libertação nacional. Foi assim que o MPLA se apresentou como uma ampla aliança de classes. Coube lá tudo, desde os nacionalistas tradicionais aos marxistas-leninistas e aos anarquistas (como eu). Depois da Independência Nacional o nacionalismo tradicional, conservador e em muitos aspectos reaccionário, perdeu espaço. Mas continuou a existir e ainda existe.
Pessoalmente, não frequento nacionalismos, mas aceito. Isto para concluir que não tenho qualquer afinidade com o nacionalismo russo, pendurado na religião e personificado no Presidente Putin. Mas se esse é o combustível para derrotar nazis e fazer implodir a OTAN (ou NATO), contem comigo para o que der e vier. Repito o que já escrevi há 48 dias: na questão da Ucrânia os dirigentes da Federação Russa têm toda a razão.
Quem não tem razão, de forma nenhuma, são os falcões que controlam o Presidente Biden. São os políticos ocidentais que atiraram os ucranianos para a morte ou obrigaram quase cinco milhões a fugir da sua terra. Quem não tem razão, absolutamente nenhuma, são aqueles que anunciam, orgulhosos, o envio de milhares de milhões de euros, libras e dólares em material de guerra para a Ucrânia. Se a Federação Russa está a fazer uma operação para desmilitarizar o país, mandar para lá armas aos biliões é o mesmo que dizer um rotundo não à paz. Os ucranianos que se lixem. Que morram ou fujam!
Quem não tem razão, em nenhuma circunstância, são os comandantes da OTAN (ou NATO) que ao verem na Ucrânia o resultado da irresponsável expansão do bloco militar até às fronteiras da Federação Russa, querem agora instalar as suas bases na Finlândia e na Suécia, países neutrais. Querem a guerra e quanto mais duradoura melhor. Quem não tem razão, definitivamente não tem, são os que apoiam os nazis de Kiev e aquela figura repugnante chamada Zelensky que na bebedeira do poder até já dá ordens ao mundo. É uma espécie de Hitler sem bigodinho nem tropas.
A Ucrânia é um bom exemplo para
Angola. Os eleitores ucranianos elegeram um actor de telenovelas para
presidente. E ele conduziu o país à destruição. A sua irresponsabilidade está a
matar milhares de ucranianos. Cuidado com o sentido do nosso voto
*Jornalista
1 comentário:
O EUROPEU-DO-SISTEMA E A CONVERSA HIPÓCRITA DO COSTUME: fala em Putin, e etc, para desviar as atenções...
quando:
---> O OCIDENTE DEVE DUAS MENSAGENS DE PAZ AO PLANETA:
- Mensagem 1: introdução da Taxa Tobin.. para que... sejam povos autóctones a explorar as suas riquezas, e não, multinacionais Ocidentais!
- Mensagem 2: devolução de riquezas roubadas a povos autóctones!
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Paz sim!
Hipócrisia Ocidental não!
(Mundo Livre versus Cidadanismo de Roma)
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Sim:
- europeu-do-sistema ambiciona fazer aos russos aquilo que foi feito a povos autóctones da América do Norte, Sul, etc.
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Uma nota:
- com o seu largo historial de saque de riquezas a povos autóctones... o Ocidente tem o dever de fazer referência às condições de segurança... para que os povos autóctones, não interessados em vender as suas riquezas a multinacionais, possam viver em segurança no planeta.
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Separatismo em relação aos boys e girls do sistema!!!
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PATRIOTAS UCRÂNIANOS NÃO SEJAM PARVOS:
1- no presente, tal como no passado, existem na Europa 'Testas-de-Ferro' que... proporcionam guerras a uma clientela interessada em fazer negociatas no caos.
2- afastem-se (separatismo Identitário) dos boys de Zelensky: são boys das negociatas da máfia do armamento e das multinacionais... que entalaram os patriotas ucrânianos entre o Ocidente hipócrita a Russia de Putin.
3- em oposição aos boys e girls do sistema, façam negociações de paz com a Russia!
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Nota:
- O OCIDENTE QUE PROVOCA/AMEAÇA PUTIN, E MANDA ARMAS PARA A UCRÂNIA, É MUITO PIOR QUE PUTIN...
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Os boys (do sistema) de Zelensky estão ao serviço de interesses inconfessáveis...
multinacionais a fazer compras no caos da Ucrânia... para melhor rentabilizar os seus investimentos, elas vão exigir substituição populacional...
e... os europeus-do-sistema vão acusar os patriotas ucrânianos de «racistas/xenófobos».
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Sim:
- Zelensky, e seus boys, estiveram em conluio com os 'gurus' da NATO:
-> secretário geral da NATO: «a Russia vai ter cada vez mais NATO nas suas fronteiras».
-> outros 'gurus': «a globalização vai entrar pela Russia a dentro» (multinacionais a comprar...).
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A NATO pretende cercar a Russia (um território imenso no planeta, com apenas 140 milhões de habitantes) com países da NATO.
[todos unidos num saque a um território imenso]
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Uma festa para o hipócrita Ocidental: depois de provocar/ameaçar Putin... o hipócrita Ocidental proclama:
- «Depois da guerra da Ucrânia, a Rússia ou será um súbdito da China ou um futuro membro da União Europeia»
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Sim, pois é:
- Em várias regiões do planeta: sempre que está instalado um «governo não-amigo» (não interessado em vender), o hipócrita Ocidental fomenta guerras/revoluções... para que... a exploração de riquezas caia nas mãos de multinacionais Ocidentais.
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Para quem está realmente interessado em paz, urge:
1- CONDENAR AS NEGOCIATAS DA MÁFIA DO ARMAMENTO.
2- NÃO BLOQUEAR A TAXA TOBIN...
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[sim sim: cidadão de Roma da NATO = cidadão de Roma de há 2000 anos atrás]
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A RUSSIA PODERÁ SER A LÍDER DO MUNDO LIVRE:
- povos que não estão interessados em vender as suas riquezas a multinacionais!
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URGE A MOBILIZAÇÃO PARA O SEPARATISMO IDENTITÁRIO:
- Os Identitários reivindicam Libetdade/Distância/Separatismo do europeu-do-sistema; por motivos óbvios:
-> NA ORIGEM DA NACIONALIDADE ESTEVE O IDEAL DE LIBERDADE IDENTITÁRIO:
- «ter o seu espaço, prosperar ao seu ritmo».
Não foi:
- o ódio tiques-dos-impérios, isto é, o ódio cidadania de Roma, isto é, o ódio à existência de outros, isto é, o ódio a povos autóctones do Ideal de Liberdade Identitário.
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SEPARATISMO 50-50:
- os globalization-lovers, UE-lovers, etc, que fiquem na sua (possuem imensos territórios ao seu jeito)... respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.
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-» blog http://separatismo--50--50.blogspot.com
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