quinta-feira, 6 de outubro de 2022

AMIGOS DA ONÇA QUE NOS TRAMAM

Hoje há Expresso Curto por aqui. Antes chamamos a vossa atenção para o desmascarar dos EUA e todo o seu interesse em rebentar com os caminhos do gás russo que abastecia grande parte dos países da União Europeia, pela surdina das explosões submarinas os EUA praticaram um ato de guerra contra os países europeus e uma vez mais contra a Rússia – não esquecer a guerra por procuração que envolve a Ucrânia. À sua disposição tem no PG vários títulos e respectivos textos para melhor entender o que aqui afirmamos após tantos dados citados e cruzados com clareza. Os seguintes: Os EUA declaram guerra à Rússia, à Alemanha, aos Países Baixos e à França; Os europeus devem 'agradecer' aos EUA por destruirem o Nord Stream?; NOTÍCIAS E CONSPIRAÇÕES -- Caitlin Johnstone; ASSALTO NEOCOLONIAL ÀS MATÉRIAS-PRIMAS -- Martinho Júnior; Ocidente está desacreditando a OTAN ao alegar que a Rússia explodiu o Nord Stream; MAIS EVIDÊNCIAS APONTAM PARA A SABOTAGEM EUA-OTAN DO NORD STREAM – outros ainda inclusos no PG desde que a trama criminosa dos EUA agiu em proveito próprio e em consonância com a vontade e objetivos de atacar a Europa e forçar vassalagem ainda maior ao império pelos países europeus. Os “amigos da onça” EUA estão a atacar-nos a vários níveis e bastante economicamente. A UE está na condição de vassalagem coerciva imposta pelos EUA. Os cobardes e vendidos do directório político e administrativo da União Europeia e congéneres aquiescem aos ditames do império do estado profundo terrorista – incluindo governantes e deputados cúmplices desta tremenda situação.

O Curto do Expresso toma por ponto de partida a TAP, a dita companhia-empresa “bandeira de Portugal”. Parece que muitos ou quase todos se esquecem que o “caldinho” tem vindo a ser delineado naquilo a que agora chegamos. O “negócio” está em marcha desde tempos atrás, bem atrás. Antes de Passos Coelho e dos seus vendedores especializados em desnacionalizações lucrativas (para uns quantos). Milhares de milhões de euros voam mais depressa que os aviões ainda existentes na TAP. Portugueses pagam e nem bufam. Companhias de bandeira de Portugal são governos e negócios esconsos e opacos, o conluio, a corrupção, o nepotismo, o despesismo e o deixa-andar. Em Portugal e nesta UE os cidadãos sabem que existem gestores que são uns enormes pulhas. Quem duvida?

Mas que grande democracia e transparência de faz-de-conta em Portugal, assim como na UE. Os portugueses estão fartos de amigos da onça que nos tramam, interna e externamente!

Pelo sim pelo não leia seguidamente o Curto do Expresso. Sobre a TAP e outros impossiveis tapa buracos nacionais e europeus.

MM | PG


TAPar o sol com a peneira

João Miguel Salvador | Expresso (curto)

Olá,

E obrigado por começar o dia connosco.

A história começou a circular rapidamente. Até que descolou. A TAP encomendou dezenas de carros de luxo para administradores executivos e diretores de topo. Desta vez, a transportadora aérea TAP não era notícia por causa de aviões, estavam em causa automóveis - as novas viaturas, da BMW, vão substituir a atual frota automóvel Peugeot da companhia - e o título bastou para que o número de partilhas nas redes sociais disparasse. A realidade tornou-se paralela e, num sopro, a administração da TAP já teria feito um esforço mal sucedido para ocultar uma asneira. Era como se tivesse tapado o sol com uma peneira.

As acusações contra a TAP subiram de tom à medida que as horas passavam e o conteúdo da notícia foi-se perdendo. Apenas interessava o título, até porque o texto desaparece em imagens partilhadas no Instagram. Só que poucas são as histórias que se contam numa frase, é preciso ver a realidade por inteiro.

Da extrema-esquerda à extrema-direita, ou numa e na outra, os partidos políticos não tardaram a reagir. O Bloco de Esquerda considera que a encomenda da TAP é “um insulto” ao país e defendeu que esta situação “deveria merecer um enorme reparo” por parte do Governo. Já o Chega considera a opção “imoral” e quer esclarecimentos. Ventura quer saber que justificação tem o Governo de António Costa para gastar “milhões em carros de luxo” numa altura de crise e em que a companhia aérea está a “conter o pagamento de salários e de despesas operacionais”. O líder do Chega até pode querer ouvir o poder executivo, mas é a comissão executiva da TAP, liderada por Christine Ourmières-Widener, que vem justificar as escolhas.

Segundo a companhia, a atual frota a diesel (em regime de renting) é maioritariamente de 2017 e atinge o máximo de prorrogações possíveis em contrato no próximo ano, pelo que a troca era a melhor opção. Os novos carros, híbridos plug-in com um valor de mercado entre os 52 e os 65 mil euros por unidade, permitirão uma poupança anual de até 630 mil euros (até pelos benefícios fiscais associados à escolha). O Presidente da República até considera compreensível que as empresas façam despesas, mas defendeu que é preciso “ter algum bom senso” quando o país e o mundo atravessam um “período difícil”.

Se a poupança for real a escolha foi mesmo de bom senso, mas as justificações de Christine Ourmières-Widener serviram de pouco.Os pilotos aproveitaram as notícias para sugerirem à TAP a mesma lógica para repor condições laborais. “Seguindo o racional da justificação por parte de quem optou por adquirir viaturas nesta altura tão sensível, que tem como fundamento uma miraculosa poupança, sugerimos a mesma lógica de ‘gastar mais, para poupar’ para a reposição de dignidade aos trabalhadores.” Também o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) defendeu, esta quarta-feira, que a renovação da frota automóvel da TAP é ética e moralmente condenável.

OUTRAS NOTÍCIAS

Mais República. Depois de dois anos com a cerimónia comemorativa da Implantação da República a ser assinalada no interior do edifício da Câmara de Lisboa, por causa da pandemia, os 112 anos da República foram ontem celebrados ao ar livre, na Praça do Município - e não faltaram palavras fortes nos discursos, acompanhados em direto pelo Expresso. Foi a primeira vez de Moedas no 5 de Outubro e o Presidente da Câmara de Lisboa não se contentou com a celebração da data. Pediu “audácia para libertar as famílias, as empresas e a sociedade civil” e voltou a insistir na audácia no final do discurso: “Precisamos de audácia para superar a estagnação, para defender a liberdade, para proteger a democracia”. Não foi o único a pedir mais. “É importante, mais do que nunca, que se leve a sério que a República e a Democracia se constrói todos os dias e que não há construções perfeitas ou acabadas.” A frase é de Marcelo Rebelo de Sousa, que põe a tónica na necessidade de se defenderem os valores democráticos: “Sabemos como começam as ditaduras, o que são e o que duram, e sabemos como é difícil recriar a democracia depois delas.”

Mais cereais russos. A garantia é do ministro da Agricultura, Dmitry Patrushev, que fez um anúncio inesperado: a campanha de cereais da Rússia deve aumentar cinco milhões de toneladas por ano graças à incorporação de quatro territórios ucranianos. As regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, que representam cerca de 18% do território ucraniano (o equivalente a Portugal continental), foram anexadas na última semana. Por causa da guerra, a Ucrânia deverá enfrentar uma quebra de 30% a 40%, em termos de área semeada.

Mais sanções europeias. É a resposta aos “referendos fraudulentos” e às anexações promulgadas por Putin e foi anunciada pela presidência checa. Os países da UE chegaram a acordo para um novo pacote de sanções à Rússia (o oitavo), que inclui um teto ao preço do petróleo russo, novas restrições ao comércio (sete mil milhões de euros de receitas), uma proibição de exportações de mais produtos (tecnologias-chave para a máquina de guerra) e uma atualização da lista de indivíduos e entidades alvo de medidas restritivas.

Mais futebol ibero-ucraniano. A Ucrânia vai acompanhar Portugal e Espanha numa candidatura conjunta à organização do Mundial2030 de futebol, oficializaram ontem as federações dos dois países ibéricos, em conferência de imprensa na sede da UEFA. A entrada da Ucrânia, para a candidatura conjunta já anunciada, vem redimensionar a única candidatura europeia para a organização da principal competição mundial de seleções em 2030. Marcelo concorda: “reforça a candidatura portuguesa e espanhola num momento em que se esboçam outras candidaturas”

Mais energia. A EDP Renováveis fechou a compra de 70% da Kronos Solar Projects, que lhe permite entrar na Alemanha e Países Baixos. A aquisição custou 250 milhões de euros, mas os custos ainda vão subir: a empresa compradora fica ainda sujeita a “uma taxa de sucesso adicional a ser paga durante 2023-28 que estará dependente da capacidade solar entregue pela Kronos no mesmo período”.

FRASES

“Neste segundo turno estou votando em uma história de luta pela democracia e inclusão social. Estou votando em Luiz Inácio Lula da Silva”
Fernando Henrique Cardoso, histórico líder do PSDB, antigo Presidente brasileiro (entre 1995 e 2002), sobre a segunda volta das eleições

“Mostrámos o que queríamos: um grande futebol, corajoso, acreditando em nós próprios. Fiquei muito feliz”
Roger Schmidt, treinador do Benfica, em declarações após o jogo contra o PSG (1-1)

“É essencial preservar condições iguais para todos na UE”
Ursula Von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, atacando o pacote anti-inflação alemão (de 200 mil milhões de euros)

“Nunca tive muito jeito para dançar... Nem para cantar. Comecei a cantar por cima da guitarra e as coisas foram surgindo”
Diogo Piçarra, músico, sobre o início do seu percurso musical

PODCASTS A NÃO PERDER

Democracia só rima com boa economia. Em Dia da República, o Presidente lembrou que a Democracia “se constrói todos os dias. E não há construções perfeitas ou acabadas.” David Dinis, director-adjunto do Expresso, conversa com Paulo Baldaia no Expresso da Manhã.

A queda do Governo nas sondagens é um inferno ou uma ilusão? Seis meses passados, o Governo tem avaliação negativa e António Costa a sua pior avaliação. Será este um ponto de não retorno? A sondagem Expresso-SIC vista à lupa, com a ajuda de Pedro Magalhães no Comissão Política.

Que Orçamento do Estado podemos esperar? Contenção orçamental, algumas medidas de apoio a empresas e famílias e um cenário macroeconómico menos animador. Paulo Trigo Pereira, economista e professor do ISEG, é convidado desta emissão do podcast Money Money Money, conduzida por João Silvestre.

O QUE ANDO A VER

Não me lembro da vida sem ela e faz hoje 30 anos que a vejo. A SIC chegou a 6 de outubro de 1992 e a televisão portuguesa nunca mais foi a mesma. O primeiro canal privado revolucionou o pequeno ecrã (até então demasiado pequeno para uma sociedade com vontade de crescer) e desde aí que o entretenimento e a informação ganharam uma nova vida. Em dia de aniversário, há novidades para conhecer. PARABÉNS, SIC

Chegou, foi vista e venceu. “DAHMER - Monstro: A História de Jeffrey Dahmer”, a série sobre o assassino em série norte-americano, é uma das mais vistas de sempre da Netflix - mantém-se em primeiro lugar esta quinta-feira - e também eu fui apanhado pela nova criação de Ryan Murphy. É biográfica sem ser exaustiva, é chocante sem que isso nos impeça de a acompanhar, é viciante sem que nos permita parar de a ver. Jeffrey Dahmer dissecava as suas vítimas e o Expresso dissecou a nova produção da Netflix. Quanto vale a campeã de audiências?

Mas Evan Peters, o ator que protagoniza “DAHMER”, não é o único a brilhar sob os holofotes. Viola Davis, que esta quinta-feira se apresenta nas salas em “A Mulher Rei”, também está nas bocas do mundo. A multifacetada atriz volta a provar a sua versatilidade num épico africano em estreia nos cinemas portugueses. É sobre ela que estão todos os focos (e o trabalho é pujante), num dia em que começa em Portugal um ciclo dedicado a Rainer Werner Fassbinder.

O QUE ANDO A OUVIR

É um dos meus podcasts internacionais preferidos. Não fala sobre economia, história ou questões sociais, mas é também sobre tudo isto: é sobre pessoas comuns com vidas extraordinárias. A palavra é minha, já que a BBC World Service prefere um título mais modesto. São “Lives Less Ordinary” e a de Andrew Kwong - um maoísta orgulhoso que cantava canções revolucionárias na escola, testemunhou uma execução e viu o pai ser preso, antes de fugir da fome e da perseguição - é uma das minhas preferidas. Pode ouvi-la aqui, antes de explorar outros episódios.

Este Expresso Curto fica por aqui. Tenha uma ótima quinta-feira, acompanhe os nossos Exclusivos e vá preparando os dias de descanso com a ajuda das sugestões Boa Cama Boa Mesa. Quanto a nós, já sabe que estaremos sempre por cá: no Expresso e na SIC, na Tribuna e na Blitz.

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