sexta-feira, 4 de março de 2022

FUGITIVOS AFOGADOS E REFUGIADOS COM LULUS -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

As televisões do mundo ocidental mostram dois jovens ucranianos casando numa igreja em Kiev. Haja amor e ternura em tempo de morte e destruição. Mas a sociedade do espectáculo é implacável. E o jovem casal foi de seguida apresentado de armas na mão. Os dois, felizes, garantiam ante as câmaras que iam imediatamente combater os russos. E exibiam, orgulhosos, as suas armas AK47 (Kalashnikov). Nada a opor. Mas depois não enganem os telespectadores, não mintam, não manipulem, dizendo que na Ucrânia estão a morrer civis. Porque se todos os civis mortos forem da extracção dos jovens recém-casados, está tudo explicado.

Ao longo da minha carreira profissional cobri várias guerras. Uma delas foi na Roménia. Quando começaram os movimentos armados contra Nicolae Ceaușescu fui para lá mas já não existiam voos e todas as fronteiras estavam fechadas. Fui de avião até Sófia e lá apanhei um comboio até à fronteira. Atravessei a grande ponte que liga os dois países, a pé, fazia um frio de rachar. Era Dezembro. A sorte do repórter é fundamental nestas circunstâncias. Do lado romeno os comboios estavam paralisados e não existiam autocarros. Encontrei um “guia turístico” que falava francês. Prontificou-se a levar-me até Timișoara onde os Media mundiais diziam que as forças de Ceausescu estavam a massacrar manifestantes, aos milhares.

Tudo mentira. Não existiam massacres mas verifiquei na morgue da cidade estavam os cadáveres de algumas dezenas de homens fardados, os famosos guardas que protegiam Ceausescu. O guia explicou-me que forças estrangeiras estavam na cidade e neutralizaram as tropas de elite. Segui para Bucareste mas quando lá cheguei, já o golpe de estado tinha triunfado.  Era a confusão total. Os jornalistas foram todos enviados para o Hotel Intercontinental. Eu fui para um pequeno hotel indicado pelo meu guia, que tinha um cunhado na guarda presidencial. A sorte do repórter. Esse oficial contou-me tudo o que tinha acontecido e falou-me num autêntico massacre entre a guarda presidencial.

Fomos à morgue e lá estavam centenas de homens estendidos no chão. Causa da morte: Tiros na nuca. Algum tempo depois executaram Ceausescu e a esposa. Os membros da Junta Militar deram uma conferência de imprensa e eu perguntei: Onde estão as vítimas civis de Tmisoara e Bucareste? Na morgue só vi guardas presidenciais com tiros na nuca! A resposta foi muito eficaz. Dois matulões foram ter comigo e pediram-me que os acompanhasse. Meteram-me à força numa viatura da polícia e só parámos no aeroporto. Fiquei preso numa sala até sair o primeiro voo de Bucareste, por sorte com destino a Paris, onde fui enfiado à bruta. 

Os franceses tinham dado o golpe de estado a Ceausescu. Primeiro inundaram o mundo de mentiras e depois ajudaram os golpistas. Escrevi tudo isso no Jornal de Notícias, na época o maior jornal português. Hoje é apenas um jornaleco da turma dos alunos da quarta classe. O que fui fazer! Crucificaram-me. Quase um ano depois, o jornal Libération denunciou exactamente aquilo que eu tinha denunciado. Ninguém reagiu. Hoje fizeram-me chegar um vídeo terrível. Membros do Batalhão de Azov apanharam um soldado russo e crucificaram-no entre gritos lancinantes do crucificado. Cuidado com os russos! Afinal não se converteram ao Imaculado Coração de Maria.

Tribunal de Contas dispensa de visto negociata entre governo e capitalistas dos CTT

AbrilAbril | editorial  

Não temos qualquer dúvida que tudo neste processo foi totalmente legal. E temos ainda menos dúvidas que este processo é um escândalo, uma negociata realizada nas costas do povo português.

Em mais uma informação dos CTT à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários CMVM ficámos a saber que o novo contrato de concessão entre o Estado e os CTT entrou em vigor na sequência do Tribunal de Contas ter decidido dispensar o mesmo de visto. E diz a administração, naturalmente satisfeita com os lucros que já antecipa amealhar e distribuir: «Este passo marca a conclusão do processo».

Não temos qualquer dúvida que tudo neste processo foi totalmente legal. E temos ainda menos dúvidas que este processo é um escândalo, uma negociata realizada nas costas do povo português, um mecanismo para transferir milhões de euros do erário público para os accionistas dos CTT, um passo para a liquidação de mais um serviço público – o de correios.

É que as leis são feitas por homens para servir interesses de classes concretas. E cada vez mais as leis que temos em vigor servem exclusivamente os grandes capitalistas.

Um pormenor, só para ilustrar: quem conhece o contrato assinado entre o Estado (nós todos, quando chegar a hora de pagar) e o capitalista? Apenas o capitalista e meia dúzia de Ministros do PS. O Tribunal de Contas não quis ver, à Comissão de Trabalhadores foi recusado conhecer, da Assembleia da República foi escondido. A única informação pública que existe foram as duas breves notas que os CTT enviaram à CMVM. E chamam a isto transparência. Sem dúvida.

Portugal | Covid: Incidência e internados continuam a cair em dia com 21 mortes

Portugal regista, esta sexta-feira, 13 747 novos casos de covid-19 e 21 mortes associadas à doença. Há menos 33 pessoas internadas e menos seis pessoas em Unidades de Cuidados Intensivos.

Em relação à última sexta-feira, dia em que se registaram 10 376 novos casos, estes dados representam uma subida de 3371 infeções diárias. O número de mortes desceu de 32 para 21.

Cerca de 37,7% dos novos casos foram registados na região de Lisboa e Vale do Tejo, com 5182 infeções diárias. Segue-se o Centro (3008), Norte (2037), Alentejo (1095), Algarve (990), Madeira (753) e Açores (682).

Nos hospitais, há menos 33 internados. Do total de 1267 pessoas acamadas, 84 são doentes considerados graves, menos seis do que na quinta-feira. Na sexta-feira passada, tinham saído de internamento 59 pessoas e havia menos oito doentes graves.

Relativamente às mortes, oito foram registadas em Lisboa e Vale do Tejo, sete no Norte, quatro no Centro, uma no Alentejo e uma na Madeira. Ao contrário da tendência que se tem vindo a verificar, a maior parte das mortes foi registada na faixa etária dos 70 aos 79 anos: sete homens e duas mulheres. Além destas, as restantes vítimas mortais são dois homens com idades entre os 60 e os 69 anos e quatro homens e seis mulheres na faixa etária mais elevada (mais de 80 anos).

Portugal | Caso Selminho: MP reitera que Moreira beneficiou imobiliária

O Ministério Público (MP) reitera que o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, quis beneficiar a imobiliária Selminho, da qual era sócio, em detrimento do município, insistindo na condenação do autarca e na perda do atual mandato.

A posição consta do recurso, a que a agência Lusa teve acesso, interposto pelo MP para o Tribunal da Relação do Porto, na sequência da absolvição do autarca, em 21 de janeiro deste ano, pelo Tribunal de São João Novo, no Porto

"Deve o arguido ser condenado pela prática de crime de prevaricação em pena de prisão suspensa na sua execução, incorrendo ainda na pena acessória de perda de mandato", defendem os procuradores Luís Carvalho e Ana Margarida Santos, que assinam o recurso do MP.

Para os magistrados, "do conjunto da prova produzida, analisada, criticada e avaliada, dúvidas não restam [de] que o arguido conhecia todos os factos, e que, querendo praticá-los, o fez com intenção de beneficiar a Selminho".

Contactado pela Lusa, o advogado de Rui Moreira disse ter sido notificado, na quinta-feira, do recurso do MP, acrescentando que vai apresentar, no prazo legal, as contra-alegações, escusando-se a fazer mais comentários.

Ucrânia: Se ONU os refere devido a racismo, porque não podem também ser nazis?

Relatora especial da ONU denuncia "ameaças racistas" na fronteira

A relatora especial da ONU sobre formas contemporâneas de racismo, Tendayi Achiume, manifestou hoje "sérias preocupações" relativamente às ameaças racistas e tratamento xenófobo contra pessoas não brancas que fogem da Ucrânia.

Na sua declaração, divulgada pelas Nações Unidas em Genebra, Tendayi Achiume pede uma "ação rápida" que proteja "os milhões forçados a fugir" da invasão russa da Ucrânia.

Desde o início da invasão, no passado dia 24 de fevereiro, "negros africanos, indianos, paquistaneses, descendentes do Médio Oriente e outros enviaram comunicações urgentes em que documentam o tratamento racista e xenófobo com risco de vida enquanto tentam fugir da violência na Ucrânia", lê-se na declaração.

"Alguns relatam que lhes foi negado o acesso a abrigos anti-bombas na Ucrânia, muitos relatam que guardas nas fronteiras os impedem de atravessar ou empurram-nos para o final das filas de transporte que lhes permitiriam uma passagem segura para fora do país e, em alguns casos, afirmam ter-lhes sido negado o acesso aos consulados dos seus países de origem em países vizinhos", detalha a relatora.

Tendayi Achiume salienta que estas práticas discriminatórias "com base em perfis raciais, étnicos e nacionais são proibidas pelo Direito Internacional, mesmo no contexto de conflito armado".

"A realidade é que migrantes e refugiados não brancos enfrentam discriminação mortal em todo o mundo quando tentam cruzar fronteiras internacionais. As imagens e testemunhos de pessoas não brancas que tentam fugir da Ucrânia atestam esse fato e devem motivar ações imediatas para garantir que o tratamento racista e xenófobo -- seja oficial ou não oficial -- termine", sublinha.

O GRANDE CEMITÉRIO DO JORNALISMO

Artur Queiroz*, Luanda

Anos e anos de alerta nunca adiantaram nada. Os arautos da voz de Angola clamando no deserto foram mais bem-sucedidos, ainda que ostensivamente ignorados pelos colonialistas. Ninguém me quer ouvir mas eu continuo a clamar ao vento. O Jornalismo é um pilar do regime democrático. Os outros dois são o Poder Judicial e os Partidos Políticos. É o tripé das Liberdades e da Justiça. Se um dos pilares falta, tudo se desmorona.

O Jornalismo no mundo foi sacrificado à sociedade do espectáculo e os jornalistas exercem a profissão na lógica das associações de malfeitores. Quase todos de mão estendida à caridade de poderes ilegítimos. Ou serventes de políticos venais, ainda que legitimados pelo voto popular, angariado à custa de truques baratos, como sondagens, ou doses maciças de populismo. É o que está a dar. 

Daqui resultam abusos de liberdade de imprensa. Os preceitos éticos e deontológicos, que obrigam os jornalistas de todo o mundo, são espezinhados. A mentira, a falsificação e a manipulação substituíram o rigor (a marca distintiva do Jornalismo) e o respeito pela verdade dos factos. Nem Joseph Goebbels , o propagandista do III Reich, se atreveu a ir tão longe. 

A operação militar especial da Federação Russa na Ucrânia já teve uma consequência irreparável: O esmagamento total do Jornalismo e o descrédito dos jornalistas. O tripé da democracia desmoronou-se e duvido que haja vontade e força humana para reerguê-lo. A Ucrânia é o imenso cemitério onde jaz a minha profissão, que sirvo ao longo de 57 anos, num exercício permanente de grande rigor e no mais escrupuloso respeito pelo código ético e deontológico. Mas eu sei que a luta continua e a vitória é certa. Só me falta tempo para ver a vitória final. Outros vão exercer o Jornalismo num clima de responsabilidade e liberdade, recusando a lógica das associações de malfeitores.

O APODRECIMENTO (TAMBÉM) DOS MEDIA

A primeira vítima da guerra são os media ocidentais e a liberdade de expressão. Praticamente todos tocam pelo mesmo diapasão. Numa homogeneidade perfeita repetem a narrativa imperial de que se trata de uma guerra da Rússia contra a Ucrânia. Isto é falso. Trata-se, sim, de uma operação da Rússia contra a NATO. 

A Rússia está a travar uma batalha existencial contra o aparelho militar da NATO ali existente e para desnazificar o país. Ela já venceu a primeira parte dessa operação:   mais de mil activos militares e centros de comando ligados à NATO foram destruídos. Falta a segunda parte, que é desnazificar o país. Mas nenhum dos media corporativos diz isso, pois a voz do dono é que manda. Eles entretêm-se com fake news ridículas, como essa de apresentar como grande estadista um ex-comediante viciado em estupefacientes e títere de Washington. Ou então a inflacionar qualquer manifestação insignificante da quinta coluna que existe dentro da Rússia. Em contrapartida, ameaças reais à liberdade de expressão – como a proibição dos canais da RT e da Sputnik em vários países – não lhes merece qualquer reprovação. Acompanham assim os serviçais governantes europeus que mandam iluminar edifícios públicos com luzes coloridas. A equação é perfeita:   políticos submissos + media orquestrados = modelação da opinião pública. -- 01/Março/2022

O APODRECIMENTO (MORAL INCLUSIVE) INTENSIFICA-SE

O títere de Washington na Ucrânia, sr. Zelensky, acaba de adoptar duas medidas significativas:  1) A libertação de presos de delito comum a fim de combater as tropas russas;   2) A isenção de vistos de entrada para mercenários estrangeiros dispostos a combater. Com tais medidas, a par dos neo-nazis que infestam a Ucrânia e dos US$450 milhões de armamento que Blinken & Borrell tencionam despejar ali, o apodrecimento da situação ucraniana parece garantido.

Resistir.info

Eis porque é importante para a Rússia desnazificar e desmilitarizar a “Anti-Rússia”

 

# Publicado em português do Brasil

Andrew Korybko* | One World

A desnazificação resultará na “vacinação ideológica” do “estado profundo” ucraniano e da sociedade que ele deveria representar (mesmo que não tenha representado legitimamente seu povo multicultural indígena nos últimos oito anos). Isso, por sua vez, garantirá de forma sustentável que esse país fraterno nunca seja sequestrado por forças estrangeiras para transformá-lo em uma arma de guerra híbrida, reinventando-se artificialmente como o “anti-Rússia” de acordo com o regime fascista literal da Segunda Guerra Mundial. Ideologia. Após o sucesso desta meta ambiciosa, a desmilitarização da Ucrânia também pode ser sustentada.

Muito tem sido escrito na mídia mainstream ocidental (MSM), liderada pelos EUA, zombando dos objetivos declarados da Rússia de desnazificar e desmilitarizar a Ucrânia, que o presidente Putin descreveu na quinta-feira durante uma reunião com seu Conselho de Segurança., como tendo se tornado um “anti-Rússia”, ao longo de sua intervenção militar especial lá. A narrativa predominante é que o líder russo enlouqueceu desde que o MSM conseguiu enganar tantas pessoas para negar a presença de fascistas que glorificam os nazistas literais nas estruturas ucranianas pós-golpe apoiadas pelos EUA (particularmente suas políticas e militares) e chegando mesmo a descrever quaisquer alegações contrárias como “anti-semitas”. Além disso, seu público-alvo foi enganado ao pensar que a Ucrânia não é capaz de representar qualquer tipo de ameaça militar à Rússia.

O autor esclareceu os fatos em três de seus artigos recentes que agora serão compartilhados abaixo, o primeiro dos quais hiperlinks para cerca de uma dúzia de análises anteriores relacionadas. Estes devem, no mínimo, ser folheados se o leitor ainda não estiver familiarizado com os argumentos do autor, a fim de evitar ser confundido com os demais esclarecimentos que se seguirão no presente artigo:

* “ Político está errado: é o Ocidente liderado pelos EUA, não o presidente Putin, que calculou mal ”

* “ The Guardian está errado: não é antissemita descrever a Ucrânia como fascista ”

* “ A Próxima Conferência Internacional Antifascista da Rússia é um importante movimento de poder brando ”

Basicamente, a inteligência russa concluiu que a infraestrutura militar clandestina da OTAN na Ucrânia seria usada para lançar um ataque surpresa contra seu país após a neutralização bem-sucedida dos EUA de suas capacidades de segundo ataque nuclear. A ideologia fascista que influencia a maior parte da elite ucraniana resultou em transformar seu país em um “anti-Rússia” no sentido de se ver como inimigo da Rússia.

Tendo explicado tudo isso muito brevemente, a peça passará agora a informar os leitores sobre a importância de desnazificar e desmilitarizar essa entidade anti-russa. Para não ser mal interpretado ou ter qualquer insight subsequente mal interpretado, a descrição “anti-Rússia” não se refere ao povo ucraniano em geral nem ao seu estado homônimo, mas à função que seu permanente pós-golpe apoiado pelos EUA burocracias militares, de inteligência e diplomáticas (“deep state”) consideram seu país jogando na região vis-à-vis a Rússia. Também se refere à ideologia que eles procuram impor ao resto da sociedade para se voltar contra esse povo vizinho fraterno, muitos dos quais vivem dentro das fronteiras do persistente mini-império antinatural de Lenin.e são historicamente indígenas de seu território.

EXÉRCITO UCRANIANO ATACA SEDE DO AZOV EM MARIUPOL – 20 MORTES

# Publicado em português do Brasil

Forças Armadas da Ucrânia atingiram a sede do destacamento especial "Azov" em Mariupol

Forças Armadas da Ucrânia atacaram de "Tochka-u" a sede do "Azov" em Mariupol, mais de 20 militantes foram mortos

DONETSK, 4 de março - RIA Novosti -- Tropas ucranianas dispararam contra a sede do destacamento especial Azov em Mariupol do sistema de mísseis táticos Tochki-U, mais de 20 militantes foram mortos, segundo o canal Telegram da Milícia Popular da RPD.

"No local da sede de um destacamento de forças especiais separado" Azov "no sudoeste de Mariupol , as Forças Armadas da Ucrânia atacaram o OTR Tochka-U. Como resultado do ataque, mais de 20 militantes e dez peças de equipamentos foram destruídos", disse.

A razão para isso foram as contradições entre o comando das Forças Armadas da Ucrânia e os batalhões Azov. O grupo Azov recusou-se completamente a obedecer à liderança do exército e coordenar suas ações com ela.

Anteriormente, como resultado de um confronto entre os militares ucranianos e o batalhão Azov, o tenente-general Yuriy Sodol, comandante do grupo armado unido Vostok, foi mortalmente ferido. O fogo atingiu seu carro em um dos postos de controle ucranianos.

Em 21 de fevereiro, Vladimir Putin , em resposta a pedidos das repúblicas do Donbass e após um apelo dos deputados da Duma, assinou decretos reconhecendo a soberania da LPR e da DPR . No início da manhã de 24 de fevereiro, a Rússia lançou uma operação militar especial para desmilitarizar a Ucrânia. Segundo o Ministério da Defesa, as Forças Armadas atacam apenas as infraestruturas militares e as tropas ucranianas.

O desenvolvimento da situação - no relatório online >> RIA NOVOSTI

Ucranianos tentaram provocar incêndio na usina nuclear de Zaporozhye

# Publicado em português do Brasil

Ministério da Defesa: Kiev tentou uma provocação monstruosa na usina nuclear de Zaporozhye

MOSCOU, 4 de março - RIA Novosti -- O regime de Kiev tentou provocar o bombardeio da usina nuclear de Zaporozhye, que está ocupada pelos militares russos desde 28 de fevereiro, disse a repórteres o porta-voz do Ministério da Defesa, major-general Igor Konashenkov.

"No entanto, ontem à noite, no território adjacente à usina, o regime nacionalista de Kiev tentou implementar uma provocação monstruosa. Em 4 de março, por volta das 2h, enquanto patrulhava a área protegida adjacente à usina nuclear de Zaporozhye, um patrulha da Guarda Nacional foi atacada por um grupo de sabotagem ucraniano." – disse ele.

O representante do departamento observou que em 28 de fevereiro, as Forças Armadas russas assumiram o controle da cidade de Energodar , a própria estação, cujos funcionários continuaram o trabalho planejado, e os arredores. Os soldados da Guarda Nacional Ucraniana que guardavam a usina nuclear deixaram a instalação antes mesmo da chegada das tropas russas.

"A fim de provocar um retorno de fogo contra o prédio, das janelas de vários andares de um complexo educacional e de treinamento localizado fora da usina, fogo pesado de armas pequenas foi aberto contra os militares da Guarda Russa", acrescentou Konashenkov.

Patrulheiros russos com armas pequenas suprimiram os pontos de tiro dos sabotadores. Saindo do prédio, eles começaram um incêndio. Foi extinto, a usina nuclear está operando normalmente.

Segundo o general, as palavras do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky sobre a ameaça à emissora que se seguiu aos acontecimentos , bem como suas negociações com os Estados Unidos e a Grã-Bretanha , “não deixam dúvidas” de que a provocação foi organizada para “acusar a Rússia”. de criar uma fonte de contaminação radioativa”.

"Tudo isso atesta a intenção criminosa do regime de Kiev ou a completa perda de controle de Zelensky sobre as ações de grupos de sabotagem ucranianos com a participação de mercenários estrangeiros", concluiu Konashenkov.

Em 21 de fevereiro, Vladimir Putin , em resposta aos pedidos das repúblicas do Donbass e após o apelo dos deputados da Duma do Estado , assinou decretos reconhecendo a soberania da LPR e da DPR . No início da manhã de 24 de fevereiro, a Rússia lançou uma operação militar especial para desmilitarizar a Ucrânia . Segundo o Ministério da Defesa, as Forças Armadas atacam apenas a infraestrutura militar e as tropas ucranianas.

O desenvolvimento da situação - no relatório online >>  --  RIA NOVOSTI

BIDEN, BLINKEN. STRAUSSIANOS E SUSPEIÇÕES...

Joe Biden não é um straussiano, mas faz negócios com eles desde há uns quinze anos. Aqui com Anthony Blinken. 

Imagem publicada em Voltairenet.or, no artigo de Thierry Meyssan intitulado A RÚSSIA DECLARA GUERRA AOS STRAUSSIANOS. O que tem Blinken que ver com os straussianos e as tramas não será muito provavel que venhamos a saber. O que é certo é que quer a nível nacional, quer a nível internacional existem lideranças comprometidas com negócios esconsos e criminosos, sem o minimo de consideração por países e povos. Deixamos a imagem. Só? E suspeições.

A RÚSSIA DECLARA GUERRA AOS STRAUSSIANOS

Thierry Meyssan*

A Rússia não faz guerra ao povo ucraniano, mas a um pequeno grupo de pessoas no seio do Poder norte-americano que transformou a Ucrânia à sua revelia, os Straussianos. Ele formou-se há meio século e já cometeu uma quantidade incrível de crimes na América latina e no Médio-Oriente à revelia dos Norte-Americanos. Eis a sua história.

Este artigo dá seguimento a:
 1. « A Rússia quer obrigar os EUA a respeitar a Carta das Nações Unidas », 5 de Janeiro de 2022.
 2. « Washington prossegue o plano da RAND no Cazaquistão, a seguir na Transnístria », 11 de Janeiro de 2022.
 3. « Washington recusa ouvir a Rússia e a China », 18 de Janeiro de 2022.
 4. « Washington e Londres, atingidos de surdez », 1 de Fevereiro de 2022.
 5. « Washington e Londres tentam preservar a sua dominação sobre a Europa », 8 de Fevereiro de 2022.
 6. “Duas interpretações do processo ucraniano”, 16 de Fevereiro de 2022.
 7. “Washington canta vitória, enquanto seus aliados se retiram”, 22 de Fevereiro de 2022.

Em 24 de Fevereiro ao amanhecer, as forças russas entraram maciçamente na Ucrânia. Segundo o Presidente Vladimir Putin, que se pronunciava então na televisão, esta operação especial era o início da resposta do seu país « àqueles que aspiram à dominação do mundo » e que fazem avançar as infraestruturas da OTAN até às portas do seu país. Durante esta longa intervenção, resumiu a maneira como a OTAN destruiu a Jugoslávia sem autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas, indo ao ponto de bombardear Belgrado, em 1999. Depois descreveu as destruições dos Estados Unidos no Médio-Oriente, no Iraque, na Líbia e na Síria. Só após esta longa exposição é que ele anunciou ter enviado as suas tropas à Ucrânia com a dupla missão de destruir as forças armadas ligadas à OTAN e de acabar com os grupos neo-nazis armados pela OTAN.

De imediato, todos os Estados membros da Aliança Atlântica denunciam uma ocupação da Ucrânia comparável à da Checoslováquia durante a « Primavera de Praga » (1968). Segundo eles, a Rússia de Vladimir Putin terá adoptado a « doutrina Brejnev » da União Soviética. É por isso que o mundo livre deve punir o « Império do Mal » ressuscitado impondo-lhe « custos devastadores ».

A interpretação da Aliança Atlântica visa antes de mais privar a Rússia do seu argumento principal : é certo que a OTAN não é uma confederação de iguais, mas uma federação hierarquizada sob o comando anglo-saxónico, mas a Rússia age da mesma forma. Ela recusa à Ucrânia a possibilidade de escolher o seu destino como os Soviéticos recusaram aos Checoslovacos. Claro, a OTAN, pelo seu funcionamento, viola os princípios de soberania e de igualdade dos Estados estipulados pela Carta das Nações Unidas, mas ela não deve ser dissolvida, salvo se a Rússia desaparecer também.

Parece lógico, mas sem grande probabilidade.

O discurso do Presidente Putin não era dirigido contra a Ucrânia, nem sequer contra os Estados Unidos, mas explicitamente contra « aqueles que aspiram à dominação do mundo », quer dizer contra os « Straussianos » no seio do Poder norte-americano. Foi uma verdadeira declaração de guerra contra eles.

Em 25 de Fevereiro, o Presidente Vladimir Putin qualificava o Poder de Kiev de « clique de drogados e de neonazis ». Para os média (mídia-br) atlantistas, estas declarações eram as de um doente mental.

Na noite de 25 para 26 de Fevereiro, o Presidente Volodymyr Zelensky dirigia à Rússia, via embaixada da China em Kiev, uma proposta de cessar-fogo. O Kremlin respondeu-lhe imediatamente colocando as suas condições :
 detenção de todos os nazis (Dmitro Yarosh e o Batalhão Azov, etc.),
 retirada de todos os nomes de rua e destruição dos monumentos glorificando os colaboracionistas dos nazis durante a Segunda Guerra Mundial (Stepan Bandera, etc.), 
deposição das armas.

A imprensa atlantista ignorou este acontecimento, enquanto o resto do mundo, que o ficou a conhecer, reteve a respiração. A negociação falhou algumas horas mais tarde após a intervenção de Washington. Só nesta ocasião é que as opiniões públicas ocidentais foram informadas a propósito, mas as condições russas irão continuar a ser-lhes escondidas.

De que fala o Presidente Putin ? Contra quem se bate ele ? E quais são as razões que tornaram cega e muda a imprensa atlantista ?

Ucrânia: Ataque russo à maior central nuclear da Europa origina incêndio

A central nuclear de Zaporizhzhia, na cidade de Enerhodar, é responsável pela produção de um quarto da energia da Ucrânia.

As forças russas começaram a bombardear na noite de quinta-feira a maior central nuclear da Europa, no sul da Ucrânia, onde deflagrou um incêndio e existe uma "ameaça real de perigo nuclear", divulgaram as autoridades ucranianas.

"Exigimos que parem os disparos com armas pesadas. Há uma ameaça real de perigo nuclear na maior central da Europa", alertou o porta-voz desta estação, Andriy Tuz.

A central nuclear de Zaporizhzhia, na cidade de Enerhodar, é responsável pela produção de um quarto da energia da Ucrânia.

Também o autarca de Enerhodar denunciou bombardeamentos contra a central nuclear, que originaram um incêndio.

"Ameaça à segurança global. Como resultado do contínuo bombardeamento inimigo de edifícios e unidades da maior central nuclear da Europa, esta está a arder", referiu Dmitry Orlov através da sua conta da rede social Telegram.

O autarca explicou que a guarda nacional confirmou a ocorrência de um incêndio e que irá defender a central.

Chefe da secreta russa diz que ucranianos estavam a fabricar bomba atómica

Sergey Naryshkin diz que Estados Unidos estavam a par do trabalho da Ucrânia no fabrico de uma bomba atómica.

O chefe do Serviço de Informações Externas (FSB, que sucedeu ao KGB) da Rússia, Sergey Naryshkin, denunciou esta quinta-feira que a Ucrânia estava a trabalhar no fabrico de uma bomba atómica.

"De acordo com os dados do Ministério da Defesa da Rússia, a Ucrânia conservou (desde a União Soviética) o potencial técnico para criar armas nucleares e é mais capaz de o fazer do que o Irão ou a Coreia do Norte. Além disso, de acordo com os dados do FSB, a Ucrânia estava a trabalhar nessa direção", afirmou, em comunicado.

Segundo Naryshkin, não era só a Rússia que estava ciente disso, mas também os Estados Unidos.

"Contudo, não só não colocaram quaisquer obstáculos a estes planos, como estavam prontos a dar um impulso aos ucranianos, esperando que os mísseis ucranianos com ogivas nucleares fossem apontados não para o Ocidente, mas para o Oriente", denunciou.

O chefe do FSB afirmou que o Ocidente quer impor um bloqueio económico, informativo e humanitário à Rússia, com o objetivo de destruir o país.

"A máscara foi removida. O Ocidente está só a cercar a Rússia com uma nova cortina de ferro. Trata-se de tentar destruir o nosso Estado, um cancelamento [do Estado], como estão agora habituados a dizer os meios de comunicação liberais-fascistas tolerantes", acrescentou.

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