terça-feira, 22 de março de 2022

Biden e as cinco principais tendências geoestratégicas da “Nova Ordem Mundial”

Quais são as cinco principais tendências geoestratégicas da “Nova Ordem Mundial” de Biden?

# Traduzido em português do Brasil

Andrew Korybko* | One World

As cinco principais tendências geoestratégicas que foram identificadas nesta análise também estão ocorrendo de forma importante dentro da 'Grande Reinicialização'/'Quarta Revolução Industrial' (GR/4IR) em andamento, cujos processos de mudança de paradigma de amplo espectro foram acelerados pela comunidade internacional. esforços descoordenados para conter o COVID-19 ('Guerra Mundial'), que até a Rússia abraçou até certo ponto de acordo com seus próprios interesses, como sua liderança os entende.

O presidente dos EUA, Joe Biden, declarou na segunda-feira que “haverá uma nova ordem mundial lá fora, e temos que liderá-la, e temos que unir o resto do mundo livre para fazê-lo”. Até este ponto, a própria frase “Nova Ordem Mundial” (NWO) foi tratada como uma chamada “teoria da conspiração” e impiedosamente suprimida no discurso da Mainstream Media (MSM), apesar do ex-presidente dos EUA George HW Bush ter sido responsável por introduzir este conceito em torno do fim da Velha Guerra Fria. No entanto, agora que Biden pronunciou publicamente essa frase, não é mais “politicamente incorreto” discuti-la. Na verdade, pode até se tornar parte da narrativa oficial dos MSM no futuro próximo. O que o presente trabalho pretende fazer é identificar as cinco principais tendências geoestratégicas da NWO e prever sua trajetória futura.

A Traição à Luz Alfabetizada das Palavras -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Marcolino Moco, tu dizes que eu escrevo por encomenda. Se dizes que o Presidente da República e titular do Poder Executivo dá ordens ao Poder Judicial, também podes afirmar que me vendo à primeira encomenda. Se afirmas que a veneranda juíza que preside ao Tribunal Constitucional aceita ordens de outros poderes, também podes afirmar que eu sou dos que fogem ao primeiro tiro da UNITA. Ou que vivo confortavelmente em Portugal.

Se o engenheiro à civil Adalberto da Costa Júnior acusar o Presidente da República de violar a separação de poderes interferindo nos Tribunais não é um insulto, de forma nenhuma. É apenas mais um dislate do pobre diabo que atiraram para a frente da seita do Galo Negro. Se Abílio Camalata Numa afirmar que a juíza presidente do Tribunal Constitucional recebe ordens seja de quem for, não é um insulto. É apenas o estilo dos nazis da Jamba e o discurso dos que estão saudosos do troar das armas.

Marcolino Moco foi secretário-geral do MPLA. Foi primeiro-ministro de um Governo do MPLA. Já tinha sido ministro num Governo da República Popular de Angola. Foi secretário executivo da CPLP, indicado pelo MPLA. É doutorado em Direito e professor universitário. Se diz que o Presidente da República dá ordens aos juízes é um insulto. Se acusa a presidente do Tribunal Constitucional de estar às ordens seja de quem for é um insulto. Assumo inteiramente a responsabilidade desta opinião.

Marcolino Moco está entre o restrito número das pessoas de quem sou amigo. Vou repetir: Amigo. Também foi meu camarada do MPLA. E companheiro de luta pela Independência Nacional, pela Liberdade, pela Soberania Nacional e a Integridade Territorial. Acima de tudo, sou amigo. Pelos vistos ele não é meu amigo. Bastou que discordasse das suas opiniões para me chamar vendido e covarde. Nada de novo.

Lopo do Nascimento, João Lourenço, Kundi Paiama e Marcolino Moco lideraram um projecto político no seio do MPLA que teve grande sucesso. Refiro-me à estrondosa vitória eleitoral do partido, em 1992. João Lourenço tinha nessa época uma relação fraterna, muito próxima, com Marcolino Moco. Fez tudo para que ele tivesse visibilidade política e condições para liderar o primeiro governo saído de eleições multipartidárias. O que eu disse no meu texto foi isto: A amizade e a cumplicidade do passado entre ambos, não podem ser postas em causa devido a divergências políticas que não podem ser assim tão profundas.

CONTOS POPULARES ANGOLANOS – Três Noivas para Três Irmãos

Seke La Bindo*

Era uma vez três amigos, Tshipampa, Mbua e Vumbama, que viviam na aldeia de Tshimpindi. Eram jovens, muito fortes e trabalhadores. Mas como na sua terra não existiam meninas em idade de casar, eles resolveram ir a uma buala distante à procura de noivas. Passaram rios e florestas, enfrentaram mil perigos e um dia chegaram à aldeia onde habitavam as mais belas meninas do Maiombe. Foram ter com o soba e explicaram que eram fortes e trabalhadores, mas não tinham posses para pagar o alambamento. Para compensar o soberano, ficavam a trabalhar nas suas terras o tempo que fosse preciso.

 O soba disse aos três amigos que nos seus domínios ninguém pagava alambamento. Os homens que queriam casar apenas tinham que cumprir as condições que ele impunha. 

- Se quiserem levar noivas para a vossa aldeia têm de passar aqui a noite. Amanhã, quando o Sol nascer, cada qual recebe um saco e leva-o às costas até ao destino. Mas só podem abrir o saco dentro de vossas casas! Quem cumprir tem direito a uma noiva. 

Tshipampa, que era muito voluntarioso, disse logo que sim. Mbua e Vumbama acompanharam o amigo, mas ficaram preocupados porque o saco que tinham de carregar às costas podia ser demasiado pesado para as suas forças.

Os três amigos naquela noite quase não dormiram, estavam muito emocionados com a possibilidade de terem mulher e constituírem família. Mal o dia começou a clarear, o soba foi acordá-los:

- A primeira condição está cumprida. Agora peguem nos sacos e vão-se. Quando os abrirem dentro de vossas casas vão ver que fui muito generoso!

NEOCOLÓNIA NUM MOÇAMBIQUE INERTE! -- Martinho Júnior

Martinho Júnior, Luanda

COMO O CÍRCULO SE COMPLETA E SE FECHA NUM CIRCO NEOCOLONIAL

As elites africanas têm cada vez mais responsabilidade na neocolonização de África, mas mesmo isso não apaga o jogo da “doutrina” Rumsfeld/Cebrowski em relação ao caos, ao terrorismo e à desagregação que se começou a instalar por todo o Sul Global: a fatia de responsabilidade maior foi, é e será ainda por muitos anos do século XXI, do “hegemon” unipolar e dos vassalos que constituem a “comunidade internacional” feudal que lhe é venenosamente afim!

Foi graças às invasões do Afeganistão, do Iraque, da Síria, da Líbia e de todos os lugares onde foram disseminadas tensões, conflitos e guerras, incluindo onde ocorreram artificiosas “revoluções coloridas” e “primaveras árabes”, que fermentaram as respostas fundamentalistas islâmicas mais radicais, incluindo a Al Qaeda (com todos os seus apêndices) e o Estado Islâmico…

Essa dialética está no âmago da própria “doutrina” Rumsfeld/Cebrowski: instala-se a jihad, a fim de garantir depois, tacitamente, a presença militar de quem vem “salvar a pátria”!

Isso é por si uma actividade de carácter neonazi, que aliás vem beber dos alvores da implantação do neoliberalismo em dois estados anglo-saxónicos fulcrais, por via da administração republicana de Ronald Reagan nos Estados Unidos e do governo de Margaretth Thatcher no Reino Unido, no século passado!

O híbrido UE-NATO, não precisava da ocorrência actual na Ucrânia, que é aliás o resultado de sua expansão para o leste da Europa até às fronteiras com a Rússia, para assumir a ideologia neonazi… a “doutrina” Rumsfeld/Cebrowski é por si suficiente para tal desde o princípio do século XXI!

A Bússola Estratégica dos Desorientados -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O Club K, portal da UNITA, publicou ontem, na íntegra, um “acórdão” do Tribunal Constitucional que anula o repetido congresso do Galo Negro. Outras publicações da mesma banda repetiram a falsa notícia. Quem como eu acreditou, foi miseravelmente enganado. Na parte que me cabe, acreditei na falsidade. Passo a expor porquê. 

Não duvidei da falsa notícia porque fiz este raciocínio: O Tribunal Constitucional notificou a UNITA da sua decisão, antes de lhe dar publicidade. A direcção do Galo Negro revelou imediatamente o acórdão através dos seus canais.  

Afinal foi mais uma manobra para pressionar aquele órgão de soberania. Para interferir no Poder Judicial, que a direcção do partido não reconhece, tal como não reconhece todos os outros órgãos de soberania e seus titulares. O desmentido do Tribunal Constitucional mereceu do Club K mais notícias falsas, em vez do pedido de desculpas e a denúncia de quem forneceu um acórdão falso, como é obrigação de todos os jornalistas. A protecção das fontes é sagrada. Mas se uma fonte se serve de um jornalista para propalar falsidades e mentiras, tem de ser denunciada.

A falsa notícia do Club K e outras “plataformas” ao serviço da UNITA é de uma gravidade extrema. Não apenas porque resulta numa intolerável pressão sobre o Tribunal Constitucional mas sobretudo porque é um crime gravíssimo contra o Jornalismo. 

O Tribunal Constitucional desmentiu imediatamente as publicações que revelaram o falso acórdão. E o Sindicato dos Jornalistas? Teixeira Cândido usa o Club K para os seus interesses pessoais. Por isso, nem ele nem a instituição que dirige denunciam tão grave atentado contra a credibilidade dos jornalistas e do jornalismo.

A ERCA tem no seu seio um bêbado da valeta que se serve do Club K e das outras plataformas ao serviço da UNITA. Até agora nada disse. Porque se o fizer, vamos ter o bêbado dizendo que está a ser perseguido. A Comissão da Carteira Profissional e Ética nada disse. Mas não pode manter-se em silêncio. Quanto mais não seja porque este deve ter sido o mais grave atentado à ética que alguma vez foi cometido em Angola. 

Por mim, nunca mais confio nessas publicações e não voltarei a comentar as suas falsas notícias. Porém, era meu dever aguardar uma comunicação oficial do Tribunal Constitucional. Facilitei. Errei. Não volta a acontecer. Peço desculpa às e aos magistrados do Tribunal Constitucional. E a aquém me lê. Além das desculpas, também peço que compreendam o meu entusiasmo ao verificar que a desnazificação de Angola se estava a fazer pela via do Poder Judicial. A UNITA é um cancro do regime democrático que tem de ser extirpado. De preferência, pela força da Lei.

Mísseis chineses podem afundar porta-aviões dos EUA, diz relatório

# Traduzido em português do Brasil

Serviço de Pesquisa do Congresso cita comandantes dos EUA dizendo que mísseis balísticos anti-navio chineses agora podem atingir alvos em movimento

David P Goldman* | Asia Times

NOVA YORK – Um relatório de 8 de março do Serviço de Pesquisa do Congresso (CRS) sobre as capacidades navais da China cita a visão dos principais comandantes dos EUA de que o arsenal de mísseis balísticos anti-navio da China (ASBMs) pode atingir alvos móveis, efetivamente fechando uma área a mil milhas da China. costa para a Marinha Americana.

O relatório afirma: “Um relatório de imprensa de 3 de dezembro de 2020 afirmou que o almirante Philip Davidson, comandante do Comando Indo-Pacífico dos EUA, 'confirmou, pela primeira vez do lado do governo dos EUA, que o Exército de Libertação Popular da China testou com sucesso um míssil balístico antinavio contra um navio em movimento.' A China também está desenvolvendo veículos hipersônicos que, se incorporados aos ASBMs chineses, poderiam tornar os ASBMs chineses mais difíceis de interceptar”.

Algumas das avaliações dos altos oficiais de bandeira dos EUA já foram citadas antes, mas o relatório do CRS lhes dá peso adicional no contexto de uma avaliação geral das capacidades chinesas.

Se os mísseis chineses podem efetivamente limpar a costa de navios americanos a uma distância de 1.500 quilômetros ou mais, os Estados Unidos não têm uma maneira eficaz de defender Taiwan contra um possível desembarque armado chinês.

Marinha dos EUA vai armar destróieres com armas hipersónicas

# Traduzido em português do Brasil

O movimento visa combater e deter as crescentes ameaças de mísseis hipersônicos chineses e russos em meio a crescentes tensões

Gabriel Honrada | Asia Times

Mísseis hipersônicos serão instalados em três navios da classe destróier dos EUA este mês, à medida que Washington avança para aumentar suas capacidades no mar e combater possíveis ameaças chinesas e russas.

Três dos problemáticos destróieres da classe Zumwalt da Marinha dos EUA serão equipados com os mísseis hipersônicos, substituindo os dois massivos Advanced Gun Systems (AGS) de 155 mm dos navios.

Ao terminar essas mudanças em 2025, a classe Zumwalt seria a primeira plataforma naval dos EUA a ser armada com armas hipersônicas.

A conversão visa transformar os futuristas navios furtivos em plataformas de ataque em águas azuis, em contraste com seu propósito original de operar no litoral e apoiar forças em terra com rodadas guiadas de seus canhões duplos de 155 mm

A classe Zumwalt foi originalmente construída em torno de duas armas AGS de 155 mm. No entanto, o alto custo das rodadas guiadas do AGS, de US$ 1 milhão cada – aproximando-se ao de um míssil de cruzeiro Tomahawk – impediu a Marinha dos EUA de fazer compras em massa.

UCRÂNIA: IMPERIALISMO E GUERRA DA INFORMAÇÃO

# Publicado em português do Brasil

Papel da mídia como máquina de propaganda está claro: para o Império, urge retomar a hegemonia e destruir adversários asiáticos, como Rússia e China. É preciso fazer a crítica desse jogo a partir de um ponto de vista dos trabalhadores

César Bolaño* | Outras Palavras

Nossos inimigos dizem: A verdade está liquidada.
Mas nós dizemos: Nós a sabemos ainda.
(Brecht)

O atual conflito entre Otan e Rússia em torno das operações militares desta na Ucrânia desde o final de fevereiro de 2022, no contexto da guerra do Donbas – iniciada logo após o golpe de Estado de 2014 e a consequente declaração de independência das repúblicas populares de Lugansk e Donetsk –, é um momento crucial na crise estrutural do capital que, ao mobilizar, expõe o complexo institucional e os atores que se articulam na organização e funcionamento do imperialismo. Um dos elementos fundamentais desse complexo é o sistema global de comunicação que, numa situação extrema, de guerra, passa a funcionar prioritariamente de acordo com a lógica da propaganda, deslocando aquela da publicidade momentaneamente para o segundo plano. Nestas condições, é obrigação histórica dos estudiosos da economia política da comunicação e da cultura (EPC), esclarecer a coerência dessa articulação e as contradições envolvidas. Este artigo visa apresentar esse desafio ao campo através de algumas reflexões preliminares, feitas no calor da hora.

A situação atual do imperialismo guarda certas similitudes, que por certo não se podem exagerar, com aquele momento, durante o governo Reagan, em que se dá uma espetacular inversão de tendência que a professora Maria da Conceição Tavares (1997) chamou “retomada da hegemonia americana”, em termos econômicos, políticos e militares, após uma década de crise do dólar e de avanço, na concorrência internacional, nas principais indústrias definidoras da dinâmica capitalista ao longo de todo o período expansivo do pós-guerra, a automobilística e a eletroeletrônica sobretudo, das empresas europeias, em especial a alemã, e japonesas principalmente. A recuperação do poder do dólar deu-se graças a um tipo de “keynesianismo bastardo”, nas palavras da professora, assentado num aumento das taxas de juros que redirecionava os fluxos de capital para os Estados Unidos, transferindo a crise para fora, primeiro para os países endividados do terceiro mundo e para o leste europeu, onde o sistema soviético, que já enfrentava a sua própria crise estrutural, seria obrigado a responder ainda ao desafio econômico imposto pelo projeto norte-americano de “guerra nas estrelas”. Como resultado, ocorre a derrocada do regime e do conjunto do que Robert Kurz (1991) chamou “socialismo de caserna”.

Por outro lado, Ronald Reagan promoveu um forte enquadramento político dos seus sócios europeus, explícito no veto à construção do gasoduto transiberiano, entre a Alemanha e a Rússia, passando pela Ucrânia. Esta última, com o final do sistema soviético adquire uma autonomia que só lhe fora dada antes, na história moderna, pela Alemanha nazista, que utilizou o seu território como plataforma de ataque à União Soviética, como já fizera antes Napoleão contra o império czarista. A Ucrânia, expandida pela cessão de territórios por parte dos bolcheviques, desde 1922, transformara-se em um grande e rico país, tensionado, não obstante, por uma divisão interna que se mostraria, em breve, altamente desagregadora. Ao longo dos “dez anos loucos” do Leste Europeu, após a queda do sistema soviético, três movimentos ocorreram, fundamentais para a formação da conjuntura atual:

A MORTE TAMBÉM MATA A MEMÓRIA DOS VIVOS - Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

As palavras fora de tempo podem causar graves perturbações ao mundo. As notícias em tempo de guerra são armas mais mortíferas do que a morte. Ai de quem as dê. Sei disso porque experimentei e como se sabe, melhor é experimentá-lo que julgá-lo, mas julgue-o quem não pode experimentá-lo. Um dia desembarquei em Bagdade como enviado do maior jornal português. Como me competia, fiz notícias e reportagens.  

Um artista que na época era o único animal invertebrado do mundo que falava (hoje há muitos) dizia-me que estava a mandar informações que mais ninguém dava ou o contrário do que noticiavam as agências noticiosas. Os senhores embaixadores dos países que se preparavam para destruir o Iraque, estavam a protestar muito, vê lá, cortam-nos a publicidade, estás a estragar a tua vida. E eu noticiava. Até que começaram a misturar as minhas peças com as aldrabices da propaganda ou mesmo a atirá-las para o lixo.

O pior estava por vir. Entrevistei o comandante Yasser Arafat na Casa da Palestina, em Bagdade. Mandei a peça para a Redacção com o título Já Soam os Tambores da Guerra. E destaquei uma declaração do líder da OLP que pelos vistos ninguém quis ler: “O Ocidente vai ganhar a guerra mas perde para sempre a paz”.

O animal invertebrado que falava ficou preocupadíssimo. Dizia ele que o secretário-geral da ONU, Perez de Cuellar, chegado de Bagdade, garantia que estava afastada a hipótese de uma guerra no Iraque. E a declaração de Arafat era alarmista. Não é melhor congelar a entrevista? Exigi a publicação. Tudo acabou com a minha saída do jornal. Mandei à merda o patrão, como tanto gosto. Houve mesmo guerra e o Ocidente, desde então, perdeu a paz, ainda que os cidadãos não se tenham apercebido disso. Mas vão perceber.

A AGRESSÃO DA OTAN CONTRA A JUGOSLÁVIA EM 1999 DUROU 78 DIAS

NÃO PODEMOS ESQUECER A AGRESSÃO DA OTAN NEM AS CRIANÇAS QUE MATOU

BELGRADO, 21 de março. /TASS/. A Sérvia não vai aderir à Otan porque não pode esquecer as crianças mortas durante a agressão da aliança contra ela em 1999, disse o presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, em um comício eleitoral em Kikinda na segunda-feira.

"Acredito que a Sérvia não deve aderir à OTAN. A Sérvia é um país livre e um país militarmente neutro. A Sérvia defenderá sua terra e seu céu por conta própria. Mas deixe-me dizer uma coisa: nosso dever é perdoar e nosso dever é Não esquecer. Não esquecer Bojana Tosic, de 11 meses, morta em Merdare, perto de Kursumlija, não esquecer a pequena Milica Rakic, morta em Batajnica, e não esquecer a pequena Sanja Milenkovic, morta em Varvarin. Não temos o direito de esqueça isso. Ficaremos muito mais fortes do que éramos naqueles dias, quando os irresponsáveis, os arrogantes e os presunçosos estavam nos bombardeando e travando uma guerra de agressão contra nós e nosso país", disse Vucic.

A agressão da OTAN contra a Iugoslávia em 1999 durou 78 dias. A liderança da aliança argumentou que a principal razão para a operação de codinome Allied Force foi a prevenção do genocídio dos albaneses de Kosovo. De acordo com fontes da OTAN, seus aviões voaram 38.000 missões e realizaram 10.000 bombardeios.

Os bombardeios mataram, de acordo com diferentes estimativas, 3.500-4.000, e deixaram cerca de 10.000 outros (dois terços deles civis) feridos. Os danos materiais totalizaram US$ 100 bilhões. Durante os três meses de bombardeios, as forças da OTAN lançaram sobre a Sérvia 15 toneladas de urânio empobrecido em bombas e granadas. Depois disso, as taxas de câncer do país subiram para o primeiro lugar na Europa. Nos primeiros dez anos após os bombardeios, cerca de 30.000 desenvolveram câncer e cerca de 10.000 a 18.000 deles morreram.

Imagem: Presidente sérvio Aleksandar Vucic -- © Ministério das Relações Exteriores da Rússia/TASS

"O povo Azov estava escondendo-se atrás de nós." Refugiados deixam Mariupol

Quase todos os moradores do Mariupol desbloqueado se recusaram a sair para os territórios sob o controle de Kiev e escolheram rotas de evacuação para a Rússia. Refugiados deixando a cidade ao longo de corredores humanitários - no feed de fotos Ria.ru.

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Após longos dias em que as autoridades ucranianas não quiseram cooperar com o lado russo na evacuação de pessoas, 33.000 pessoas foram evacuadas de Mariupol. -- © RIA Novosti / Viktor Antonyuk

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Moradores da cidade contam como se esconderam em porões e não conseguiram sair "para não atirarem em nós", enquanto os militares ucranianos colocam tanques em áreas residenciais. -- © RIA Novosti / Maxim Blinov

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O Ministério da Defesa russo enviou colunas de ônibus para a cidade para evacuar os moradores de Mariupol. -- © RIA Novosti / Viktor Antonyuk

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"Não há casas no caminho, nada, tudo estava pegando fogo, os cadáveres de pessoas e soldados estavam espalhados, as crianças estavam gritando, chorando. Estávamos andando sob as balas, mal conseguimos chegar aos ônibus. desta vez, o povo Azov estava apenas se escondendo atrás de nós, éramos uma parede viva para eles, e isso é tudo ”, disse uma das testemunhas oculares. -- © RIA Novosti / Viktor Antonyuk

VER COMPLETO EM RIA Novosti -- (usar tradutor Google)

Refugiados ucranianos tornam-se os novos escravos da Europa

# Traduzido em português do Brasil

Vladimir Kornilov | RIA Novosti | opinião

Já mais de três milhões de ucranianos acabaram na Europa. Este número está crescendo a cada dia quase exponencialmente. Fugindo da luta, do caos e do saque que agora reina nas ruas ucranianas, os refugiados estão chegando em um fluxo contínuo. A maioria são mulheres e crianças. Segundo a ONU, 55 crianças deixam a Ucrânia a cada minuto. Ressaltamos: cada minuto!

Os homens teriam ido, mas o regime de Zelensky os proibiu de deixar o país, declarando mobilização total. E como a maioria dos caras não quer lutar pelos interesses de seus oligarcas e pelas idéias de nacionalismo, os ucranianos são forçados a se esconder do alistamento e se entregar a todas as coisas sérias para não serem pegos por "deserção". Tal é a "guerra popular", na qual o povo da Ucrânia não quer participar, mas é constantemente forçado a fazê-lo.

Muitos moradores da Ucrânia iriam de bom grado para a Rússia para esperar a fase difícil dos combates. Isso pode ser visto pelo menos nos fluxos de carros que se alinham ao sair de Mariupol para o leste, no posto de controle de Goptovka na região de Kharkiv e até na zona de Chernobyl, por onde os ucranianos viajam para a Bielorrússia e em trânsito para a Rússia. Mas o Ocidente está tentando não notar esses tiros - eles não se encaixam nos padrões de "ódio feroz" que supostamente existe entre russos e ucranianos.

Média e elites políticas ocidentais são responsáveis por atrocidades na Ucrânia

OS CRIMINOSOS DA MÍDIA DE MASSA E AS ELITES POLÍTICAS OCIDENTAIS SÃO DIRETAMENTE RESPONSÁVEIS POR ATROCIDADES NA UCRÂNIA

# Traduzido em português do Brasil

Ao transmitir as mentiras do ativista ucraniano textualmente, entidades de mídia de massa ocidentais e políticos ocidentais estão ajudando algumas das pessoas mais más deste planeta.

Atualmente, ativistas ucranianos estão cometendo atrocidades totalmente horrendas contra seu próprio povo na esperança de atrair a OTAN para o envolvimento na Ucrânia.

Eles tentaram várias vezes criar um evento que geraria o envolvimento da OTAN.

Desde a criação de uma polémica em torno da maior central nuclear da Europa, passando por ataques a escolas e hospitais, incluindo uma maternidade, por uma acção semelhante contra um teatro e agora por um ataque hediondo a um lar de reformados, mostram claramente que estão dispostos fazer absolutamente qualquer coisa e matar absolutamente qualquer um para trazer a OTAN para a guerra.

Essas técnicas malignas foram vistas durante o cerco de Sarajevo, quando um lado atacou seu próprio povo em um mercado ao ar livre, matando dezenas. A OTAN então fez o que eles foram atraídos a fazer, pressionados a fazer e por todos os truques do livro, encorajados a fazer.

As forças ultranacionalistas, fora do controle do presidente do governo central ou dos militares ucranianos, estão encarando a derrota de frente, particularmente em Mariupol e em todo o Donbass. Eles estão completamente desesperados.

Mas é um ponto discutível, quais são os mais malignos, aqueles que fariam essas coisas ou os meios de comunicação de massa e os políticos ocidentais que auxiliam em seu projeto?

VOLODYMYR ZELENSKY, A IMAGEM DO MANIPULADOR COMEDIANTE


ZELENKY REPRESENTA O COLABORACIONISMO EXTREMISTA E FANÁTICO QUE CONVENCEU O OCIDENTE A ARMAR OS NAZIS UCRANIANOS. O NAZISMO AVANÇA NA EUROPA COM A COLABORAÇÃO EMPENHADA DOS EUA E DA UNIÃO EUROPEIA. A UCRÂNIA É O PALCO DO CRESCIMENTO DO NAZISMO E DA INSTABILIDADE QUE O MESMO PROVOCA. A OPINIÃO PÚBLICA DA EUROPA OCIDENTAL E DOS EUA ESTÁ MAL INFORMADA SOBRE A REALIDADE UCRANIANA. OS JORNALISTAS OCIDENTAIS ESTÃO A SEGUIR O RASTO DAS MANIPULAÇÕES QUE SERVEM OS INTERESSES DA POLÍTICA E OBJETIVOS DELINEADOS PELAS FORÇAS NAZIS UCRANIANAS, NÃO DA POPULAÇÃO UCRANIANA NA SUA GRANDE MAIORIA - QUE COMPREENSIVELMENTE RECEIA AS REPRESÁLIAS NAZIS  DOS QUE ATUALMENTE DETÊM OS PODERES. 

ZELENSKY SEGUIU A CARTILHA DO "SE NÃO OS PODES VENCER JUNTA-TE A ELES". NA UCRÂNIA É O QUE ESTÁ A ACONTECR HÁ MUITO, MESMO ANTES DA TÃO PROPALADA INVASÃO RUSSA. A EUROPA OCIDENTAL, A UNIÃO EUROPEIA, ESTÁ MAIS PRÓXIMO DA REIMPLANTAÇÃO DE UM REGIME NAZI QUE AQUILO QUE IMAGINA. A GUERRA NA EUROPA ATÉ FARÁ CRESCER A ECONOMIA DOS EUA, CONVÉM. ASSIM ACONTECEU NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, NOS ANOS 40... OS EUA CRESCERÃO E TODA A EUROPA DEFINHARÁ. JÁ ACONTECEU ANTES E A HISTÓRIA ESTÁ A REPETIR-SE. PENSEM.

Refugiados ucranianos não poupam palavras sobre o governo de Zelensky

Refugiados ucranianos não poupam palavras sobre o governo de Zelensky, Moldávia local chama 1ª onda de refugiados de 'oligarcas'

# Traduzido em português do Brasil

Fergie Chambers* | Toward Freedom

CHISINAU, Moldávia -- Aninhada acima do Mar Negro, entre a zona de guerra na Ucrânia e os limites orientais do território da OTAN na Romênia, fica a pequena e esquecida nação da Moldávia. Entre os países mais pobres da Europa por praticamente qualquer métrica relevante, foi sobrecarregado por refugiados ucranianos nas três semanas desde o início do que a Rússia chama de sua “operação militar especial” (спецоперация) na Ucrânia.

Mais de 359.000 pessoas dos 3,38 milhões que fugiram da Ucrânia desde 24 de fevereiro entraram e saíram do país, segundo o comissário das Nações Unidas para os Refugiados. Roman Macovenco da Direcção Consular da Moldávia confirmou que pelo menos 300.000 ucranianos atravessaram a Moldávia. A grande maioria veio pela cidade fronteiriça de Palanca, a apenas 57 quilômetros de Odessa, na Ucrânia. Muitos acabaram em Chisinau, a capital do pequeno país. Em 14 de março, cerca de 100.000 permaneciam na Moldávia.

Principalmente devido à sua capacidade limitada e recursos financeiros ainda mais limitados, a Moldávia é uma zona de transição para refugiados. No entanto, a duração de sua estadia depende de sua situação econômica. O principal especialista do Ministério do Interior da Moldávia, Olesea Sirghi e Macovenco, disse que os refugiados que permanecem por mais de dois dias não podem pagar passagem para os países da UE.

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