quarta-feira, 20 de julho de 2022

CORRIDAS DE FÓRMULA Z!

Martinho Júnior, Luanda

QUANDO O COLONIALISMO MENTAL NAZIFICADO DESEMBOCA NA ESTUPUIDEZ SADO-MASOQUISTA… QUEM SE LIXA SÃO OS POVOS!

PARA ONDE QUER QUE OS OTÁRIOS EUROPEUS SE VIREM ALUCINADAMENTE, TENTANDO OBTER GÁS OU PETRÓLEO DE ÚLTIMO RECURSO, VÃO LIDAR COM OS ESTADOS “MOUROS” QUE COMPÕEM O CAMPO MULTILATERAL…

Enquanto no Médio Oriente Alargado o multilateralismo está garantido no Mar Cáspio, como cada vez mais ao redor da Síria, inevitavelmente com o concurso do Irão e da Turquia para além da Rússia conforme ao encontro tripartido na cimeira de Teerão), os vassalos e cúmplices europeus do campo do império da hegemonia unipolar em colapso, estão cercados por estados de feição multilateral para onde quer que se virem e não vai ser com o postigo de Israel que vão conseguir o petróleo ou o gás que tanto precisam!

Constatem as corridas de fórmula Z em azougados circuitos fluindo “mouraria” fora:

A Úrsula foi negociar gás a leste (está mesmo obcecada pelo leste), com o Azerbeijão, estado turcomano componente da grande bacia do Cáspio que na prática com o concurso russo e da Arménia tem a questão de Nagorno Karabakh resolvida e por tabela um bom relacionamento com a Turquia, cada vez mais a pender para leste, cansada que está de tantos otários e de suas seculares vigarices e piratarias…

O Scholtz alemão foi parar a sudeste, ao Egipto, no meio das sessões trágico-cómicas dos dois Nord Streams; sob o olhar silencioso das Esfinges precisa de pirâmides de gás…

O Dragui da abençoada Roma católica e apostólica, vegetando na crise “sistémica” interna da Itália, foi desenrascar gás ali mesmo a sul, à Argélia muçulmana, uma Argélia que acabou de dar cheque aos Reinos de Espanha e de Marrocos por causa da libertação do Sahara e mantém a França em respeito há 60 anos…

O Reino de Espanha, ao que parece em nome da União Europeia, sem mais gás da Argélia virou-se para oeste e foi procurar o que tanto precisa ao outro lado do Atlântico, à ultra sancionada Venezuela Bolivariana, mas agora depois de tanta cobardia pastosa, só poderá obtê-lo pagando antecipadamente a preços que não estão ainda acordados e em condições que contornem as sanções dos Estados Unidos…

Há um outro que foi-se Qatar!...

… e se mais houvera, mais correra!...

Angola | OS RESISTENTES NUNCA MUDAM DE LADO – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

As angolanas e angolanos da minha geração nasceram, ainda estava em brasa a fornalha da II Guerra Mundial e todos os horrores que levaram ao extermínio de comunistas e judeus. A comida começava a chegar às mesas e o mundo foi abalado pelas bombas atómicas que os EUA despejaram sobre Nagasaki e Hiroshima. Tomaram o gosto pelos genocídios e nós crescendo neste clima de ódio e extermínio, numa sociedade colonial onde a maioria negra era segregada e escravizada à luz do estatuto do indigenato. Tanta angústia, tanto medo, tanta flor morreu em botão.

Eis que do “Estado da Índia” sopraram ventos de esperança. Estávamos em 1955 e nacionalistas originários de Goa, Damão e Diu reclamaram a independência da colónia portuguesa. No ano seguinte nasceu o MPLA. No Oriente, a União Indiana cortou relações com Portugal. E no Tribunal de Haia, o ministro indiano das relações exteriores disse aos membros da legação portuguesa que, se o seu país quisesse, a colónia acabava em 24 horas. Os políticos e intelectuais angolanos perceberam a mensagem e partiram para a reivindicação da autonomia, sob a bandeira do movimento popular acabado de nascer.

Esses nacionalistas do início tiveram hesitações, alguns mudaram de campo, outros arrependeram-se mas o núcleo duro ficou nas fileiras do MPLA até à morte, Esses foram os exemplos vivos dos jovens da minha geração. A querela sino-soviética teve um efeito nefasto no seio do “amplo movimento” e homens como Viriato da Cruz ou Matias Miguéis regrediram e resolveram mudar de campo e até de bandeira. Depois todas e todos cerraram fileiras à volta de Agostinho Neto. Em 1972 surgiu uma erupção tribalista mas com apoios internacionais. E o que nada valia, acabou por fazer muito mal a Angola, em 1974/1975. Falo da facção de Daniel Chipenda. 

No mesmo período surgiu nova dissidência, a Revolta Activa. Ia causando um verdadeiro descalabro. Se a liderança de Agostinho Neto não fosse tão forte, hoje não restava pedra sobre pedra. Mas repito: A gente da minha geração nunca abandonou o MPLA, fossem quais fossem as circunstâncias. Alguns de nós deixaram a militância activa mas nada mais que isso e regressam quando é preciso. 

Hoje mandaram-me esta pergunta: Achas que o funeral de José Eduardo dos Santos deveria ter lugar em Barcelona? E acreditas que o ex-presidente teria apoiado o “Adabel”? Lembrei-me logo daquela canção: Dizem que deus existe/talvez sim, talvez não/ mas é seguro que almoça/sentado à mesa do patrão.

Eduardo dos Santos sem testamento. "Cada filho sabe o que ele deixou"

O ex-presidente angolano José Eduardo dos Santos não deixou testamento, dificultando a tarefa da justiça espanhola na batalha legal que envolve Governo e a família, disse à Lusa fonte próxima do processo.

"Não existe testamento, isso foi já confirmado pelos familiares e pelo chefe da escolta com que confidenciou durante os últimos 33 anos", disse a fonte à Lusa.

Segundo a mesma fonte, o antigo chefe de Estado era "pragmático" e "terá dado a cada um dos filhos aquilo que achava que cada um devia ter", chamando "cada um a seu tempo".

"Cada um dos filhos sabe perfeitamente o que ele deixou", acrescentou, admitindo que "ainda muita água vai correr debaixo da ponte", já que o chefe de Estado não deixou por escrito a sua última vontade.

Entretanto, o Governo angolano deu indicações aos advogados que o representa em Barcelona para averiguar se José Eduardo dos Santos poderia encontrar-se em situação ilegal, como foi noticiado pelo Club K, tendo afastado essa possibilidade.

"Se fosse um imigrante ilegal, o assunto já estaria resolvido", disse a fonte, indicando que José Eduardo dos Santos era tratado pelos mesmos médicos em Barcelona há vários anos e gozava do mesmo estatuto de quando era Presidente, que lhe permitia permanecer o tempo necessário em Espanha para tratamento médico na clínica Teknon, onde morreu, no dia 08 de julho, com 79 anos.

"Ele não era residente em Espanha, e sim em Angola. Tinha uma equipa de apoio, com cerca de 15 pessoas, afetas ao seu serviço e à sua escolta e esta sim, era rendida a cada 30 dias. Os únicos que tinham visto de longa duração eram o Presidente, o seu médico pessoal e o chefe da escolta, mas José Eduardo dos Santos não tinha necessidade de sair de Espanha, até porque estava muitas vezes internado", detalhou.

Angola | O REPORTER DE IMAGEM CLANDESTINO – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Os angolanos querem um país mais justo e mais fraterno. Não querem viver na confusão. Os angolanos amam a paz. Não podem seguir aqueles que fazem tudo para que a violência se instale na sociedade. Os angolanos são fraternos. Não aceitam que políticos irresponsáveis os atirem contra os seus irmãos para que desse confronto fratricida nasça o caos. 

O atentado contra o comissário Panda, antigo comandante-geral da Polícia Nacional, tem de ser muito bem explicado. A sociedade precisa de saber se esta acção criminosa é o cartão de apresentação da UNITA nesta fase em que aparece atrelada aos agentes secretos da ADI Timor, especialistas em pirataria informática, escutas ilegais e terrorismo urbano. As angolanas e os angolanos precisam de saber até que ponto um partido legal, que vai concorrer às eleições de 24 de Agosto, pode ser ao mesmo tempo uma fábrica de caos social e instabilidade política.

Adalberto da Costa Júnior e os seus apaniguados estão a agir como se Angola não fosse um Estado Soberano, os órgãos de soberania não tenham legitimidade democrática e exista um vazio de poder. O caminho que estão a seguir é perigoso porque a esmagadora maioria dos angolanos não quer a violência, não quer o caos, não quer a confusão. 

Quem sufragou o Programa de Governo do MPLA, que está a ser aplicado, não admite que forças minoritárias perturbem a paz social. Quem deu uma maioria qualificada ao MPLA não vai admitir que forças políticas irresponsáveis façam tudo para colocar o poder na rua, recorrendo a agentes peritos na destabilização política e na criação do caos social. 

Quem apoia o regime democrático não vai admitir que meia dúzia (serão tantos?) de políticos irresponsáveis ponha em causa a ordem pública e o Estado de Direito. Os angolanos sofreram muito para chegarem onde estamos. Não vão admitir que políticos cegos pela ambição ponham em causa a soberania nacional. Porque têm como programa político maior, o regresso ao regime de apartheid na África Austral e às agressões armadas contra Angola.

SOBRE LIBERTAR A EUROPA

#Traduzido em português do Brasil

Batiushka em The Saker

E eles tinham caudas como escorpiões e havia ferrões em suas caudas e seu poder era ferir homens por cinco mesesApocalipse 9, 10

Introdução: 'O Fim da História'

Há pouco mais de trinta anos, a URSS comunista faliu – não conseguiu levantar dinheiro suficiente para pagar suas dívidas nos mercados de capitais. O Ocidente deveria ter falido ao mesmo tempo porque também tinha dívidas colossais, mas através das manipulações financeiras de seu capitalismo conseguiu levantar o capital. Então, em vez disso, foi moralmente falido.

Em primeiro lugar, havia o fascismo do politicamente correto. Como tantos movimentos destrutivos as intenções iniciais eram boas, mas como sabemos que o caminho para o inferno está pavimentado com elas. Foi precisamente depois de 1991 que o uso da expressão 'politicamente correto' como uma expressão pejorativa se tornou difundido nos EUA. Em segundo lugar, ao mesmo tempo, começou o ataque ocidental ao Islã, ou melhor, a apropriação ocidental de petróleo e gás árabe, dizendo a Saddam Hussein que ele poderia recuperar o Kuwait, que havia sido ilegitimamente cortado do Iraque rico em petróleo pelo imperialismo britânico, mas depois retirando esse apoio uma vez que ele o fez e, assim, pretextando uma razão para atacá-lo. A primeira Guerra do Golfo se seguiu, com uma segunda a seguir após a invasão e ocupação fracassada do Afeganistão, e depois o caos na 'Primavera Árabe'. Em terceiro lugar, ao mesmo tempo, em 1992 começou a tentativa de despovoar, desmantelar e destruir as terras russas, culminando 22 anos depois no golpe de estado dos EUA em Kiev em 2014, que custou aos contribuintes dos EUA US $ 5 bilhões e custou-lhes muitas vezes mais desde então. No meio disso, houve todo tipo de manipulação ocidental, do 11 de setembro ao covid.

Assim é a arrogância. 'Somos a única superpotência'. 'O fim da história chegou'. E assim hoje o mundo ocidental se encontra isolado. A 'comunidade internacional', 'o mundo livre', tem apenas 13% da população mundial e depende do resto do mundo, dos 87%. Superado pela população do resto do mundo e seu PIB, produz apenas uma pequena quantidade de petróleo, gás, alimentos, fertilizantes e bens manufaturados. Rússia, China, Índia, Indonésia, Arábia Saudita, na verdade quase toda a Ásia, África e América Latina, estão juntos contra as manipulações neocoloniais e as mentiras neoconservadoras do mundo ocidental, cuja unidade está agora desmoronando. Além disso, o mundo ocidental está falido. Só os EUA devem impagáveis ​​30 trilhões de libras. Assim, a falência do Ocidente que deveria ter acontecido há mais de trinta anos está acontecendo agora.

A Primeira Guerra Mundial (1914-2022) deve terminar

Em vez de negociar com a Rússia e sair da Ucrânia, há conflito militar. Em vez de deixar a Rússia reconquistar a Ucrânia, como inevitavelmente fará, dentro de algumas semanas, o Ocidente decidiu impor-se sanções absurdas e suicidas e esgotar seus estoques de armas para prolongar o conflito para que durasse muitos meses. . Isso significa que a Rússia está, de uma forma ou de outra, sendo forçada a assumir toda a Ucrânia. E como o equipamento militar ocidental está sendo destruído na Ucrânia, o resto da Europa não terá muito para resistir a qualquer avanço russo além da Ucrânia, caso a Rússia deseje fazê-lo. E pode fazê-lo, pois os últimos cinco meses provaram claramente que não é apenas a Ucrânia que precisa de desmilitarizar e desnazificar, mas toda a Europa Ocidental.

A história deveria ensinar o efeito bumerangue: você faz algo disfarçado – você pagará por isso. Por exemplo, em 1917, a Grã-Bretanha projetou a Revolução Russa, entregando o poder aos aristocratas e burgueses anglófilos. Normalmente, os anglófilos se mostraram totalmente incompetentes e perderam o poder para os bolcheviques em apenas oito meses. O resultado foi que a Grã-Bretanha teve que intervir militarmente na Rússia para tentar, em vão, derrotar os bolcheviques, inimigos muito piores para ela do que a Rússia do czar, que a Grã-Bretanha efetivamente instalou. Outro exemplo do mesmo período de tempo: Assim como o Tratado de Versalhes que supostamente encerrou a Primeira Guerra Mundial (= Ocidental) garantiu a Segunda Guerra Mundial (= Ocidental), não devemos esquecer que nunca houve nenhum tratado formal de paz entre a URSS e a Alemanha em 1945,

Como as armas alemãs estão hoje matando russos na Ucrânia, pode-se considerar que a Alemanha quebrou esse cessar-fogo. Então agora precisamos acabar com a Primeira Guerra Mundial. Ainda mais porque a derrota da Alemanha em 1945 deixou fronteiras malucas por toda a Europa, da Catalunha à Hungria, da Estônia à Irlanda, da Ucrânia à Bélgica. Como resultado, há muitas grandes minorias em toda a Europa que querem ser libertadas das elites opressoras, isto é, que querem ser libertadas dos resultados da Primeira Guerra Mundial. Essa guerra nunca terminou, mas foi apenas interrompida, duas vezes, em 1919 e em 1945, mas agora pode finalmente terminar. Vejamos brevemente algumas minorias oprimidas nos três países que são considerados os países politicamente líderes do mundo ocidental, dois na Europa Ocidental, França e Reino Unido, o outro, os EUA,

O plano secular da Alemanha para capturar controle da Europa está quase completo

Andrew Korybko* | One World

A Alemanha estava esperando esse tempo todo por uma grande crise, que acabou sendo a última fase do conflito ucraniano que a OTAN liderada pelos EUA é inteiramente responsável por provocar, a fim de fazer seus dois jogos de poder interconectados que agora estão se desenrolando ativamente.

#Traduzido em português do Brasil

A elite alemã permaneceu consistentemente empenhada em capturar o controle da Europa por mais de um século, com a única coisa que mudou ao longo das décadas sendo seus meios depois que os militares falharam terrivelmente duas vezes. A ex-Alemanha Ocidental passou a acreditar após a Segunda Guerra Mundial que a melhor aposta para cumprir essa trama era jogar com calma, abandonando o unilateralismo em favor do multilateralismo liderado pelos EUA. Isso, por sua vez, permitiu desarmar estrategicamente o resto do continente, especialmente no período que antecedeu a reunificação com a antiga Alemanha Oriental, depois de ter levado todos a pensar que sua elite finalmente mudou seus caminhos, embora a única mudança fosse os meios empregados. para este fim.

A paciência estratégica praticada pela liderança alemã nas décadas que se seguiram à Segunda Guerra Mundial e especialmente ao fim da Velha Guerra Fria foi impressionante, pois certamente parecia que sua elite finalmente abandonou seus planos hegemônicos. Até o presidente Putin, que estabeleceu relações extremamente próximas com a ex-chanceler Merkel e, sem dúvida, parecia confiar nela, foi enganado até certo ponto, apesar de sua antiga carreira na inteligência. Afinal, ele aceitou a palavra do governo dela de que resolveria a crise da “EuroMaidan” que logo depois levou a um golpe apoiado por Berlim e ainda continuou acreditando que ela conseguiria fazer com que Kiev implementasse os Acordos de Minsk endossados ​​pelo CSNU.

Essas observações mostram quão convincente foi o ato da elite alemã de que até mesmo esse profissional de classe mundial se apaixonou por ele, o que resultou na perda de quase oito anos de tempo para a Rússia antes de ser finalmente obrigada a iniciar sua operação militar especial em andamento na Ucrânia. . Durante todo esse tempo, a Alemanha estava bancando os tolos, tramando nos bastidores para capturar o controle da Europa exatamente como se pretendia fazer há um século, embora por meios diferentes do que os observadores esperavam de Berlim. Em vez de militares, o multilateralismo superficial foi empregado por meio de instituições da UE e ideologia hiperliberal associada para disfarçar essas ambições hegemônicas.

A Alemanha estava esperando esse tempo todo por uma grande crise, que acabou sendo a última fase do conflito ucraniano que a OTAN liderada pelos EUA é inteiramente responsável por provocar, a fim de fazer seus dois jogos de poder interconectados que agora estão se desenrolando ativamente. A primeira diz respeito aos planos do chanceler Scholz para que seu país tenha o “ maior exército convencional ” da Europa e a segunda envolve sua mais recente proposta de abandonar os vetos nacionais para que a UE possa competir com outras grandes potências. Sobre o último mencionado, ele previsivelmente acrescentou que a Alemanha deveria “assumir a responsabilidade pela Europa e pelo mundo nestes tempos difíceis”, o que expôs toda a charada como um jogo de poder hegemônico.

Prometemos informá-lo obsessivamente até à exaustão (lavagem cerebral)

Daniel Oliveira* | TSF | opinião

Daniel Oliveira dedica a crónica desta terça-feira aos media e lembra que, à semelhança do que está a acontecer com os incêndios e a guerra na Ucrânia, quando a pandemia começou o país também ficou cego para tudo o resto.

"No início sabia-se pouco e exagerou-se na dose, que é compreensível. Depois fomos aprendendo a ser mais racionais. Um dia, à distância, faremos um balanço dos acertos e falhanços, do preço que pagámos pelo medo e do preço que outros pagaram pela incúria, das marcas que a pandemia deixou na aprendizagem das crianças, na socialização dos jovens e na saúde mental de todos. Mas há um balanço que já podemos fazer: a forma como a comunicação social lidou com a pandemia", recorda.

O jornalista concorda que o número de casos a abrir os jornais todos os dias pode ter contribuído para as cautelas, mas também defende que essa escolha editorial destruiu milhões de pessoas emocionalmente e "polarizou a sociedade" por não haver espaço para a "ponderação de valores".

"Na linha da frente, baixas, inimigo. Nas metáforas e na forma como os jornalistas vestiram a farda, a pandemia foi tratada como uma guerra e teve efeitos na psicologia coletiva próximos de uma guerra. Diz-se, por humor negro, que Putin devia receber o Prémio Nobel da Medicina. É verdade que grande parte da população já estava vacinada, mas só quando ele entrou pelo Donbass dentro é que, de um dia para o outro, a Covid desapareceu dos telejornais. A saúde pública voltou a ser um assunto maçador, os números de infetados voltaram a ser estatística e os médicos e epidemiologistas, que tinham conquistado o estatuto de estrelas mediáticas, foram empurrados por generais e especialistas em relações internacionais para fora do palco", defende Daniel Oliveira.

Apesar de concordar com a relevância da pandemia e da guerra, que merecem "muita atenção mediática", o jornalista considera que tantos meses de "cobertura monotemática" fizeram quase tanto mal como o vírus.

"A nossa exaustão, como uma vacina, foi tirando força a esse vírus mediático", atira.

Portugal | PARALAMENTO. OUTRA VEZ O ESTADO DA NAÇÃO? FOSCA-SE!

Bom dia. Este devia ser o seu Expresso Curto mas cremos que afinal é o Expresso das nove horas da manhã – que é quando chega a newsletter respectiva aos nossos emails. Adiante.

João Silvestre é hoje o obrador do dito cujo e trabalha para o tio Balsemão lá na chafarica chamada Expresso que agora é muito mais e abafa uma boa parte da informação em revistas, televisão, rádio – está para se estrear a via sinais de fumo e os tantans. Pois, é o açambarcamento. O tudo querem, o tudo ao monte e fé nos accionistas… e também é o vamos lá manipular e contar algumas mentiras. Pois.

Atenção que daqui não vai sair retórica por demais. Hoje ainda não está calor e até um fresquinho da noite e da manhã já produziu constipações, febre e, provavelmente, covid. Será? Adiante porque por aqui isso não se pega. Não tenham medo, nem entrem em pânico nem se ponha a lavar os olhos com álcool para desinfectar. Pois.

Conhecem aquela novela da Assembleia da República “O Estado da Nação”? Atenção que hoje à tarde vai dar no canal da AR. Claro que sabemos que o estado da nação está uma grande trampa, também sabemos que o Bloco, o PCP, e o PAN por lá encolheram, que o CDS foi corrido com um pontapé no traseiro, que o PSD anda tipo Maria vai com os outros a imitar os putéfios, que o PS adquiriu há já muitos tempos o S que exibe mas que não é de socialistas mas sim de sevandija, além de maioria ditatorial, e que - muito importante – estão lá sujeitos de ultradireita que mentem ainda mais que todos os atrás referidos e que não são nada daquilo que dizem ser mas sim fascistas, nazis, racistas e xenófobos quanto não baste. Em tempos chegou por lá à “lavandaria” - designada por AR – um tipo/partido dito Chega de um tal ex-PSD-Passos (tão democrático!) que mostra que cresceu em número e já é a terceira força ali trampamente representada… E uns tais liberais que também cresceram – todos eles se preparam par nos fazer minguar. Ainda mais, pois já há muito que andamos à míngua. E pronto, são estes manjericos que vão discutir a tal situação de trampa do estado da nação. Claro que dali não vai sair nada de concreto… Ai é? Ai é? Porra! Mas então para que estou eu para aqui a escrever. Isto resolve-se já. Vou chamar aqui a dona Marieta e os outros meus vizinhos/as do barraco para me ajudarem a fazer coro:

- 1, 2, 3: TEMOS FOME! QUEREMOS O TAL TRABALGO DIGNO  E JUSTAMENTE REMUNERADO tão PROMETIDO PELO COSTA DAS MENTIRAS (e do S de sevandijas)!

Queremos, queremos, queremos… E o estado da nação é paralamento por estar uma grande trampa. Andamos a empobrecer e a enriquecer mais os ricos e a dar milhões para o Zelensky por exemplo. Além do que nos roubam à fartazana!

Pois.

Bom dia, se der jeito, com o grande NADA e desprezo à esclavagistas do costume, que se governam e nos desgovernam.

O Curto do Expresso, a seguir. Vá lá. O aglomerado e ordenação das letras (prosa) também é o do costume. O Salazar já está vivo outra vez? Filho da pata que o pôs, fascista!

MM | PG

INCIDENTES ENCENADOS, ESSA É A ABORDAGEM POLÍTICA OCIDENTAL

Incidentes Encenados, ou seja, Falsificações, Teatro, Atos Ilusionistas e Mentiras

#Publicado em português do Brasil

Hoje, as Forças Armadas Russas, conjuntamente com as unidades de autodefesa das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, estão cumprindo os objetivos da Operação Militar Especial com grande determinação de pôr fim à discriminação ultrajante e ao genocídio do povo russo e eliminar as ameaças diretas à segurança da Federação russa, que os Estados Unidos e seus satélites vêm criando em território ucraniano há anos. Ao perder no campo de batalha, o regime ucraniano e seus patronos ocidentais desceram para encenar incidentes sangrentos com a intenção de demonizar nosso país aos olhos da comunidade internacional. Já vimos Bucha, Mariupol, Kramatorsk e Kremenchug. O Ministério da Defesa da Rússia tem emitido regularmente advertências, com fatos em mãos, sobre os próximos falsos incidentes a serem encenados.

Há um padrão distinto que trai as provocações encenadas pelo Ocidente e seus capangas. Na verdade, eles começaram muito antes dos eventos ucranianos.

Tomemos 1999- a aldeia de Ra Elimak na Província Autônoma da Sérvia de Kosovo e Metohija. Um grupo de inspetores da OSCE [Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, na sigla inglesa] chegou ao local onde várias dezenas de cadáveres vestidos com roupas civis tinham sido descobertos. Sem qualquer investigação, o chefe da missão declarou o incidente um ato de genocídio, embora fazer uma conclusão desse tipo não fizesse parte do mandato emitido para este funcionário internacional. A OTAN então imediatamente lançou uma agressão militar contra a Iugoslávia, durante a qual destruiu intencionalmente um centro de televisão, pontes, trens de passageiros e outros alvos civis. Mais tarde foi provado com evidências conclusivas que os cadáveres não eram civis, mas militantes do Exército de Libertação do Kosovo, um grupo ilegal armado vestido com roupas civis. Mas, a essa altura, o incidente encenado já tinha cobrado seu preço, oferecendo um pretexto para o primeiro uso ilegal de força contra um Estado Membro da OSCE desde a assinatura da Ata Final de Helsinque em 1975. É revelador que a declaração que desencadeou os atentados veio de William Walker, um cidadão dos EUA que chefiou a missão de verificação da OSCE no Kosovo. Separar Kosovo da Sérvia pela força e montar a base militar Camp Bondsteel, a maior base militar dos EUA nos Bálcãs, foram os principais resultados da agressão.

Em 2003, houve o desempenho infame pelo Secretário de Estado dos EUA Colin Powell no Conselho de Segurança da ONU com um frasco contendo pó branco de algum tipo, que ele disse conter esporos de antraz, alegando que tinha sido produzido no Iraque. Mais uma vez, a farsa funcionou: os Anglo-saxões e aqueles que seguiram sua liderança bombardearam o Iraque, que tem lutado para recuperar totalmente seu estado desde então. Além disso, não demorou muito para que a farsa fosse exposta, com todos admitindo que o Iraque não tinha armas biológicas ou qualquer outro tipo de Armas de Destruição em massa. Mais tarde, o primeiro-ministro britânico Tony Blair, que tinha sido um dos mentores da agressão, reconheceu que todo o caso era uma fraude, dizendo que eles “poderiam estar errados”, ou algo assim. Quanto a Colin Powell, ele mais tarde se justificou alegando que tinha sido enganado pela inteligência subjacente. De qualquer forma, esta foi mais uma provocação a oferecer um pretexto para destruir ainda mais uma nação soberana. Tudo de acordo com os planos.

Houve também a Líbia em 2011. O drama tinha especificidades próprias. A situação não foi tão longe quanto mentiras diretas, como no Kosovo ou no Iraque, mas a OTAN distorceu grosseiramente a resolução do Conselho de Segurança da ONU, que previa uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia e isso para “aterrar” a força aérea de Muammar Gaddafi. Essa, para começar, já estava em terra. No entanto, a OTAN começou a bombardear as unidades do exército líbio que lutavam contra terroristas. Muammar Gaddafi morreu uma morte selvagem, e nada resta do estado líbio. Os esforços para recompor o país ainda não foram bem-sucedidos, com um representante dos EUA mais uma vez encarregado do processo, representante esse nomeado pelo Secretário-Geral da ONU, sem qualquer consulta ao Conselho de Segurança da própria ONU. Como parte desse processo, nossos colegas Ocidentais facilitaram vários acordos intra-líbios sobre a realização de eleições, mas nenhum deles se materializou. Grupos armados ilegais ainda reinam supremos no território líbio, sendo que a maioria deles trabalha em estreita colaboração com o Ocidente.

A Alemanha nazi ainda existe hoje, não é somente coisa má do passado

Eric Zuesse* | One World

Os nazis da Alemanha pretendiam não apenas matar judeus, mas conquistar a Rússia, e hoje eles ainda estão aderindo ao último desses dois objetivos, mas ao invés de fazê-lo como parte da Alemanha (como eles vêem) ainda crescente império dos EUA. . O nome "nazista" acabou, mas sua aspiração pela supremacia global não; e, assim, agora, esse império abrangente deve ser da América, não da Alemanha. Eles perderam a Segunda Guerra Mundial, mas esperam ajudar a América a vencer a Terceira Guerra Mundial.

#Traduzido em português do Brasil

A Alemanha nazista não estava determinada a conquistar  apenas  os judeus, matando todos eles, mas também a conquistar toda a área de terra do maior país do mundo, a Rússia, escravizando todos os seus residentes para fornecer o  Lebensraum  para que os "arianos "(cristãos de sangue puro, descendentes de Adão e Eva em Gênesis 3, não da cobra lá, a quem Hitler  interpretou  o Novo Testamento para identificar como tendo sido o progenitor de todos os judeus) para viver como mestres lá, e assim tornar-se capaz de aumentar seus números e, finalmente, dominar o mundo inteiro como governante do "Reich de 1.000 anos" da Raça-Mestre em um   império alemão global com tudo incluído. Os nazistas alemães visavam não  apenas para matar judeus, mas para conquistar a Rússia, e hoje eles ainda estão aderindo ao  último  desses dois objetivos, mas em vez disso, como a Alemanha é parte do (como eles vêem) império dos EUA ainda em crescimento. O nome "nazista" acabou, mas sua aspiração pela supremacia global não; e, portanto, agora, esse império abrangente deve ser  da América , não da Alemanha. Eles perderam a Segunda Guerra Mundial, mas esperam ajudar a América a vencer a Terceira Guerra Mundial.

O "Segundo Livro" ou "Livro Secreto" de Hitler de 1928   , no Capítulo 13, "Objetivos Alemães", considera e depois descarta cada uma das várias maneiras de alcançar os "Objetivos" da Alemanha e apresenta finalmente, no final do Capítulo, o único maneira que ele aceita: 

A Alemanha decide passar para uma política territorial clara e de longo prazo. Assim, ela abandona todas as tentativas de indústria mundial e comércio mundial e, em vez disso, concentra todas as suas forças para, através da atribuição de espaço de vida suficiente  [Lebensraum]  para os próximos cem anos ao nosso povo, também para prescrever um caminho de vida. Como esse território só pode estar no leste, a obrigação de ser uma potência naval também fica em segundo plano. A Alemanha tenta novamente defender seus interesses através da formação de um poder decisivo em terra.

Este objetivo está igualmente de acordo com os mais altos requisitos nacionais e folclóricos. Da mesma forma, pressupõe meios de grande poder militar para sua execução, mas não necessariamente coloca a Alemanha em conflito com todas as grandes potências européias. Tão certo como a França aqui permanecerá inimiga da Alemanha, tão pouco a natureza de tal objetivo político contém uma razão para a Inglaterra, e especialmente para a Itália, manter a inimizade da Guerra Mundial.

Ucrânia | Esta guerra de proxy não tem estratégia de saída -- Caitlin Johnstone

Caitlin Johnstone* | Consortium News

#Traduzido em português do Brasil

A declaração de um comitê dos Socialistas Democráticos da América pedindo um acordo de paz negociado está sendo alvo dos ataques habituais por ser propaganda do Kremlin. Isso mostra o espectro reduzido do debate sobre esse  conflito .

O Comitê Internacional dos Socialistas Democráticos da América  divulgou um comunicado se opondo à guerra por procuração em curso do governo dos EUA   na Ucrânia, dizendo que os bilhões que estão sendo canalizados para o complexo militar-industrial “em um momento em que os americanos comuns estão lutando para pagar moradia, mantimentos , e combustível” é “um tapa na cara dos trabalhadores”.

A declaração defende um acordo negociado para a paz, dizendo que continuar a despejar armas no país “prolongará desnecessariamente a guerra, resultando em mais mortes de civis” e que “arrisca escalar e ampliar a guerra – até e incluindo a guerra nuclear”.

Em resposta a essa posição inteiramente razoável e moderada, a DSA está sendo  criticada atualmente  com acusações de  lealdade ao Kremlin  e  facilitação de assassinato e derramamento de sangue  por gerentes de narrativa marcados em azul no Twitter. Isso ocorre porque as únicas posições aceitáveis ​​para qualquer pessoa de influência significativa sobre essa guerra vão desde o apoio às atuais operações de guerra por procuração até o início de uma guerra direta entre a OTAN e a Rússia.

É assim que o espectro admissível de debate foi reduzido em relação a esse conflito: status quo hawkish para omnicida hawkish. Qualquer coisa fora desse espectro é enquadrada como extremismo radical.

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