The Telegraph of India relata que enquanto Washington proibiu a compra de petróleo russo a toda a sua população e aos seus aliados, importa-o maciçamente sem violar suas pretensas « sanções » [1].
A Índia compra diáriamente 1,7 milhões de barris de petróleo russo. Este petróleo é refinado pela Nayara Energy e pela Reliance Industries, depois revendido legalmente aos Estados Unidos.
Na prática, a guerra económica dos Estados Unidos já não afecta pois a Rússia, mas exclusivamente os seus aliados da União Europeia, os quais são os únicos a ser privados dos hidrocarbonetos russos. Esta constatação deve ser posta em perspectiva com a sabotagem dos gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2 privando a União Europeia da sua principal fonte de energia.
Isto demonstra que Washington tem perfeita consciência que Moscovo (Moscou-br) não invadiu a Ucrânia, antes tenta aí aplicar a Resolução 2202 do Conselho de Segurança. Toda a propaganda atlantista acusando a Rússia dos piores crimes não visa, portanto, mobilizar as tropas aliadas contra ela, mas, sim manipular os Europeus para lhes fazer aceitar uma recessão económica, imposta em linha directa com o relatório ao Pentágono de Paul Wolfowitz (foto), em 1992 [2]. O Secretário de Estado, Antony Blinken, e a sua assistente, Victoria Nuland, pertencem ao mesmo grupúsculo ideológico de Paul Wolfowitz [3].
À época ele escrevia : « Muito embora os Estados Unidos apoiem o projecto de integração europeia, devemos velar para prevenir a emergência de um sistema de segurança puramente europeu que minaria a OTAN e, particularmente, a sua estrutura de comando militar integrado ».
Para o Pentágono, o inimigo principal não é a Rússia, mas uma Europa independente.
Voltairenet.org | Tradução Alva
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