sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Portugal | Desastre SEF, GNR no caos do "perdão pedófilo", rendas $ roubos, espiões

SEF a “legalizar” imigrantes aos molhos, GNR a encobrir padre abusador, casas a arrendar à força e a 1.ª revista especial. Mais um Expresso

José Cardoso, editor adjunto | Expresso (curto)

Bom dia,

…e bem vindo à carta de degustação de mais uma edição semanal do Expresso, já disponível nas bancas e na nossa plataforma digital. Além dos habituais três cadernos – 1.º caderno, Economia e Revista E – publicamos também a primeira de cinco revistas especiais comemorativas dos 50 anos do Expresso.

Com capa do artista Vhils, tal como as quatro seguintes, nesta primeira revista extra são traçados os perfis de 20 figuras – de personalidades consagradas dos últimos 50 anos a individualidades que se destacam atualmente ou prometem destacar-se nos próximos anos na sociedade portuguesa.

Mas vamos aos principais temas desta edição semanal, que na versão impressa é composta por 240 páginas cheias de informação.

Na manchete desta edição temos um artigo que conta como o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) tenciona concentrar imigrantes em pavilhões para regularizar processos pendentes de 150 mil. Isto porque o Governo quer deixar a casa limpa à agência que vai suceder ao SEF, em processo de extinção.

Outro dos temas principais é sobre o problema da habitação, relativamente ao qual o Governo apresentou ontem um pacote de 14 medidas. O artigo explica que decisões são essas e como é que vão ser concretizadas. Uma delas é a obrigação de quem tenha casas devolutas as arrendar.

Em destaque no primeiro caderno está igualmente a questão dos abusos sexuais cometidos por membros da Igreja Católica, em relação aos quais se vão sabendo mais coisas. Como, por exemplo, que nos anos 70 a GNR encobriu um padre abusador a pedido da Igreja. “A Igreja tem de discutir a vida afetiva e sexual dos padres”, diz em entrevista ao Expresso o padre Miguel Almeida, atual provincial da Companhia de Jesus (jesuítas) em Portugal.

As divergências de opinião entre o Presidente Marcelo e António Costa a propósito do andamento do Plano de Recuperação e Resiliência (atrasos preocupantes, segundo Marcelo; é preciso é calma, diz Costa) e a nova lider(ança) do Bloco de Esquerda estão também presentes nas páginas do primeiro caderno.

Atualmente, ainda há em Portugal adultos que não sabem ler nem escrever. É o caso de Isabel, que aos 53 anos, com quatro filhos, decidiu que não queria morrer analfabeta. Acompanhámo-la durante um ano letivo – e contamos a história nas páginas centrais da edição em papel.

E, virando a página, mais um tema a requerer leitura: é sobre o chamado “teste da bochecha”, que “lê a sina genética” à nascença e que um laboratório do norte do país garante identificar 205 doenças a partir da saliva. Mas a questão não é pacífica.

Uma reportagem no leste da Ucrânia é outro dos trabalhos da edição desta sexta-feira. As nossas enviadas estiveram num bunker de uma das principais brigadas da defesa ucraniana.

Ainda no noticiário internacional, publicamos um artigo que levanta a questão da rede social TikTok, criada pelos chineses. Os Estados Unidos querem cancelá-la no país, por dois motivos: por receio de espionagem e porque é altamente viciante para os jovens. E tais receios são partilhados pela União Europeia.

No caderno de Economia, o grande tema é o do imobiliário-habitação, cujos preços dispararam mesmo em concelhos pequenos, pobres e a perder população. E, ao mesmo tempo, sobem em flecha as receitas do Imposto Municipal sobre Transmissões – em 10 anos, passou a render às autarquias mais 340%.


Como é que isto acontece quando há mais de 700 mil casas devolutas? É o que mostramos noutro trabalho, em que traçamos o retrato do sector em Portugal.

Outro grande tema do caderno de Economia é a história de como o empresário norte-americano David Neeleman elaborou em segredo, com Passos Coelho e a Airbus, o plano de privatização da TAP.

Um dos assuntos que têm estado no noticiário económico é o dos Planos Poupança Reforma, que têm crescido imenso em parte devido à ausência ou quase de juros dos depósitos por parte dos bancos. Estas aplicações podem ser resgatadas passado algum tempo, mas atenção: quem as subscreveu depois de setembro do ano passado tem penalizações, se o dinheiro resgatado não for para pagar crédito a habitação.

Na Revista E, destaque para o tema de capa, uma investigação sobre o modo como operam (e como são recrutados…) os espiões estrangeiros em Portugal. Por exemplo, que informações privilegiam russos, chineses e iranianos?

Logo a abrir o “miolo” há um assunto de fazer crescer água na boca: chocolate. Na Europa, quem consome mais? E Portugal, como fica? E como e quando é que os portugueses preferem comer uma tablete – ou, vá lá, um quadradinho…?

Outro dos temas da E é sobre Fernando Pessoa. Isto porque em poucos meses saíram mais duas grandes biografias do escritor. Um dos biógrafos diz que são muito parecidas, o outro considera que são muito diferentes. Em que ficamos? Falámos com ambos.

Um dos criadores fundamentais da dança em Portugal é o coreógrafo Paulo Ribeiro, que a partir do próximo mês traslada a sua companhia para um novo edifício. Foi o pretexto para fazermos uma entrevista ao homem que “achava que seria engraçado morrer em cena em Paris”.

As sugestões de leitura de mais esta edição semanal do expresso morrem aqui. Depois de lhe mostrar a imagem da capa da primeira das cinco revistas especiais…

… faço votos de um bom fim de semana

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