SEF a “legalizar” imigrantes aos molhos, GNR a encobrir padre abusador, casas a arrendar à força e a 1.ª revista especial. Mais um Expresso
José Cardoso, editor adjunto | Expresso (curto)
Bom dia,
…e bem vindo à carta de degustação de mais uma edição semanal do Expresso, já
disponível nas bancas e na nossa plataforma digital. Além dos habituais três cadernos – 1.º
caderno, Economia e Revista E – publicamos também a primeira de cinco revistas
especiais comemorativas dos 50 anos do Expresso.
Com capa do artista Vhils, tal como as quatro seguintes, nesta primeira revista
extra são traçados os perfis de 20 figuras – de personalidades consagradas dos
últimos 50 anos a individualidades que se destacam atualmente ou prometem
destacar-se nos próximos anos na sociedade portuguesa.
Mas vamos aos principais temas desta edição semanal, que na versão impressa é
composta por 240 páginas cheias de informação.
Na manchete desta edição temos um
artigo que conta como o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) tenciona concentrar
imigrantes em pavilhões para regularizar processos pendentes de 150 mil.
Isto porque o Governo quer deixar a casa limpa à agência que vai suceder ao
SEF, em processo de extinção.
Outro dos temas principais é sobre o problema da habitação, relativamente ao
qual o Governo apresentou ontem um pacote de 14 medidas. O artigo
explica que decisões são essas e como é que vão ser concretizadas. Uma delas é
a obrigação de quem tenha casas devolutas as arrendar.
Em destaque no primeiro caderno está igualmente a questão dos abusos sexuais
cometidos por membros da Igreja Católica, em relação aos quais se vão sabendo
mais coisas. Como, por exemplo, que nos anos 70 a GNR encobriu um padre abusador a pedido da Igreja.
“A Igreja tem de discutir a vida afetiva e sexual dos padres”, diz em entrevista ao Expresso o padre Miguel Almeida, atual provincial
da Companhia de Jesus (jesuítas) em Portugal.
As divergências de opinião entre o Presidente Marcelo e António
Costa a propósito do andamento do Plano de Recuperação e Resiliência (atrasos
preocupantes, segundo Marcelo; é preciso é calma, diz Costa) e a nova lider(ança) do Bloco de Esquerda estão também
presentes nas páginas do primeiro caderno.
Atualmente, ainda há em Portugal
adultos que não sabem ler nem escrever. É o caso de Isabel, que aos 53 anos, com quatro filhos, decidiu que não queria morrer
analfabeta. Acompanhámo-la durante um ano letivo – e contamos a história
nas páginas centrais da edição em papel.
E, virando a página, mais um tema a requerer leitura: é sobre o chamado “teste da bochecha”, que “lê a sina genética” à
nascença e que um laboratório do norte do país garante identificar 205 doenças
a partir da saliva. Mas a questão não é pacífica.
Uma reportagem no leste da Ucrânia é outro dos trabalhos da edição desta
sexta-feira. As nossas enviadas estiveram num bunker de uma das principais
brigadas da defesa ucraniana.
Ainda no noticiário internacional, publicamos um artigo que levanta a questão
da rede social TikTok, criada pelos chineses. Os Estados Unidos querem
cancelá-la no país, por dois motivos: por receio de espionagem e porque é
altamente viciante para os jovens. E tais receios são partilhados pela União
Europeia.
Como é que isto acontece quando há mais de 700 mil casas devolutas? É o que mostramos
noutro trabalho, em que traçamos o retrato do sector em Portugal.
Outro grande tema do caderno de Economia é a história de como o empresário norte-americano David Neeleman elaborou em
segredo, com Passos Coelho e a Airbus, o plano de privatização da TAP.
Um dos assuntos que têm estado no noticiário económico é o dos Planos Poupança Reforma, que têm crescido imenso em parte
devido à ausência ou quase de juros dos depósitos por parte dos bancos. Estas
aplicações podem ser resgatadas passado algum tempo, mas atenção: quem as
subscreveu depois de setembro do ano passado tem penalizações, se o dinheiro
resgatado não for para pagar crédito a habitação.
Logo a abrir o “miolo” há um assunto de fazer crescer água na boca: chocolate. Na
Europa, quem consome mais? E Portugal, como fica? E como e quando é que os
portugueses preferem comer uma tablete – ou, vá lá, um quadradinho…?
Outro dos temas da E é sobre Fernando Pessoa. Isto porque em poucos meses saíram mais duas
grandes biografias do escritor. Um dos biógrafos diz que são muito parecidas, o
outro considera que são muito diferentes. Em que ficamos? Falámos com ambos.
Um dos criadores fundamentais da dança em Portugal é o coreógrafo Paulo Ribeiro, que a partir do próximo mês traslada a sua companhia para um novo edifício. Foi o pretexto para fazermos uma entrevista ao homem que “achava que seria engraçado morrer em cena em Paris”.
As sugestões de leitura de mais esta edição semanal do expresso morrem aqui. Depois de lhe mostrar a imagem da capa da primeira das cinco revistas especiais…
… faço votos de um bom fim de semana
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