Artur Queiroz*, Luanda
Jorge Casimiro Congo, terrorista ao serviço dos que querem roubar o petróleo de Angola, faleceu. Morreu muitos anos depois daqueles que mandou matar e integravam a delegação desportiva do Togo, que participou no Campeonato Africano das Nações (CAN2010). Os assassinos a soldo de Raúl Tati, Melchior e Congo também balearam a viatura de reportagem do Jornal de Angola. Queriam matar os jornalistas.
O bispo de Cabinda, Belmiro
Chissengueti, disse ontem que “o padre Congo foi uma das grandes referências da
Igreja Católica”. Mas disse mais: “O meu desejo sincero é o de presidir à sua
Missa de corpo presente na Imaculada Conceição ou
O Papa, chefe da Igreja Católica, excomungou o padre Jorge Casimiro Congo. Excomunhão consiste em expulsar oficialmente um membro religioso. É uma pena eclesiástica que separa um membro transgressor, da comunhão da comunidade religiosa. Este Chissengueti está tão cego com as actividades e apoio aos terroristas, que considera um excomungado como “uma das grandes referências da Igreja Católica”. Um terrorista tenebroso que se esconde por baixo das vestes bispais. Ele não serve a Igreja. Serve-se dela como capa para as suas actividades terroristas, Como fez o falecido e excomungado Jorge Casimiro Congo. Farinha da mesma quadrilha de ladrões do petróleo de Angola.
O desvairado bispo de Cabinda diz que o excomungado Congo “aliou-se à Igreja Católica das Américas porque queria continuar a servir como sacerdote”. Vão saber que seita é essa e ficam a conhecer os donos que o falecido terrorista servia. E sabem qual era o “serviço” dele como sacerdote? Financiar os terroristas da FLEC e encomendar-lhes atentados contra civis inocentes, como aquele que vitimou membros da caravana desportiva do Togo, em 2010.
O terrorista Congo queria servir como sacerdote como até à excomunhão. Eis os seus “serviços”. Com Raul Tati e outros capangas criaram uma rede de extorsão de dinheiro aos fiéis nas capelas de Cabinda. O pagamento era obrigatório! Quem não pagava era vítima de chantagens e ameaças. Esses fundos eram enviados para os terroristas da FLEC. Depois os padres financiadores e outros terroristas encomendavam raptos e prisões de civis inocentes. As principais vítimas foram os madeireiros que também eram extorquidos directamente para alimentarem as ambições e os vícios dos padres excomungados.
O Padre excomungado Raul Tati, hoje militante da UNITA, era o melhor cliente de um banco de Cabinda! Tinha dinheiro na conta como um milionário. O excomungado Jorge Casimiro Congo também tinha mais dinheiro do que pecados. Um marimbondo de sotaina. Por baixo do hábito religioso escondia-se um terrorista sanguinário. Dava ordens directas aos terroristas da FLEC. Ele escolhia quem devia ser raptado e morto!
O seu comparsa Raul Tati, também padre excomungado, disse hoje à agência oficial da UNITA Lusa, que “Jorge Casimiro Congo é um homem que nunca devia morrer". Compreendo. Os dois faziam uma sociedade infernal que roubava milhões aos pobres fiéis. Uma pequena parte dos fundos ia para os terroristas da FLEC Mas eles ficavam com a parte de leão. Tentei falar com o excomungado ao portão das sua mansão de luxo em Cabinda, mas ele não quis esclarecer as acusações que antigos comandantes e ministros da FLEC lhe faziam.
As acusações eram graves. Ele
esteve reunido com membros da direcção da FLEC
O excomungado Raul Tati disse à agência da UNITA Lusa: “Se tivesse poderes divinos para determinar o destino dos homens, eu teria escolhido o padre Congo como um daqueles homens que nunca devia poder morrer”. E considerou o falecido como “um paladino da independência de Cabinda”. Insistiu o excomungado agora membro da associação de malfeitores UNITA:
“Jorge Casimiro Congo nunca devia conhecer a morte. Esta morte é, de alguma maneira para nós uma perda absoluta para o povo de Cabinda, que desde há muito tempo vem carregando uma espécie de orfandade, quer do ponto de vista interno, quer do ponto de vista externo e agora com esta perda, agudiza-se ainda mais esse sentimento de orfandade”. Grande artista, este perito em chantagem extorsão, raptos e homicídios.
O excomungado Raul Tati foi preso em 16 de Janeiro de 2010 por suspeita de ser um dos autores morais do atentado terrorista contra a caravana desportiva do Togo. As autoridades libertaram-no em 22 de Dezembro, juntamente com outros terroristas. O Presidente José Eduardo dos Santos, mais uma vez, invocou a reconciliação nacional para passar uma esponja pelos crimes dos padres excomungados e terroristas. Como fez com os criminosos de guerra da UNITA e o chefe Savimbi.
Para os excomungados foi bom. Passaram a comer sentados à mesa do orçamento Geral do Estado. As suas contas bancárias incharam ainda mais. O excomungado e terrorista Jorge Casimiro Congo foi convidado pelo então governador da província de Cabinda, Eugénio Laborinho, para secretário provincial da Educação. O excomungado e terrorista Raul Tati vendeu a província de Cabinda a troco de um lugar de deputado nas listas da UNITA. Onde lhes cheira a dinheiro, eles nem hesitam, avançam como cavalos loucos.
Uma sócia dos excomungados e bandidos é Ana Gomes, camarada do António Costa que um dia destes vem a Luanda dar umas palmadinhas nas costas ao Presidente João Lourenço. Por falar no Chefe do Estado, permito-me suplicar a sua excelência que não meta o excomungado e terrorista Jorge Casimiro Congo na sua lista quilométrica de condecorados.
Manuel Rui Monteiro, que escapou a uma condecoração, escreveu hoje no jornal de Angola que “Salazar era maluco…” Já vais aí? O ditador sanguinário que meteu o meu Papá nas masmorras, afinal só era maluquinho! O assassino de milhões de portugueses, angolanos, moçambicanos e guineenses nas guerras coloniais afinal era mansinho ainda que maluquito.
*Jornalista
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