Artur Queiroz*, Luanda
O Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de captura contra o Presidente Putin. Mas fica em silêncio ante o assassinato de civis indefesos na Palestina por militares israelitas. A ONU anda à procura de pretextos para condenar a Federação Russa. Tudo serve para criar um ambiente hostil a um estado soberano e membro do Conselho de Segurança. Os crimes de guerra do estado terrorista mais perigoso do mundo não contam. Pelo contrário. Washington dá corda às agências das Nações Unidas e dita as suas ordens. Ai de quem não cumpra.
A presidente da Comissão Europeia (Úrsula von der Leyen) anunciou uma oferta de 50 mil milhões de euros à Ucrânia. Num momento em que toda a Zona Euro entrou em recessão e o motor da União Europeia (Alemanha) gripou no início de 2023. Para os nazis de Kiev não há limites às ofertas. Os Estados-membros pagam a guerra do ocidente alargado contra a Federação Russa por procuração passada à Ucrânia. A conta está cada vez mais pesada.
A inflação na Zona Euro está
descontrolada. Isto quer dizer que os salários de quem trabalha encolhem todos
os meses. Os preços sobem
Os milhares de milhões que dizem ir para a Ucrânia vão para os bolsos de quem dirige o negócio da guerra. Muito armamento destinado à Ucrânia está a alimentar o tráfico de armas. O estado terrorista mais perigoso do mundo ganha a dois carrinhos. Tudo em nome da democracia. Tudo para derrubar o Presidente Putin mas cada dia de guerra que passa, torna-se inamovível.
O Poder Judicial no Ocidente alargado esta transformado numa comédia de mau gosto. O Papa Francisco definiu assim o que se passa: Fazem processos com milhares de páginas e lá dentro não há uma única prova das acusações contra as suas vítimas. Em Angola é pior. Nem precisam de milhares de páginas. Nem precisam de processos. A cena do Pita Grós no Dubai para prender Isabel dos Santos dava para rir o resto da vida, se o resultado desta palhaçada não fosse demasiado trágico.
O Jornalismo foi à vida. Pelas
minhas contas, acabou de morte matada na primeira Guerra do Golfo. Fiz a
cobertura do conflito Irão-Iraque. O ocidente alargado armou e municiou o
Presidente Saddam Hussein. Quando ele anunciou que o petróleo do seu país
deixava de ser vendido em dólares, rebentou a guerra e ele foi enforcado. Sofri
um ataque de mísseis cruzeiro
Todos os dias enviava uma reportagem. O chefe de redacção que editava o material dizia: - Estás a escrever o contrário do que dizem as agências noticiosas e os canais de televisão. Estamos a receber protestos das embaixadas!
Percebi que não queriam um repórter a cobrir o acontecimento. Queriam recados das embaixadas. Saí desse jornal (Jornal de Notícias, do Porto) sem sequer lhes dar a confiança de uma carta de demissão.
Ao contrário do que afirmou o Presidente Lula da Silva, eu já escrevi uma dezena de textos sobre as perseguições ao jornalista Julian Assange. Ninguém lê. Não faço parte da mafia. Não entro nas listas de pagamentos do estado terrorista mais perigoso do mundo, seus aliados e serventes.
Assange sofre perseguições de
toda a espécie há mais de dez anos! Em 2012 refugiou-se na embaixada do Equador
Primeiro acusaram-no, na Suécia, de abuso sexual. O processo de milhares de páginas não pegou. Viveu refugiado numa embaixada durante dez anos. Até que foi “despejado” pelo novo poder em Quito e a polícia de Londres prendeu-o por “violação das condições da fiança” que lhe foi imposta em 2010. Organizações de jornalistas, ONG dos direitos humanos, governos ditos democráticos, jornalistas sem dono, não querem saber das perseguições que o estado terrorista mais perigoso do mundo e seus aliados fazem contra um dos nossos. Que teve a coragem de denunciar actividades criminosas dos ocupantes do poder noas EUA.
O Presidente Lula da Silva quer que os jornalistas protestem contra a brutal repressão que se abateu sobre Assange. O Presidente do Brasil ainda não percebeu que isso de jornalistas já acabou há muitos anos. Agora há moças e moços de recados. Criadas e criados de servir. Canídeos amestrados na arte de morder os calcanhares quem os donos querem demolir. A guerra na Ucrânia acabou com os restos do Jornalismo. Os profissionais do ocidente alargado aceitaram, sem pestanejar, a censura aos Media russos! Assim dão a cara pela propaganda mais ridícula e não têm quem os desminta.
Uma senhora com grandes responsabilidades na Cultura Angolana disse, a propósito da homenagem milionária ao maoista de faca na boca Viriato de Cruz (na Universidade Católica de Angola!), que é hora de estudar a fundo a obra poética do funcionário da Singer no Lobito e do governo de Pequim nas mãos do Bando dos Quatro.
Ó Santinha! O homem escreveu seis poemas mais o Sá da Bandeira Pratinho de Porcelana. Essas peças estão mais do que estudadas. Vão estudar mais o quê? Eu escrevo seis poemas à hora. Tudo para rasgar e deitar fora. Os poucos que escapam à hecatombe da mediocridade são apenas conhecidos por damas estáveis que se apaixonam pela minha instabilidade permanente. Estudem-me que eu não rasguei o Manifesto do MPLA nem quis fazer do “amplo movimento” um antro de maoistas. Maoismo ou nada! Felizmente foi contrariado.
Hoje a TPA reportou a Expo-Negage “que marca mais um aniversário da vila”. Mas depois dizem que é cidade. Sem rigor não há jornalismo. O Negage é vila desde 1958, quando o chefe de posto Grandão foi substituído pelo administrador Feijó. Chegou a cidade em Junho de 1970.Antes de 1958, os do Uíge diziam que éramos da aldeia dos macacos… A TPA está aí!
*Jornalista
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