O Presidente da República Centro-Africana (RCA), Faustin Touadéra, defendeu hoje, num discurso na ONU, que o afluxo de migrantes africanos para a Europa é o resultado da “pilhagem” e do “imperialismo colonial” em África.
O Presidente da República Centro-Africana (RCA), Faustin Archange Touadéra, entende que "esta crise migratória crescente é uma das consequências da pilhagem dos recursos naturais dos países empobrecidos pela escravatura, pela colonização e pelo imperialismo ocidental, do terrorismo e dos conflitos navios internos, muitas vezes abertos num contexto de objetivos hegemônicos e de esforços geopolíticos e geoestratégicos entre as grandes potências mundiais".
O discurso de Touadéra desta
quinta-feira (21.09) na ONU surge depois de serem conhecidos os últimos números
sobre as migrações de africanos para a Europa, que se dirigem especialmente
para a ilha italiana de Lampedusa, a menos de
“O mundo inteiro acompanhou com profunda consternação a chegada em massa, nos últimos dias, de milhares de migrantes africanos à ilha de Lampedusa, em Itália”, notou o chefe de Estado.
Envolver africanos na busca de soluções
Entre segunda e quarta-feira da semana passada, cerca de 8.500 pessoas - mais do que toda a população de Lampedusa - chegaram a bordo de 199 embarcações, de acordo com a agência das Nações Unidas para as migrações.
No discurso citado pela agência France-Presse (AFP), o Presidente Touadéra elogiou “a solidariedade e os esforços feitos pelos países de acolhimento” e pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados para acolher estes migrantes.
Denunciando "os traficantes sem lei e os vendedores de ilusões", o Presidente da RCA apelou à ONU para que envolva os países africanos "na procura de soluções globais para as crises migratórias e os desafios existenciais que os jovens do continente enfrentam".
Deutsche Welle | AFP | Lusa
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