Artur Queiroz*, Luanda
Israel já matou mais dois jornalistas na Faixa de Gaza. Agora são 63 profissionais assassinados pelos nazis de Telavive desde o dia 7 de Outubro passado, há menos de dois meses do genocídio desencadeado contra os palestinos. Para os aviões destruírem a cidade de Gaza forçaram a deportação das populações. Mais de um milhão de pessoas fugiu para o sul onde, segundo os ocupantes, era mais seguro. Na segunda fase do genocídio, os nazis de Telavive mandam essas pessoas deportadas mais as que lá viviam, para a fronteira do Egipto. E as bombas de um a tonelada caindo, matando e destruindo.
Na segunda fase do genocídio, os nazis de Telavive ultrapassaram os torcionários, assassinos e exterminadores do III Reich. Estão a disputar o lugar de Hitler na História Contemporânea. No regresso do genocídio a Gaza foi dado o alerta: “Abriu na Palestina uma fábrica de assassínios em massa". O que é? “Israel está a usar inteligência artificial para atacar as populações civis. A plataforma chama-se Evangelho e combina uma multiplicidade de bases de dados, analisa comunicações, imagens de drones e padrões de comportamento para seleccionar os alvos”. Extermínio de palestinos rápido e em força!
Com o “Evangelho”, os nazis de Telavive estão a arrasar todas as colmeias humanas na Faixa de Gaza. Eles dizem que a plataforma permite “grande precisão nos bombardeamentos”. Por isso, em três dias já destruíram mais de metade da cidade de Kahn Yunis. Mataram milhares de civis sendo mais de 80 por cento mulheres e crianças. E dois jornalistas entraram na longa lista de profissionais assassinados! Eles não querem testemunhas. Só criadagem que carrega microfones, câmaras e depois estende a mão aos 30 dinheiros.
No norte de Gaza, com a fúria assassina e a estupidez natural, os nazis de Telavive destruíram tudo: Escolas da ONU, postos de saúde e hospitais, universidades, prédios de habitação, bairros inteiros. Mataram milhares de civis inocentes. Mais de 40.000 feridos graves. Famílias desapareceram sob os escombros das casas e prédios bombardeados.
Com a inteligência artificial e o nazismo apurado, estão a fazer mil vezes pior no sul da Faixa de Gaza. A ONU diz que a região vive um ambiente infernal como nunca se viu. O porta-voz das tropas invasoras e ocupantes diz que está tudo bem: “Enviámos milhares de panfletos, mensagens de telemóvel telefonemas, para as pessoas saírem do sul de Gaza”. Suprema hipocrisia. As pessoas estão refugiadas em tudo quanto é sítio e eles mandam panfletos que ninguém lê porque se alguém põe a cabeça de fora morre!
E ninguém pode esquecer que os nazis de Telavive cortaram a água potável. Os técnicos da Organização Mundial de Saúde (OMS) alertaram para a tragédia que aí vem: “Em breve vamos ter doenças por falta de água potável que vão matar mais do que os bombardeamentos”. Os líderes de todo o mundo fingem que não sabem e assobiam para o lado.
As 800.000 pessoas que fugiram para o sul de Gaza agora são empurradas à bomba para a fronteira com o Egipto. Mesmo sabendo que aquele país não vai abrir a porta porque isso seria beneficiar os nazis de Telavive. Milhões de palestinos foram assim escorraçados do seu país. Vivem na condição de refugiados no Líbano, na Cisjordânia e no Egipto. Os que vivem na Palestina são prisioneiros. Ou refugiados nos campos da ONU que todos os dias são bombardeados pelos ocupantes israelitas.
Israel é a potência ocupante. Tem o dever de proteger as populações. Assim diz o Direito Internacional. Mas está a exterminar os palestinos. Genocídio. Limpeza étnica! O ocupante não tem o direito a defender-se. O ocupado tem o direito a libertar-se! Quem é terrorista? As potências coloniais exterminaram os povos colonizados. Os EUA exterminaram os índios. E no século XXI temos os nazis de Telavive exterminando palestinos em directo nas televisões.
Biden, Blinken, Austin sabem o que é fugir do norte para sul e do sul para a fronteira em poucos dias? Macron, Sunak, Scholtz, Úrsula e todos os outros líderes europeus sabem o que é sair dos refúgios precários, após um bombardeamento, e verificar que a sua casa já não existe? Que o seu bairro está feito em escombros? Que o seu hospital foi tomado de assalto pelas tropas ocupantes? Que a escola dos seus filhos foi arrasada? Agora à pala da inteligência artificial na “plataforma” Evangelho vai tudo à frente.
Para impedir a fúria assassina dos nazis de Telavive, o presidente Macron tomou uma medida que vai travar imediatamente os bombardeamentos infernais. Os bens do líder do HAMAS em França foram congelados! Porquê? A propaganda sionista diz que no dia 7 de Outubro os combatentes das Brigadas Al Qassam violaram mulheres, mataram bebés, queimaram pessoas vivas. Mas isso é mentira! E eles abem que é mentira.
Se querem acabar com o genocídio na Faixa de Gaza têm de fazer o contrário. Congelar os bens dos sionistas em todo o mundo democrático. Mas isso, eles não fazem porque são coniventes com o genocídio na Palestina. Sim Ravachol, tinhas razão. Não há inocentes.
Washington, Paris, Londres, Bruxelas e Berlim querem que o genocídio na Palestina se transforme numa guerra no Médio Oriente. De preferência centrada no Irão. Ficam com o petróleo de borla como no Iraque e na Líbia. Acabam com a única força na região que se opõem ao neocolonialismo e à ocupação da Palestina. De Washington chegou uma “certeza” que só eles têm. Os navios atacados no mar Vermelho “têm o dedo do Irão”. Alguém explique às potências ocidentais falidas e apodrecidas que se a guerra der para o torto, têm de ir todos para a Lua ou Marte nas naves da NASA.
João Lourenço já tem lá mansões de luxo e fazendas de capim. Em troca ofereceu aos bandoleiros de Washington os nossos recursos naturais. A História repte-se, agora como comédia. Quando os portugueses chegaram à foz do Zaire, os líderes congoleses deram tudo aios viajantes a troco de espelhos e missangas. Deu a tragédia que só acabou em 11 de Novembro de 1975. Espero que esta comédia acabe em 2027. Pelo menos!
João Lourenç0o foi ao castigo da sala oval. Deram-lhe o Acordo Artemis e ele agora oferece tudo. Está toda a África sacudindo o neocolonialismo e o nosso Presidente da República abre as portas aos falidos. Vai acrescentar ao título de campeão da paz em África ao de segundo pior líder político do mundo. Pior sou eu, mas estou de férias. Penso passar uns tempos na Lua e uma semana nas praias de Marte, acompanhado de uma marciana sem antenas.
* Jornalista
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