terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

A CHINA ENTRARÁ EM GUERRA POR CAUSA DE TAIWAN?

QUAL SERÁ O PAPEL DA ASEAN E DO QUAD?

Alexandre Azadgan | Katehon | # Traduzido em português do Brasil

Dizem que a prática leva à perfeição, especialmente para pequenas coisas da vida, como tocar um instrumento musical ou aprender um novo idioma. Mas e as guerras travadas? A prática o torna perfeito para lutar em guerras?

A China certamente pensa assim. Imagens de satélite revelaram seus chamados rangers de prática. Existem imagens de satélite que revelam a localização de mísseis localizados nas profundezas de um deserto em Xinjiang. A disposição é interessante. Parecia uma base naval com um navio de guerra, não uma base naval chinesa, mas uma base naval taiwanesa. Especialistas identificaram as semelhanças. A fúria dos treinos na China lembra uma base no nordeste de Taiwan. Se a guerra estourar, esta base seria crucial.

Então, o que a China faz? Pratique ataques com mísseis em réplicas. Quando digo réplicas, elas são bem precisas. O cais, os navios de guerra, tudo é construído de acordo com as especificações. Os relatórios dizem que isso foi feito em dezembro de 2020. Depois de concluído, o PLA (Exército de Libertação do Povo) da China o explodiu com um ataque de míssil como um ensaio geral antes do negócio real. E não é só Taiwan. Réplicas foram localizadas de bases americanas no Japão e Guam. Então, a China está se preparando para uma guerra mais ampla? A questão é: eles colocarão sua prática em movimento? Eles certamente têm as ferramentas. A China é conhecida por ter desenvolvido dois mísseis hipersônicos. Um deles é chamado de “Carrier Killer”. O outro é chamado de “assassino de Guam”. Você pode imaginar o porquê. O segundo míssil tem um alcance de 5.000 quilômetros. Em outras palavras, o suficiente para atingir a base militar dos EUA em Guam.

Se isso não é postura de guerra, o que é? A China está replicando as bases taiwanesas em seus desertos, o cais, o navio, tudo. Essas réplicas estão sendo despedaçadas pelo PLA. Como isso não é uma escalada? Significa claramente que a China está pensando em guerra. Tenho mais evidências para você.

Outra imagem de satélite lembra um estaleiro chinês. Nesta foto há um objeto azul que se assemelha a um submarino, possivelmente movido a energia nuclear. Relatórios de inteligência alertaram repetidamente sobre isso que a China está desenvolvendo uma nova classe de submarinos e pode ser isso! Mais alcance, mais confiabilidade e mais proteção para os navios de guerra chineses. Claramente, o dragão está olhando para o alto mar.

Como é a aliança quádrupla Índia-EUA-Japão-Austrália, mais conhecida como Diálogo de Segurança Quadrilateral , deve responder? Em resposta a esses avanços chineses, oito meses atrás, uma importante reunião aconteceu em Washington DC: a cúpula da ASEAN. ASEAN significa “Associação das Nações do Sudeste Asiático”. Eles são um grande bloco comercial. Uma potência econômica! Eles são uma união política e econômica de 10 estados membros no Sudeste Asiático, que promove a cooperação intergovernamental e facilita a integração econômica, política, de segurança, militar, educacional e sociocultural entre seus membros e outros países da Ásia-Pacífico.

O New York Times levará a Comissão Europeia a tribunal na pessoa de Von der Leyen

Free West Media | em Global Research | # Traduzido em português do Brasil

O New York Times levará a Comissão Europeia a tribunal pelo fracasso de sua presidente em divulgar as mensagens entre ela e Bourla.

“O jornal enfrentará advogados da UE no mais alto tribunal do bloco, argumentando que a Comissão enfrenta uma obrigação legal de divulgar as mensagens, que podem conter informações sobre os acordos do bloco para comprar bilhões de euros em doses de Covid-19”, disse o Politico relatando.

O caso foi apresentado em 25 de janeiro e publicado no registro público do Tribunal Europeu de Justiça na segunda-feira, mas o NYT se recusou a comentar o assunto. Em um comunicado, disse: “O Times arquiva muitos pedidos de liberdade de informação e mantém um registro ativo. Não podemos comentar neste momento sobre o assunto deste processo.”

A Comissão alegou que não identificou nenhuma mensagem de texto que se enquadre em um pedido de informação, uma vez que a comunicação “não se enquadrava em seus critérios internos para registro em seu registro de documentos, devido à natureza 'curta' de seu conteúdo” .

Assim, “o gabinete pessoal do Presidente da Comissão não foi obrigado a identificar quaisquer mensagens de texto”. Posteriormente, o Provedor de Justiça considerou que se tratava de má administração.

O tablóide alemão Bild já havia entrado com uma série de ações judiciais contra a Comissão buscando a divulgação de documentos relacionados às negociações para comprar os jabs obrigatórios, mas as informações sobre os contatos anteriores de von der Leyen com Bourla não foram divulgadas.

A fonte original deste artigo é Free West Media

Copyright © Free West Media , Free West Media , 2023 

BALÕES ESPIÕES DOS EUA NO CÉU DA CHINA SÃO ALTO DRAMA NO CÉU DOS EUA

EUA instados a refletir sobre seu próprio comportamento com seus balões violando o espaço aéreo da China pelo menos 10 vezes no ano passado

Frequentemente abatendo objetos não identificados histeria exposta, vulnerabilidade

Chen Qingqing e Xu Yelu | Global Times

Os EUA voaram ilegalmente seus balões de alta altitude sobre o espaço aéreo chinês mais de 10 vezes sem permissão desde o início do ano passado e a China agiu profissionalmente ao lidar com essas incursões, disse o Ministério das Relações Exteriores da China na segunda-feira, chamando os EUA de os maiores "do mundo" Spying Empire" enviando numerosas aeronaves espiãs em todo o mundo e instando-o a parar de difamar os outros e instigar o confronto. 

Em resposta a uma série de perguntas sobre o recente incidente com o balão, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse em uma coletiva de imprensa regular na segunda-feira que os EUA voaram ilegalmente seus balões de alta altitude sobre o espaço aéreo chinês mais de 10 vezes sem a permissão das autoridades chinesas. desde o início de 2022.

Não é raro balões dos EUA entrarem ilegalmente no espaço aéreo de outro país, disse Wang, observando que a China lida com as incursões com responsabilidade e profissionalismo. 

As observações foram feitas depois que a CNN informou que os militares dos EUA derrubaram outro objeto aerotransportado sobre o Lago Huron no domingo por ordem do presidente dos EUA, Joe Biden, citando o Pentágono. A operação marca o terceiro dia consecutivo em que um objeto não identificado foi abatido sobre o espaço aéreo norte-americano depois que um dirigível civil chinês não tripulado usado principalmente para fins de pesquisa meteorológica foi derrubado em 4 de fevereiro 

. derrubar os chamados objetos não identificados apenas expôs sua paranóia e histeria, o que também refletiu sua vulnerabilidade, disseram especialistas chineses.

Socialistas de Timor-Leste recebidos pelo Presidente da República

J.T. Matebian, emTimor-Leste* | Jornal Tornado

Uma Delegação do Partido Socialista de Timor (PST) foi recebida hoje, dia 08 de Fevereiro de 2023, por José Ramos-Horta, no âmbito do programa de consultas sobre a data das eleições parlamentares do corrente ano.

O encontro na Presidência da República com a duração de cerca de uma hora, ocorreu durante a tarde, no Palácio Presidencial, em Díli, e inseriu-se no plano presidencial de auscultação dos principais partidos políticos e entidades relevantes do País.

Segundo o PST:

“Nos termos da Constituição da República Democrática de Timor-Leste (RDTL), “o povo exerce o poder político através do sufrágio universal, livre, igual, directo, secreto e periódico e através das demais formas previstas na Constituição” (Ponto 1 do Artigo 7º).

Como “os Deputados do Parlamento Nacional têm um mandato de cinco anos” (Ponto 4 do Artigo 93º), chegou o momento de marcação da data das Eleições Parlamentares de 2023.”

Presidente da República deve marcar data de eleições sem interferências

Na opinião do Partido Socialista de Timor (PST) o Presidente da República, nos termos da Constituição de Timor-Leste, deve proceder à “marcação da data das eleições legislativas de 2023, sem ter que se sentir pressionado por entidades ou mesmo forças políticas que estejam motivadas em interferir nesse processo”:

“Tendo presente as disposições constitucionais (normas) estabelecidas no ponto 1 do artigo 74 da C-RDTL, segundo o qual, o Presidente da República e Chefe de Estado deve garantir o “regular funcionamento das instituições democráticas”, observando as disposições estabelecidas na alínea (a) do artigo 91, competirá a Sua Excelência o Presidente da República determinar a marcação da data das eleições legislativas de 2023, sem ter que se sentir pressionado por entidades ou mesmo forças políticas que estejam motivadas em interferir nesse processo, desejando contrariar as competências do Presidente da República, por razões subjectivas e sem fundamento constitucional, nomeadamente, para alimentar um único objectivo que é assegurar que tenham mais tempo para executar o orçamento de 2023 como meio para influenciar o eleitorado com falsas promessas, violando todos os princípios e valores da ética política universal.”

Delegação do PST integrou Administradores das Brigadas de Estudantes

Desde 2022 a Sede Nacional do PST tem recebido largas dezenas de jovens-estudantes oriundos dos Municípios de todo o país a desejarem ingressar nas fileiras do Partido. O Partido já formou várias Brigadas de Estudantes que devido à sua importância também integraram a Delegação que foi recebida pelo Presidente da República.

A Delegação do PST, para além do seu Presidente (Avelino Coelho da Silva), Secretário-Geral (M. Azancot de Menezes), Co-Presidente (Nuno Corvelo Sarmento), Vice-Presidente (Luís Katana), Vice-Secretário-Geral (Ladislau Correia), integrou Tadeu Cabral Soares (Administrador da Brigada de Baucau), Elvis Alves dos Santos (Administrador da Brigada de Liquiçá), Germano Pereira (Administrador da Brigada de Viqueque) e Agistino de Jesus (Administrador da Brigada de Ermera).

A data da eleição parlamentar de 2023 que tudo indica será em Maio de 2023 será confirmada pelo Presidente da República no início da próxima semana.

* Correspondente em Timor-Leste

Ler em Jornal Tornado: 

Ramos-Horta marca Eleição Parlamentar para 21 de Maio de 2023

Embaraço em Timor-Leste: eleição em Maio, normal ou antecipada?

M. Azancot de Menezes*

Timor-Leste mergulhou em mais um empecilho político. Enquanto o Chefe de Governo aceita qualquer decisão do Presidente da República, o Secretário-Geral da FRETILIN, partido político aliado no Governo, não quer eleições antes de Julho. Uma confusão!

As últimas eleições parlamentares realizaram-se em Maio de 2018.

Por esta razão, em 2023, completando-se cinco sessões legislativas, faz todo o sentido realizarem-se novas eleições no próximo mês de Maio para o Parlamento Nacional.

O Chefe de Estado já ouviu o Governo, os Partidos Políticos com assento parlamentar e outras entidades, nomeadamente a Igreja Católica e a Comissão Nacional de Eleições (CNE). Após reunião com o Conselho de Estado, José Ramos-Horta marcará a data das eleições durante o corrente mês, por força constitucional (Artigo 86º da CRDTL).

Governo e todos os Partidos à excepção da FRETILIN aceitam a decisão do PR

O Chefe de Governo, Taur Matan Ruak, também Presidente do PLP, o primeiro a ser ouvido pelo Presidente da República, após a audiência, com convicção inequívoca, prestou declarações públicas afirmando que o Governo aceita qualquer decisão do Presidente da República. Aconteceu o mesmo com todos os partidos políticos já ouvidos, nomeadamente com o CNRT, KHUNTO, PD, PUDD, Frente Mudança e UDT.

No âmbito deste processo de consulta é muito provável que o Presidente da República, similarmente, vá auscultar também a opinião do Partido Socialista de Timor (PST), por ter grande influência social e por ser um Partido político liderado por um dos mais bem conceituados constitucionalistas de Timor-Leste (Avelino Coelho/Shalar Kosi), para além de que foi um Partido político determinante no processo de organização e mobilização das bases populares na candidatura de José Ramos-Horta a Presidente da República.

Enquanto todos os outros partidos políticos com assento parlamentar aceitam qualquer decisão do Presidente da República, Mari Alkatiri, Secretário-Geral da FRETILIN, referiu que a posição do partido que lidera é de discordância porque “a decisão do Presidente da República tem que ter em conta o artigo 99º da Constituição” e também por razões de ordem técnica e logística, o que me parece uma falsa questão.

SOBRE A REVISÃO DA LEI DE BASES DA EDUCAÇÃO EM TIMOR-LESTE

M. Azancot de Menezes*

O Ministério do Ensino Superior, Ciência e Cultura de Timor-Leste informou que está a proceder à revisão da Lei de Bases da Educação – LBE (Lei Nº 14/2008, de 29 de Outubro), uma lei que vai completar 15 anos de vigência.

No dia 24 de Janeiro realizou-se uma reunião com os reitores das universidades e gestores de outras Instituições de Ensino Superior (IES) de Timor-Leste em resposta ao convite formulado pelo Ministério do Ensino Superior, Ciência e Cultura (MESCC) para auscultar as opiniões dos académicos na medida em que o MESCC está a proceder à revisão da Lei de Bases da Educação.

A Directora-Geral do Ensino Superior e Ciência, Maria Filomena Lay, e o ex-Director da ANAAA, Edmundo Viegas, coordenaram o encontro na expectativa de concretizar a agenda proposta pelo Ministro que por sua vez deseja responder com urgência à solicitação do Primeiro-Ministro.

O problema é que, como de certo todos concordarão, a revisão de uma Lei de Bases da Educação de um país não é possível de ser realizada em um dia, porquanto, com essa velocidade, não haverá reflexão e debate profundo sobre questões fundamentais que se relacionam com o currículo, com a formação de professores, com a organização e o desenvolvimento do ensino superior, entre outras.

Portanto, numa perspectiva de problematização, todos os protagonistas estão obrigados a questionar se a actual LBE de Timor-Leste, inspirada no modelo português da década de 80, tem a devida adequação ao desenvolvimento cultural, social e económico do país.

No meu entender, reconheço, há questões pontuais que são pacíficas e facilmente passíveis de serem introduzidas ou alteradas na nova LBE, mas, estas têm que estar integradas e alinhadas com todo o projecto de política educativa que é necessário desenhar atendendo ao contexto geopolítico do país e aos novos desafios locais e globais onde se incluem a internacionalização do ensino superior, a sustentabilidade, a educação à distância, a pós-graduação, a investigação e por aí adiante.

Um dos principais problemas de Timor-Leste relaciona-se com o perfil de saída dos diplomados, muito aquém do desejado, pelo que, havendo necessidade de todos se questionarem sobre o perfil do “cidadão ideal” que vai viver numa sociedade do conhecimento, justa, democrática, livre e verdadeiramente solidária, é imprescindível ponderar seriamente sobre a nova Lei de Bases da Educação que se pretende erigir.

As recomendações da UNDIL ao Ministério do Ensino Superior

A Universidade de Díli (UNDIL), presente na reunião, considera que o quadro geral do sistema educativo do país deve definir-se como o referencial das políticas educativas que visam o desenvolvimento da educação e do sistema educativo.

Na opinião dos académicos da UNDIL, a nova Lei de Bases da Educação terá que contribuir para a estabilidade, concorrer para a convergência interna e representar uma visão em torno de um compromisso nacional nos diversos domínios, políticos, filosóficos e ideológicos.

Com esta motivação a UNDIL defende que se devem conquistar desideratos consensuais sobre a Revisão da LBE e apresentou três Recomendações ao Ministério do Ensino Superior, Ciência e Cultura:

“Que seja criada uma «Comissão Nacional para o Estudo e Avaliação da Lei de Bases da Educação» constituída por reputados especialistas do país;

Que se promova ao longo do ano de 2023 reflexões de qualidade e diálogos educacionais com a participação de académicos credenciados e de stakeholders de todo o território nacional;

Que se organize uma Audição Pública no Parlamento Nacional sobre o Trabalho da «Comissão Nacional para o Estudo e Avaliação da Lei de Bases da Educação».

(Recomendações da Universidade de Díli)

A criação de uma Comissão Nacional para o Estudo e Avaliação da Lei de Bases da Educação é justificável pois, como escreveu a Directora-Geral do Ensino Superior e Ciência no documento entregue às universidades, “esta lei tem um papel crucial na organização, orientação, regulação e desenvolvimento do sistema educativo do país..”.

*M. Azancot de Menezes -- PhD em Educação / Universidade de Lisboa

*Publicado em Jornal Tornado

*Também colaborador de presença assídua em Página Global

Moçambique | 30 mil pessoas afetadas pelas inundações em Maputo

Romeu da Silva (Maputo) | Deutsche Welle

Pelo menos 30 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas intensas que caem desde quarta-feira (08.02). Cerca de quatro mil habitações ficaram total ou parcialmente inundadas. Chuvas fortes previstas nas próximas 24 horas.

Na cidade de Maputo, a DW África testemunhou na manhã deste sábado (11.02) várias residências inundadas e famílias em desespero. Dulce Chambe, residente no bairro de Chiango, tenta retirar água dentro da sua residência. "Estamos a fazer este trabalho desde a madrugada. Mas a chuva não para de cair, por isso está a ser difícil", lamenta.

No bairro vizinho da Costa do Sol, encontrámos Jorge Aurélio com uma pá, sacos e balde, junto da família e vizinhos. Todos tentavam colocar barreiras para evitar a entrada de águas no seu quintal. "Mas está a ser difícil porque a água é muita e não consigo impedir a sua entrada", admitiu.

Milhares de habitações inundadas

O país está no auge da época chuvosa. O Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD) anunciou este sábado (11.02) que na Província de Maputo 30 mil pessoas estão afetadas pelas chuvas intensas que caem desde madrugada de quarta-feira (08.02).

Segundo o INGD, pelo menos quatro mil habitações ficaram total ou parcialmente inundadas e três escolas foram seriamente afetadas pelas chuvas. O número de mortes continua em quatro na cidade e província de Maputo.

A presidente do INGD, Luísa Meque, anunciou a criação de "cinco centros de acomodação que estão a acolher as pessoas resgatadas". O INGD avançou ainda a existência de uma equipa cuja tarefa é "criar condições básicas para poder receber mais pessoas das diferentes zonas".

Operações de resgate decorrem no distrito de Boane, o mais afetado na província de Maputo. Só na manhã deste sábado foram resgatadas "mais de 50 pessoas que se encontravam sitiadas, maioritariamente crianças", segundo disse a secretária de Estado da província de Maputo, Judite Mussacula.

Vias de acesso e pontes inundadas

Alberto Silva, residente no distrito de Boane, conta que as vias de acesso à zona estão cortadas. A ponte conhecida por "Mazambanine", que liga o distrito à localidade de Mahubo-25, está inundada e a travessia é feita com ajuda de pequenas embarcações das Forças Armadas moçambicanas.

Os níveis das águas do rio Umbeluzi subiram e inundaram diversas residências na sequência das fortes chuvas e descargas na barragem dos pequenos Libombos.

No rio Inkomati, há igualmente inundações e cheias resultantes das descargas nas barragens da vizinha África do Sul que estão a afetar os distritos da Moamba e Magude.

Autoridades da Ara-Sul apelaram entretanto às populações que vivem nas zonas ribeirinhas para abandonarem os locais e procurarem zonas seguras.

O Instituto Nacional de Meteorologia anuncia mais chuvas fortes e ventos com rajadas e trovoadas nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane, no sul, e Manica e Sofala no centro nas próximas 24 horas.

SOB O SIGNO “4F” -- Martinho Júnior

4 DE FEVEREIRO POR AMOR À HUMANIDADE!

Martinho Júnior, Luanda

O conhecimento substantivo que há sobre lógica com sentido de vida em benefício de toda a humanidade só é possível desde logo se o ser consciente de racionalidade dialética, materialista e histórica, mergulhar no estudo até às raízes dos processos produtivos transatlânticos fomentadores de escravatura, de colonialismo e neocolonialismo e assumir por inteiro a luta dos que sendo durante tantos séculos oprimidos, são hoje contribuintes fundamentais para a emergência dos equilíbrios globais a que se aspira e para o respeito tão urgente devido à Mãe Terra!

Não há processo contemporâneo justo algum que assim não tenha de ser, num momento em que com as novas tecnologias se expõe, com cada vez mais evidências, todo o passado próximo e remoto, apesar dos riscos “soft power” das alienações e formatações disseminadas pelo afã dos que persistem dominar de forma hegemónica e unipolar!

Fazer com que África desconheça a trajectória dos afrodescendentes do outro lado do Atlântico a fim de impedir a noção da necessidade de luta de libertação, desconhecer aqueles que foram para levados à força e explorados pela força feitos escravos na América (e no Caribe), faz parte do “soft power” do actual processo dominante, não do “soft power” dos que estão vocacionados para o multi polarismo e multilateralidade!

O relacionamento com os poderes de hoje nos estados que foram colonizadores e pretendem neocolonialismo conforme demonstra seu próprio comportamento, mesmo que dê muitas provas dadas durante muito tempo, responde desde logo mentalmente à opressão que vem de longe, de há mais de 5 séculos a esta parte, algo que os expedientes de poder fazem indelevelmente prevalecer!

No que toca às potências coloniais da Ásia Ocidental tanto pior: há quem propague que está num jardim e os outros estão na selva, justificando a continuação da pirataria, do saque e até do “apartheid” contemporâneo em curso!

Sereia alguma pode iludir o Sul Global, muito menos sereias monárquicas, conforme a última tendência em Angola!

Que relacionamento se pode ter com esses bárbaros?

As três datas 4 de Fevereiro com todos os sentidos e emoções palpitando desde o Sul Global transatlântico, são marcos carregados de evidências, de simbolismos e de ensinamentos: com esses marcos os combatentes da luta de libertação onde quer que seja que ela legítima e dignamente tiver de existir, se podem melhor mobilizar na sua dádiva que tanto tem a ver com amplo amor coerente, consequente e intemporal, como com um exercício saudável de inteligência, enquanto prova de multilateralidade e humanidade.

Esse é o sentido da própria Carta da ONU, que o “hegemon” com suas desesperadas regras tanto teima em subverter!

A luta armada de libertação bebe dessa ética, dessa moral, dessa sabedoria e por isso se distingue da ilegitimidade estupidificante da guerra que é da autoria da barbárie agora com essência de “hegemon” tisnado de nazi! 

Os três 4 de Fevereiro são um alimento para as opções justas do presente e quem não se quiser alimentar desse passado honrando-o, é porque, directa ou indirectamente está absorvido pelos expedientes neocoloniais, tornando a paz vazia de sentido antropológico e histórico!

Há três 4 de Fevereiro que além do mais, são anti imperialistas desde a justeza da aplicação da vontade dos oprimidos contra os opressores, pelo que sua chama se apresenta hoje, na hora decisiva do parto da mudança de paradigma para um mundo multipolar e multilateral, integrando as opções próprias de segurança vital comum que toda a humanidade deve buscar, construir e assumir! 

Os que seguem a doutrina neocolonial, qualquer que ela seja nas suas “nuances” (os propósitos não são variáveis), filiada ou não no engenho e na arte da hegemonia unipolar, são a causa da acumulação de todos os desequilíbrios, tensões, conflitos e guerras e, enquanto bárbaros, demonstram a impraticabilidade de diálogo em busca de consensos, por que subvertem todas as letras da essência da democracia!

Essa justeza do Sul Global é tanto mais veemente quanto o “hegemon” de novo agita o espantalho nazi, fascista e (neo)colonial! 

Angola | CEMITÉRIO DA MEMÓRIA E DOS ELEFANTES – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Banana e Matadi eram Angola. Deixaram de ser devido a um programa de trocas e baldrocas dos colonialistas portugueses, belgas, franceses e ingleses. Mas a região ficou com um estatuto especial. Os angolanos que quiseram ficar continuaram com todos os direitos como se vivessem na colónia portuguesa e adquiriram os direitos da colónia belga. Aniceto Vieira Dias (Liceu) figura incontornável da Cultura Angolana nasceu em Banana. Siona Casimiro, jornalista, nasceu em Matadi, 1944, o meu ano. Ambos são angolanos.

Siona Casimiro faleceu em Paris vítima de doença. Fui eu que o recebi em Luanda e fiz tudo para enquadrá-lo. Estávamos no final de 1974 e eu era o presidente do Sindicato dos Jornalistas. Lúcio Lara recomendou-me urgência no seu enquadramento porque “é um quadro valioso”. Está tudo dito. E esta memória justifica a minha tristeza pelo seu falecimento. Até porque até 1992 fomos amigos. Depois afastou-se de mim. Seguiu outro caminho fora do MPLA. Uma opção respeitável que não acompanho.

 Como sempre acontece na hora da morte, o defunto tem imensas virtudes. Mas estão a atribuir-lhe acções que não praticou e títulos que não tem. Luísa Rogério, minha amiga e colega que muito prezo, diz isto: " Siona Casimiro para o jornalismo angolano é a grande referência e o mestre dos mestres, porque faz parte do jornalismo angolano, uma vez que não podemos falar de jornalismo angolano sem citar Siona Casimiro”. Mestre dos mestres? Quando se faz uma afirmação destas é preciso dar exemplos. Não pode ser uma mera atoarda dilatada pela emoção.

Siona Casimiro levou tempo a enquadrar-se porque não escrevia em Língua Portuguesa. Portanto, não podia ir para a Imprensa. Não falava correctamente a língua. Rádio também não dava. Como ainda não tínhamos emissões regulares de televisão, já se vê como foi difícil enquadrá-lo. Ficou ligado ao DIP do MPLA. 

O Jornal de Angola diz que Siona Casimiro é fundador da ANGOP. Depende do que entendem por “fundador”. Mas esse conceito não pode ficar pela mera opinião. Vou explicar. Colaborei activamente com o colectivo fundador do jornal Libération na direcção de Jean-Paul Sarte. Mas não sou fundador. Nem chego aos calcanhares do director. Colaborei e já não é pouco.

SIM À GUERRA, FOGO CONTRA A PAZ – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O Presidente João Lourenço é o campeão da paz e reconciliação em África e, desde que foi a Washington participar numa “cimeira” alargou esse título para a Ucrânia. Daí vai saltar para campeão do mundo. Quando deu ordens para Angola votar contra a Federação Russa na ONU a propósito do conflito na Ucrânia já estava a campear na Europa. 

No dia em que se enganou na data do início da guerra na Ucrânia, estragou tudo. Porque afirmou que começou há um ano. Mas o conflito vem de longe. Precisamente de 2014. Por razões patrióticas, passo a revelar dados que desmentem o campeão da paz e reconciliação. Para não repetir o erro que, diplomaticamente, tem graves consequências.

Depois da vitória do golpe de estado nazi em Kiev, no ano de 2014, o Leste da Ucrânia rebelou-se contra o novo poder. Começou então a guerra. Entre 2014 e 2022, a OTAN (ou NATO) considerava o conflito como “uma guerra contra soldados irregulares russos” (Documento oficial). A Cruz Vermelha Internacional e a ONU consideraram que era “conflito armado não internacional”. A agência noticiosa Reuters chamava-lhe “uma guerra civil”. Guerra. 

Nessa altura o Presidente João Lourenço ainda não era campeão da paz. Mas era vice-presidente da Assembleia Nacional e entre 2014 e 2017, ministro da Defesa. Impossível não saber que havia uma guerra no Leste da Ucrânia. Mas não exigiu o cessar-fogo incondicional a nenhuma das partes.

 Entre Julho e Agosto de 2015, o governo de Kiev lançou várias ofensivas contra os separatistas do Leste, visando reconquistar Donetsk e Lugansk. Números oficiais de vítimas nessas operações: 1.100 civis! Os rebeldes recuaram. O líder rebelde, Igor Girkin, pediu ajuda à Federação Russa. Para travar a matança. A guerra ganhou força e Igor demitiu-se sendo substituído por Vladimir Kononov. A OTAN (ou NATO) mandou mais apoio militar às tropas de Kiev. Em 27 Dezembro de 2017, em cumprimento do Acordo de Minsk, houve uma troca de prisioneiros, onde 73 soldados ucranianos foram libertados em troca de 200 separatistas. O campeão da paz já era Presidente da República.

Em 18 de Janeiro de 2018, o parlamento ucraniano aprovou uma lei que tinha por finalidade dar legitimidade ao plano de retomada do controlo das áreas sob domínio dos separatistas, reconhecendo o território leste do país como “regiões ocupadas” e dando autoridade ao presidente Poroschenko para usar mais força militar a fim de reconquistar o Donbass. Os deputados aprovaram um bloqueio económico e sanções contra as repúblicas separatistas do Leste da Ucrânia. O governo russo afirmou que essa legislação aprovada era uma violação dos Acordos de Minsk e “dava sinais de uma nova declaração de guerra”. 

MEMÓRIA CONTRA A CENSURA -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

As memórias são curtas e muitas vezes selectivas. Os seres humanos lembram eternamente o que lhes agrada e apagam automaticamente o que dói. É uma questão de sobrevivência. Políticos sem escrúpulos usam e abusam dessa debilidade para dominarem e espezinharem os povos. Por isso o Jornalismo é uma das traves mestras da democracia. Porque os jornalistas têm a memória como principal ferramenta de trabalho. Não esquecem nem deixam esquecer. Não encurtam nem escondem. Tremenda responsabilidade. Infelizmente, alguns profissionais (hoje a esmagadora maioria…) não estão à altura do seu papel no regime democrático. Não merecem a Liberdade de Imprensa.

Memória. Quatro dias depois de começar a operação especial militar na Ucrânia, Kiev e Moscovo iniciaram negociações de paz. Já ninguém se quer lembrar mas algum tempo depois a PIDE do comediante Zelensky, no dia 6 de Março de 2022, um sábado, executou o negociador ucraniano Denis Kireyev porque alegadamente era traidor. Não teve direito a julgamento nem a defesa. Segundo as lideranças da União Europeia, Reino Unido, EUA e seu heterónimo OTAN (ou NATO) é assim que se defendem os valores do “ocidente alargado”.

Já ninguém se lembra mas o comediante Zelensky, antes de se colocar ao serviço do “ocidente alargado” era empregado do oligarca Ihor Kolomoisky. O multimilionário ucraniano equipou por sua conta e risco o exército da Ucrânia, em 2014, para impedir o “avanço russo” no Leste após o golpe de estado nazi em Kiev. 

O patrono de Zelensky hoje está a ser perseguido pelo antigo empregado. Já ninguém se lembra mas ele, em Novembro de 2019, disse ao jornal New York Times que a Ucrânia devia desistir do Ocidente e voltar para a Rússia. Leiam as suas palavras: “Eles são mais fortes. Temos que melhorar as nossas relações com Moscovo. As pessoas querem paz, uma vida boa, não querem guerra. E os EUA estão a forçar-nos à guerra sem nos darem o dinheiro para isso”. Nesta altura a guerra no Leste da Ucrânia já tinha cinco anos e milhares de mortos!

Ihor Kolomoisky cometeu o sacrilégio de aconselhar Zelensky a cortar com o FMI mal ele foi eleito presidente. E não pagar a dívida a esse instrumento de rapina que também é um heterónimo dos EUA! O desbocado patrão do comediante deu uma entrevista à Times que ditou a sua desgraça. Sobre a adesão da Ucrânia à União Europeia disse isto: “Vocês nunca nos vão aceitar. Não adianta perder tempo com conversa fiada. A Rússia adorava trazer-nos para um novo Pacto de Varsóvia (…) Os Estados Unidos estão simplesmente usando a Ucrânia para enfraquecer o seu rival geopolítico.”

Haja Guerra | Conto do leopardo: fabricantes de armas dos EUA em onda de marketing

Eve OTTENBERG | counterpunch.org | em Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

Quando a comandante do Southcom, Laura Richardson, começa a falar sobre o envio de armas para Cuba, Venezuela e Nicarágua, você sabe que algo está acontecendo. Esse algo é dinheiro e novos mercados para os fabricantes de armas dos EUA. Em outras palavras, a Europa Ocidental esgotou seu arsenal enviando tudo para a Ucrânia para ser explodido pelos russos. Isso cria uma enorme oportunidade de mercado para a indústria de armas dos EUA, que também está de olho em potenciais clientes sul-americanos; daí sua ânsia de algumas nações enviarem seus tanques da era soviética para a Ucrânia, para serem substituídos, é claro, por equipamentos americanos. Mas a Europa continua sendo o prêmio das corporações armamentistas americanas. Tudo o que eles tiveram que fazer, em conivência com as elites políticas, foi gerar um estupendo alvoroço na mídia sobre o envio de tanques Leopard de Berlim para a Ucrânia, para que possam encurralar os negócios dos fabricantes de armas alemães assim que os russos destruírem todos os Leopardos, e pronto! Eles estarão arrecadando dinheiro por décadas.

Então, o que temos visto recentemente é uma campanha política e de mídia concertada, ou seja, farsa, para prender o mundo como comprador de armamentos dos EUA. A esse respeito, vale a pena notar que, no ano fiscal de 2022, as vendas de armas nos EUA aumentaram 48,8%. A guerra é um bom negócio, e os aproveitadores de guerra encharcados de sangue estão se saindo como os bandidos que são. Eles não se importam com o risco de guerra nuclear desse conflito por procuração que Washington provocou de acordo com as especificações da Rand Corporation ou com o preço pago em sangue pela Ucrânia. Mas qualquer pessoa com cérebro e coração sabe, e é por isso que é imperativo negociar o fim de uma guerra que já está a caminho de aniquilar toda uma geração de homens ucranianos.

Indiscutivelmente, a gigantesca transferência ocidental de armas para Kiev mina totalmente qualquer apelo à retirada russa como pré-condição para as negociações de paz, como foi observado publicamente, mais recentemente pelo ministro das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor. De fato, todas aquelas armas da OTAN para Kiev que podem atacar profundamente dentro da Rússia garantem que Moscou criará um enorme amortecedor que consome o território ucraniano. A Fortaleza Ucrânia só pode encolher de tamanho, à medida que se transforma em uma Esparta moderna com armas ocidentais. Mas essa não é a única maneira pela qual a OTAN sabota o fim do derramamento de sangue; veja, por exemplo, Johnson, Boris, ex-primeiro-ministro do Reino Unido, e relembre sua viagem de abril a Kiev para sufocar um armistício com Moscou, meticulosamente cuidada por países neutros.

Mas voltando à história do Leopardo. No auge do frenesi da mídia, de 19 a 24 de janeiro, sobre a Alemanha não servir ao império ao enviar seus tanques Leopard para a Ucrânia e permitir que os 15 países que os possuem também o fizessem, o comandante Richardson reconheceu que Washington havia solicitado nove países latino-americanos a doar suas armas russas da era soviética para Kiev, informou a Telesur em 20 de janeiro. Quatro dias depois, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, recusou, explicando que seu país não enviaria armas para a Ucrânia. Outros países latino-americanos seguiram o exemplo. Entre os países para os quais o Southcom sugeriu essa troca estavam, como já mencionado, Cuba – sob bloqueio dos EUA por 60 anos – Venezuela, onde não muito tempo atrás Washington esteve envolvido em assassinatos e tentativas de golpe contra seu líder legitimamente eleito, Nicolas Maduro, e Nicarágua,

Essas três nações compraram tanques, artilharia e assim por diante de Moscou ao longo dos anos e são aliadas da Rússia. No entanto, Richardson teve a coragem de tornar pública esta “oferta” dos EUA para que eles enviassem suas armas para a Ucrânia, que os EUA substituiriam por equipamento americano, “se esses países quiserem”. Querer? Olá? O que esses países querem é que o Império dos Excepcionais pare de persegui-los. Mas a Southcom aparentemente nunca recebeu esse memorando. Seu comandante estava ocupado apresentando seu grande negócio: Novo mercado para corporações de armas dos EUA, mais tanques, canhões e artilharia para a guerra por procuração dos EUA na Ucrânia – vitória/vitória para o Império Excepcional, amirita? Mas, infelizmente para o chefe do Southcom, esses três sacos de pancadas dos EUA, Venezuela, Cuba e Nicarágua, têm motivos para considerar sua oferta um tanto amarga.

Scott Ritter: Políticos mentirosos e o governo dos EUA são os verdadeiros traidores

 

Scott Ritter: Não sou um traidor… Políticos mentirosos e o governo dos EUA são os verdadeiros traidores

Finian Cunningham* | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

O ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais, Scott Ritter, responde a seus críticos que o acusam de ser um “fantoche russo”.

O ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais, Scott Ritter, responde a seus críticos que o acusam de ser um “fantoche russo” e um “traidor antiamericano” devido à sua crítica incisiva ao envolvimento dos EUA na guerra da Ucrânia com a Rússia.

Ritter diz: "eles podem ir para o inferno!" Ele acrescenta: “meu trabalho é dizer a verdade com base na análise baseada em fatos”.

“Não sirvo ao governo dos Estados Unidos, sirvo ao povo e à Constituição”, diz Ritter.

Ritter explica o que orienta suas visões militares e geopolíticas – “análise baseada em fatos”. Ele diz que dizer a verdade sempre o colocou em apuros com o Pentágono, a CIA e o governo dos Estados Unidos. Ele conta como em sua carreira anterior teve grandes problemas com superiores militares e políticos enquanto trabalhava como inspetor de armas dos EUA baseado na União Soviética e mais tarde como oficial de inteligência durante a Primeira Guerra do Golfo no Iraque no início dos anos 1990.

Durante a Segunda Guerra do Golfo, que começou em 2003, Ritter ajudou a expor as falsas alegações de propaganda anglo-americana de armas iraquianas de destruição em massa que foram usadas para lançar (ilegalmente) aquela guerra. Essas alegações foram posteriormente mostradas como uma invenção total. Ritter foi justificado.

“Meu trabalho não é agradar meus chefes… Meu trabalho é dizer a verdade… Não trabalho para o governo dos Estados Unidos.”

Scott Ritter ganhou respeito internacional por sua análise independente da guerra na Ucrânia e o envolvimento enganoso dos EUA e da OTAN.

Ele diz que as pessoas que o acusam de traidor viram as coisas de cabeça para baixo. “O governo dos Estados Unidos mente o tempo todo. Ele vê a Constituição como um impedimento para se locomover”.

Fiz um juramento de me defender contra inimigos estrangeiros e domésticos... os verdadeiros traidores são os políticos mentirosos, diz Ritter em uma condenação severa de Washington e sua subversão sem escrúpulos das leis americanas e internacionais para perseguir suas guerras e interesses imperialistas.

*Ex-editor e redator de grandes organizações de mídia. Ele tem escrito extensivamente sobre assuntos internacionais, com artigos publicados em vários idiomas

VER VÍDEO – entrevista de Finian Cunningham a Scott Ritter -- Youtube, em inglês

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