segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Portugal: DIA DOS SEM VERGONHA - extrema direita comemora o golpe fascista em 1975


- em poucas palavras, para bom entendedor... PG

25 de Novembro, uma tentativa de golpe falhada

Depois das eleições de abril de 1975, acentuaram-se as divergências entre os diferentes projetos políticos. A 25 de novembro, os militares ligados à extrema esquerda tomam pontos estratégicos e o país entra em estado de sítio.

Um ano após a revolução, a sociedade portuguesa encontrava-se bastante dividida existindo uma oposição clara entre aqueles que pretendiam prosseguir a revolução com o MFA, incluindo-se aqui o governo liderado por Vasco Gonçalves e os que entendiam que o caminho se deveria fazer com os partidos políticos sufragados em eleições.

Nos meses seguintes o país assistiria a uma série de episódios de violência de grupos mais ou menos organizados da extrema-esquerda e da extrema-direita, e a ameaça de uma guerra civil era real.

Em Julho, Vasco Gonçalves propõe recentrar a autoridade no Conselho da Revolução, e a liderança política num diretório que incluiria também Costa Gomes (na altura Presidente da República) e Otelo Saraiva de Carvalho. Mas o “Grupo dos nove”, um conjunto de militares moderados e pertencentes ao Conselho da Revolução, propõem, um mês depois, que o poder seja exercido pelos partidos políticos. São afastados do Conselho na sequência dessa tomada de posição.

A 12 de novembro, uma manifestação das  forças de esquerda impede os deputados de saírem do parlamento durante dois dias, e na semana seguinte o governo entra em greve por falta de condições para exercer o seu mandato. A 25 de novembro toda esta tensão chega ao limite, com sectores da esquerda radical a tentarem um golpe de estado, que acabou por ser frustrado pelos militares que se encontravam com o “Grupo dos nove”, apoiados por um plano militar liderado por Ramalho Eanes.

“Dicionário de Abril” é uma série de pequenos programas dedicados ao 25 de Abril de 1974 e ao período de instauração do regime democrático em Portugal, produzidos a partir de imagens de arquivo.

RTP Ensina

Saiba mais, leia:

Exército de Libertação de Portugal

Em memória das vítimas da rede bombista

A rede bombista que nos aterrorizou em 1975 e 1976

Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP)

Quem é o ideólogo na sombra de André Ventura? Da direita armada ao programa do Chega!

Diogo Pacheco de Amorim defende o colonialismo, passou pelo MDLP de António de Spínola, e agora escreve os conteúdos programáticos do novo partido de direita

- imagem em Expresso, o Amorim criminoso, hoje deputado do Chega e vice-presidente da AR.

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