Um grupo de académicos e ativistas moçambicanos defendeu hoje, após uma reunião com o presidente, que a tensão pós-eleitoral que o país atravessa deve servir de oportunidade para "refundar o Estado", pedindo um debate mais holístico.
“Este momento é uma oportunidade de sensibilizar a sociedade para a necessidade de discutir não só sobre as questões eleitorais. Temos consciência de que a grande preocupação que as pessoas têm neste momento é discutir a justiça eleitoral, mas Moçambique não é só isso. Há muitos outros problemas (…) A nossa questão é discutir Moçambique (…), a partir da base”, declarou o porta-voz do grupo, o jurista e professor universitário Tomás Timbana.
Timbana falava à comunicação social na Presidência da República, momentos após uma reunião com chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, para apresentação do “Manifesto para o Cidadão”, um documento produzido pelo grupo que reúne diversas figuras de referência em várias áreas, com destaque para filosofia, jornalismo, economia e ciência política.
Segundo o porta-voz do grupo, a
reunião serviu para a apresentação do manifesto ao presidente, num momento
O chefe de Estado moçambicano convidou os candidatos às presidenciais nas eleições realizadas em 09 de outubro para uma reunião na terça-feira para “discutir a situação do país no período pós-eleitoral”.
De acordo com o porta-voz deste grupo, no encontro de hoje a reunião de terça-feira não foi debatida, embora uma das individualidades propostas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que convocou as manifestações, para “representar os moçambicanos” no encontro com Nyusi integre o grupo de académicos que esteve na presidência: o filósofo moçambicano Severino Ngoenha.
Lusa | Sapo
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