sexta-feira, 19 de abril de 2024

Os planos da Nigéria de aderir ao BRICS em linha com a sua filosofia: Oficial

Al Mayadeen | # Traduzido em português do Brasil

Akabueze expressou que quando vários países foram convidados a aderir ao BRICS, mas a Nigéria não, "isso levantou muitas sobrancelhas".

O Diretor Geral do Gabinete de Orçamento da Nigéria, Ben Akabueze, disse à Sputnik que a sua intenção de aderir ao BRICS está em conformidade com o seu interesse num sistema financeiro e de desenvolvimento global mais equitativo.

“A meu ver, os BRICS fazem parte de uma estratégia para procurar um sistema financeiro e de desenvolvimento global mais equitativo”, disse Akabueze.

“Isso é consistente com a própria filosofia da Nigéria”, acrescentou.

Akabueze expressou que quando vários países foram convidados a aderir ao BRICS, mas a Nigéria não, "isso levantou muitas sobrancelhas".

“A Nigéria avaliaria qualquer oferta de adesão ao BRICS”, disse Akabueze.

"Neste momento não estou ciente de que isso entre em conflito com quaisquer outras aspirações que a Nigéria tenha, mas, a menos que isso aconteça, não deverá haver razão para que a Nigéria não se candidate", acrescentou. 

Numa entrevista ao Sputnik em Março, o Ministro dos Negócios Estrangeiros nigeriano, Yusuf Tuggar, disse que o país quer aderir ao BRICS depois de concluir internamente os preparativos necessários. 

Criado em 2009, o BRICS é uma plataforma de cooperação entre as maiores economias emergentes do mundo, incluindo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. 

Em 1º de janeiro de 2024, o Egito, a Etiópia, o Irã e os Emirados Árabes Unidos aderiram ao bloco .

Burkina Faso expulsa três diplomatas franceses por “atividades subversivas”

Al Mayadeen | # Traduzido em português do Brasil

Burkina Faso expulsou três diplomatas franceses pelo seu envolvimento em “actividades subversivas”, conforme afirma uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O governo militar de Burkina Faso expulsou três diplomatas franceses sob acusações de "atividades subversivas", anunciou o Ministério das Relações Exteriores, de acordo com uma carta obtida pela Reuters na quinta-feira.

Segundo uma carta datada de 16 de abril, dirigida à embaixada francesa, os três diplomatas, dois dos quais identificados como conselheiros políticos, foram declarados persona non grata e instruídos a abandonar o país no prazo de 48 horas.

O país da África Ocidental é governado por uma junta militar que assumiu o controlo através de um golpe de Estado em 2022, resultando em relações tensas com o seu antigo governante colonial, a França.

Desde então, Ouagadougou expulsou tropas francesas, pressionou a França a retirar o seu embaixador e suspendeu alguns meios de comunicação franceses.

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Mais problemas dos EUA em África. Chade ameaça expulsar as tropas dos EUA

Al Mayadeen | # Traduzido em português do Brasil

Numa carta enviada ao adido de defesa dos EUA na semana passada, as autoridades chadianas ameaçaram acabar com o Acordo sobre o Estatuto das Forças ou SOFA.

Quatro autoridades dos EUA divulgaram que o governo do Chade escreveu uma carta ameaçando descontinuar um pacto de segurança crucial, ameaçando a presença militar dos EUA em mais um país africano , algo altamente preocupante para as autoridades dos EUA que afirmam que há uma crescente influência russa na região, CNN relatado.

Numa carta enviada ao adido de defesa dos EUA na semana passada, as autoridades chadianas ameaçaram pôr fim ao Acordo sobre o Estatuto das Forças, ou SOFA, que rege as regras e circunstâncias sob as quais as forças militares dos EUA podem operar no país. Embora a carta não ordenasse explicitamente que os militares dos EUA deixassem o Chade, as autoridades disseram à CNN que exigia que todo o pessoal dos EUA deixasse as instalações francesas em N'Djamena.

Duas fontes explicaram que a carta identificava a Força-Tarefa de Operações Especiais dos EUA (SOTF) no local, que serve como um centro vital para as Forças de Operações Especiais dos EUA na região. Contudo, a força-tarefa não é a única presença de tropas militares dos EUA no local; todos os militares dos EUA no Chade estão estacionados em N'Djamena.

Ambas as fontes alertaram que a carta pode ser uma técnica de negociação utilizada pela administração chadiana para conseguir um novo acordo que melhor se adapte aos seus interesses, alegando que apanhou as autoridades norte-americanas desprevenidas.

O número exato de forças dos EUA no país é desconhecido, embora um oficial dos EUA afirme que são menos de 100.

Israel X Irão | Olho por olho, dente por dente

Mariana Kamensky, Áustria | Cartoon Movement

...até que não reste mais nada. 

ISRAEL ATACA IRÃO MAS NÃO REIVINDICA. IRÃO DIZ QUE “NÃO VAI RETALIAR”

Depois de múltiplas ameaças, Israel cumpriu e lançou um ataque contra o Irão na madrugada desta sexta-feira, em resposta aos disparos iranianos contra território israelita.

Apesar das "fortes explosões" reportadas, especificamente, na província de Isfahan (centro), o Exército de Israel ainda não confirmou a autoria do ataque, tendo referindo apenas que, "de momento", não tinha comentários a fazer. 

Israel anunciou também que as sirenes de alerta foram ativadas no norte.

De notar que o país prometeu responder aos ataques do Irão nos últimos dias, apesar dos apelos da comunidade internacional para evitar uma escalada de tensões no Médio Oriente.

O ataque do Irão contra Israel, com centenas de drones e mísseis, recorde-se, surgiu como retaliação ao bombardeamento do consulado iraniano em Damasco, a 1 de abril, no qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

Israel terá lançado ataque. Defesa aérea do Irão abate vários drones

Lusa

Vários drones foram hoje "abatidos com êxito" pela defesa aérea iraniana, mas não há informações sobre um possível ataque com mísseis "até agora", disse o porta-voz da agência espacial iraniana.

"Até agora, não houve qualquer ataque aéreo fora de Isfahan e de outras partes do país", afirmou Hossein Dalirian, numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter), na sequência de relatos na televisão norte-americana sobre um alegado ataque israelita ao Irão.

De acordo com a cadeia de televisão norte-americana ABC News, que citou um responsável dos Estados Unidos, Israel lançou um ataque contra o Irão, ao mesmo tempo que a TV oficial iraniana dava conta de informações sobre "fortes explosões" na província de Isfahan (centro).

O Irão ativou a defesa aérea em várias províncias, na sequência das informações sobre pelo menos uma explosão no centro do país, avançou a agência de notícias estatal iraniana IRNA.

As autoridades iranianas suspenderam todos os voos comerciais a partir e com destino a vários aeroportos, incluindo Teerão, disse a agência Mehr, citando as autoridades aeroportuárias.

Irão não tem planos "para retaliar" ataque de Israel

Andrea Pinto

O Irão não tem planos de retaliação imediata contra o aparente ataque israelita desta madrugada.

A  informação é avançada por um alto funcionário iraniano à Reuters.

A mesma fonte indica que o país está ainda a analisar se a operação se tratou de uma "infiltração" em vez de um ataque, uma vez que a "origem estrangeira do incidente não foi confirmada".

"Não recebemos qualquer ataque externo e a discussão inclina-se mais para uma infiltração do que para um ataque."

EUA e Israel estiveram em conversações antes do ataque

Andrea Pinto

O secretário da Defesa dos EUA terá estado à conversa com o ministro da Defesa de Israel momentos antes do ataque protagonizado contra o Irão.

Segundo a CNN Internacional, Lloyd Austin e o israelita Yoav Gallant falaram na quinta-feira de manhã sobre "ameaças regionais e os comportamentos destabilizadores do Irão no Médio Oriente".

A conversa aconteceu através de chamada telefónica e terá acontecido antes do ataque. Contudo, o Pentágono não faz qualquer referência a conversações sobre o plano de Israel em atacar o Irão. 

Exército de Israel diz que "de momento" não comenta alegado ataque a Irão

Lusa

O exército israelita disse à agência de notícias France-Presse que "de momento" não tem comentários a fazer sobre as explosões registadas hoje perto de uma base militar no centro do Irão.

"Não temos comentários de momento", disse um porta-voz do exército, depois de Israel ter prometido responder ao ataque sem precedentes lançado por Teerão no passado fim de semana.

- em atualização

Notícias ao Minuto | Imagem: © Getty Images/AFP

O DIA EM ISRAEL TAMBÉM PASSOU A SENTIR MEDO

A represália do Irã foi calculada e calibrada com cuidado para evitar uma escalada da guerra – algo que Teerã não quer. Seu objetivo não era infligir danos graves, mas ultrapassar um limiar e deixar um recado. Isso foi alcançado

Jean-Pierre Perrin, no Mediapart | Tradução: Glauco Faria, a partir de versão em castelhano, por Pablo Stefanoni, no Nueva Sociedad |# Publicado em português do Brasil

O ataque iraniano procura enviar uma mensagem a Israel sem gerar uma escalada, e é tanto para consumo interno como para os seus aliados regionais. No entanto, as ações militares, destinadas a “vingar” o ataque israelense ao consulado iraniano em Damasco, ultrapassam um limiar: da guerra por procuração a um ataque direto de Estado a Estado.

Com a Operação Honest Promise, Teerã executou a sua vingança. O próprio líder supremo do Irã, o Aiatolá Ali Khamenei, reconheceu isso abertamente. Nos minutos que se seguiram ao início do ataque iraniano contra Israel, na noite de sábado, ele repetiu em sua conta na plataforma X a ameaça que havia feito alguns dias antes: “O regime maligno será punido”. Mas esta foi uma vingança cuidadosamente calibrada, estrategicamente calculada para evitar uma verdadeira escalada regional, e não destinada a infligir danos graves ao Estado israelense.

Para Teerã, o objetivo era mostrar a Israel que não aceitará mais ver os seus altos funcionários serem eliminados um após outro na Síria e no Líbano. E também mostrar aos seus aliados regionais, cansados ​​de receber duros golpes sem uma resposta iraniana, que tem capacidade para atingir o seu inimigo e fazê-lo com uma operação em grande escala. Foi também uma mensagem para a população iraniana.

O fato é que um limite foi ultrapassado. Pela primeira vez na sua história, a República Islâmica do Irã, ao lançar várias centenas de drones e mísseis, realizou um ataque direto, massivo, de Estado para Estado, contra Israel.

“Você obteve uma vitória. Aproveite a vitória”

– Israel terá de incorporar no seu cálculo estratégico o facto do Irão de hoje não ser o mesmo Irão de há duas décadas. Fica a esperança de o conselho de Biden a Netanyahu prevalecer.

Major-General Carlos Branco [*]

Disse o presidente Joe Biden ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no rescaldo da operação militar iraniana em território israelita, em 13-14 de abril, procurando dissuadir Israel de retaliar. Afinal Israel intercetou 99% dos drones e mísseis lançados pelo Irão. Simultaneamente, Biden foi dizendo a Netanyahu que os EUA não apoiarão uma resposta israelita a Teerão.

Telavive tem procurado insistentemente envolver os EUA numa derradeira campanha militar contra o Irão. O ataque à soberania iraniana através da ação militar contra as instalações diplomáticas de Teerão em Damasco tinha esse objetivo. Telavive sabia que estava a pisar uma linha vermelha intolerável à luz do direito internacional para qualquer Estado; sabia o que estava a fazer. Foi uma ação deliberada, esperando que uma resposta iraniana demolidora viesse colocar os EUA a seu lado num ataque massivo ao Irão. Parece que os planos de Telavive não se irão concretizar.

A resposta militar iraniana foi calibrada tendo o Irão informado previamente os EUA e os Estados vizinhos da região da realização da operação, com cerca de 72 horas de antecedência, procurando assim obviar baixas civis. O Irão pretendia atacar os alvos militares que considerava terem estado envolvidos no ataque israelita de 1 de abril, em Damasco: as bases aéreas de Nevatim e de Ramon, ambas no sul do país, e os radares e meios de defesa aérea israelita nos montes Golã, o que conseguiu com sucesso.

Os danos provocados a Israel foram considerados pelo New York Times “relativamente limitados”. A comunicação social israelita manifestou-se no mesmo sentido, pairando no ar o desincentivo a uma retaliação. Baixas civis volumosas dariam a Israel um excelente pretexto para retaliar. Não foi o caso. Telavive não foi encostada à parede como foi Teerão com o ataque do dia 1 de abril. A resposta iraniana não pisou linhas vermelhas. Washington ajudou Telavive a deter o ataque iraniano, mas parece que não a ajudará a atacar o Irão. A concretizar-se, essa falta de apoio representará uma derrota para Netanyahu.

Voto EUA foi único contra projeto de resolução de ingresso pleno da Palestina na ONU

PALESTINA LIVRE E INDEPENDENTE, PROJETO NA ONU

Autoridade palestiniana criticou veto norte-americano

Os Estados Unidos utilizaram esta quinta-feira o seu poder de veto numa votação no Conselho de Segurança sobre o pedido da Palestina para ingressar na ONU como um Estado de pleno direito, uma possibilidade rejeitada por Israel.

O projeto de resolução apresentado pela Argélia, que recomendava à Assembleia-Geral "que o Estado da Palestina seja admitido como membro das Nações Unidas", obteve 12 votos a favor, um contra e duas abstenções.

A Autoridade Palestiniana criticou o veto dos Estados Unidos, considerando que é uma "agressão flagrante" que empurra o Médio Oriente para a "beira do abismo".

"Esta política americana agressiva para a Palestina, seu povo e seus direitos legítimos representa uma agressão flagrante ao direito internacional e uma incitação para que continue a guerra genocida contra nosso povo [...] que levam à região ainda mais para a beira do abismo", declarou o gabinete do presidente Mahmud Abbas em comunicado.

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