<> Artur Queiroz*, Luanda
O território dos Estados Unido da América (EUA) foi colonizado a ferro e fogo por espanhóis, ingleses e franceses. Era habitado por tribos indígenas. Os invasores encontraram de pé o império Azteca e florescentes civilizações. Os maias, por exemplo. No século XVI as tropas de Espanha conquistaram o México. A partir dessa data avançaram os genocídios. Donald Trump é agora presidente do estado terrorista mais extremista do mundo, recuando aos tempos do extermínio dos donos da terra. Tirando os índios que vivem em “reservas”, todos os outros habitantes dos EUA são imigrantes ou seus descendentes. Mais os negros, que foram arrancados de seus doces lares em África e levados para lá à força, como escravos.
Trump é um imigrante. Sua excelsa esposa é uma imigrante. Os filhos são descendentes desses imigrantes. Marco Rubio é um imigrante, descendente directo de gusanos, falando um inglês nasalado e ligeiramente espanholado. Ainda bem que triunfaram. O meu sonho dourado é que todos os eres humanos triunfem, vivam de bem com os outros e o planeta. Se algum deus acabasse com o individualismo acéfalo que faz da Humanidade o maior perigo contra todos os seres vivos, eu convertia-me imediatamente. Contem comigo.
Aprendi, há muitos anos, que há escravos felizes com a escravatura. Há mendigos bendizendo o seu pedaço de fome, às portas dos palácios. Há quem venda pais e irmãos por um cálice de aguardente traficada. Os Trump desta vida têm apoios com fartura e isso leva-os a terríveis enganos de alma.
Trump pensa que todo o mundo é a sua conta bancária, as suas torres, a sua fortuna. Este ser caricato, uma espécie de chouriço recheado de dinheiro, ousa decidir pela vida dos outros. Pela orientação sexual dos outros. Pela ideologia dos outros. Pelos gostos e desgostos dos outros. O mundo está doente e cheio de febre? Trump aposta na doença. Que tudo rebente com febres altas até ao delírio e às convulsões. Que rebente a Humanidade. Salve-se o dinheiro! Que morram todos os humanos como peixes fora da água. Que morra a água. Que morram os mares e as pradarias. Que morram os índios e os bisontes. É o triunfo final dos cobóis!
Trump, criminoso de papel passado, acredita que pode impedir uma criança de existir legalmente. Que um imigrante como ele mas sem conta bancária a abarrotar nem artistas porno na cama, pode ser tratado como excrementos do seu cão. Está enganado. Mesmo que os lacaios lambam o chão que ele pisa, mesmo que presidentes e líderes políticos se enrolem como bichos-de-conta a seus pés, há sempre alguém que resiste. A resistência dos povos é invencível. Olhem para Angola. Meia dúzia de guerrilheiros empunharam armas e derrubaram o império colonial português. Viva o MPLA eternamente!
Senhor Corredor do Lobito, excelência! Anda em más companhias. Diga ao Trump que em Angola não mete a pata. Por cá ainda há força humana para derrotar os EUA e seus serventes de Kinshasa ou Pretória. Não subestime o povo que fez a Luta Armada de Libertação, a Guerra de Transição e a Guerra pela Soberania Nacional e Integridade Territorial. Não se iluda.
O processo-crime contra a antiga Veneranda Presidente do Tribunal de Contas, Exalgina Gamboa, continua em fase de instrução, garante o porta-voz da Procuradoria-Geral da República, Álvaro da Silva João. Coisa estranha.
No tempo das sentenças a dez por cento era tudo muito fácil. Agora está mais custoso. Puseram o Maka Angola e o Xavier Figueiredo a dizer que a magistrada Exalgina Gamboa cometeu irregularidades no Cofre do Tribunal de Contas. Foram ver e era mentira. Uma auditoria revelou que tudo estava nos conformes. Sobra o tal processo-crime. Vamos por partes.
O Presidente da República acusou, julgou e condenou na praça pública a Veneranda Presidente do Tribunal de Contas, Exalgina Gamboa. Crime: Extorsão. Vítimas: Alguns ministros. A condenação proferida por João Lourenço ocorreu no início de 2023, exactamente há dois anos.
Exalgina Gamboa, como a acusação,
julgamento e condenação era ilegal, manteve-se no cargo. Provavelmente
esperando que o Corredor do Lobito fosse tocado por um átomo de bom senso. Não
aconteceu e em Março de
O Presidente da República disse que a Veneranda Presidente do Tribunal de Contas, Exalgina Gamboa, tentou extorquir ministros da sua pandilha. Os ministros existem. Têm boca, tronco e membros. Precisam de dois anos para apresentarem as provas da extorsão? Nem o Adalberto da Costa Júnior, numa das suas diarreias mentais, acredita nisso.
Em dois anos, o Ministério Público ainda não deduziu acusação contra a magistrada jubilada Exalgina Gamboa. Atenção! Estamos perante um processo que é tiro e queda. Os senhores ministros que se queixaram ao chefe têm provas da extorsão ou não têm.
Aqui abre-se o pano a um golpe de teatro. E se Exalgina Gamboa tem provas de que esses ministros meteram as mãos na massa, gataram as contas, abriram buracões nos orçamentos ministeriais? Imaginem que a Veneranda Presidente do Tribunal de Contas chamou-os à pedra e recomendou que parassem de errar as contas e abrir buracões nos orçamentos. E eles, despeitados, queixaram-se ao chefe e inventaram a extorsão.
Ao fim de dois anos ainda não surgiu uma acusação contra Exalgina Gamboa. Ainda não foi aberta a instrução contraditória. Julgamento? Esse já foi feito na praça pública por João Lourenço e o seu condecorado do Maka Angola.
O edifício da Justiça está a
sofrer terríveis marretadas que o deixam abalado, quase
* Jornalista
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