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Segundo o semanário Expresso, os agentes da PSP tiveram alguma dificuldade em circular nos apartamentos, em Lisboa e São Miguel, dada a quantidade de objetos espalhados de forma caótica.
O deputado Miguel Arruda, suspeito de furtar malas em aeroportos, confirmou esta quinta-feira que vai passar a deputado não inscrito, deixando de integrar o Grupo Parlamentar do Chega, e desfiliar-se do partido liderado por André Ventura.
O semanário Expresso revelou que durante as buscas da passada terça-feira nos apartamentos de Arruda, em Lisboa e São Miguel, os agentes da PSP tiveram alguma dificuldade em circular dada a quantidade de objetos espalhados de forma caótica, tendo sido encontradas 17 malas.
Entrava no WC com duas malas e saía só com uma
Mas, afinal, o que se passou? Miguel Arruda foi constituído arguido por suspeitas de furtar bagagens nos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada. Na casa de banho, esconderia a mala furtada dentro de outra de maior dimensão.
As imagens de videovigilância parecem comprovar as denúncias.
Ao que a SIC apurou, nas imagens é possível observar o deputado do Chega a aproximar-se do tapete de bagagens, a pegar em duas malas - na dele e, alegadamente, na de outro passageiro - e a seguir entra numa casa de banho com essas duas malas, saindo apenas com uma.
Suspeita-se que terá colocado a mala mais pequena, propriedade de outro passageiro, dentro da mala maior, e saído do aeroporto como se nada fosse.
Crime punido com pena de prisão até cinco anos
A PSP indicou ainda que Arruda não foi detido, sendo necessário o levantamento da imunidade parlamentar.
O crime de furto qualificado "é punido com pena de prisão até cinco anos ou com pena de multa até 600 dias", estabelece o Código Penal, pelo que o parlamento é obrigado a autorizar o levantamento da imunidade, quando o pedido for enviado pela Justiça.
Miguel Arruda, 40 anos, foi eleito deputado pelo círculo dos Açores nas últimas eleições legislativas, nas quais foi cabeça de lista.
Imagem: Miguel Arruda - Facebook
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