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Pequim, 26 mai (Lusa) -- Mais de seis milhões de norte-coreanos, cerca de um terço da população do país, "estão à beira de morrer de fome" e "necessitam de ajuda urgente", alertou hoje um jornal chinês citando o Programa Alimentar Mundial (PAM).
O alerta coincidiu com a secreta visita à China do líder norte-coreano, Kim Jong-il, "centrada", de acordo com um perito local, na "cooperação económica" e na "assistência chinesa" à Coreia do Norte.
A "escassez de comida" forçou a Coreia do Norte a pedir ajuda externa, disse Zhang Liangui, especialista em assuntos norte-coreanos da Escola Central do Partido Comunista Chinês, citado pelo jornal Global Times.
As estimativas do PAM, divulgadas em março, referiram que a Coreia do Norte necessitará de 450.000 toneladas de alimentos.
Zhang Liangui considerou que "para a comunidade internacional, há sempre um dilema na ajuda à Coreia do Norte".
"Por razões humanitárias, é necessário ajudar as pessoas com fome, mas por outro lado há o receio que a ajuda seja usada pelos militares e pelo governo para financiar o programa de desenvolvimento nuclear", explicou.
O líder norte-coreano chegou na sexta-feira passada à China, na terceira viagem ao país no espaço de um ano.
Como habitualmente, Kim Jong-il viaja num comboio blindado e a viagem não deverá ser confirmada antes de regressar à Coreia do Norte.
Kim Jong-il chegou na quarta-feira a Pequim, onde se encontrou com o Presidente chinês, Hu Jintao, disseram fontes sul-coreanas.
Na capital chinesa, o líder norte-coreano visitou uma empresa de alta tecnologia e a seguir embarcou para o Norte da China, em direção à fronteira entre os dois países, indicaram as mesmas fontes.
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