ODIVELAS
Desde o passado dia 2 que se realiza, em Odivelas, a III Bienal de Culturas Lusófonas, até 21 de Maio.
Em tempo de dificuldades financeiras sérias o município de Odivelas entendeu, e bem na nossa opinião, manter a organização desta Bienal, reunindo no Concelho movimentos e atitudes culturais dos 7 países de língua oficial portuguesa.
Trata-se de um acontecimento que põe Odivelas no centro da Lusofonia, e se isso pode ser importante para os políticos locais, o certo é que é certamente importante para Portugal, desde que este acontecimento não seja um caso isolado, mas antes, enquadrado numa política de cooperação pela divulgação e desenvolvimento do uso da língua portuguesa no mundo.
A importância que isso pode ter no desenvolvimento cultural e económico dos 7 países só será verdade se, de facto, todos eles aderirem sem subterfúgios a esta causa linguística.
A questão está em que a importância da língua portuguesa, como elo de ligação entre estes povos tão diferentes, vai bem mais longe do que os simples salamaleques e anúncio de intenções a que frequentemente se confinam as relações entre os povos da CPLP.
Tanto nos discursos da inauguração da Bienal, como nas palavras que serviram de homenagem a Malangatana e a Lauro Moreira, como na abordagem dos temas do Fórum que decorreu ontem e hoje, foram muitas, boas e bonitas as intenções e as afirmações de cooperação e de entendimento entre todos os presentes.
O conceito de “Uma Nação com 8 Governos” que foi avançado parece-nos algo exagerado, mas como diz o outro, o que vale são as intenções.
Uma nota apenas para o facto de não termos dado ainda por qualquer referência a Goa.
Não faz parte da CPLP, não é uma Nação, mas é um Estado que, integrando a União Indiana, mantém vivo muito do que é a Lusofonia.
Em caso de dúvida é só lá dar um saltinho.
JP Setúbal
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