Agência de notação alerta para novos cortes
Moody's cortou esta 3ª feira o rating da dívida portuguesa em quatro níveis para «Ba2», o que corresponde à categoria de «lixo» (junk). Este nível é considerado «especulativo» e de «não investimento».
Para além do corte, a Moody's mantém uma perspectiva negativa para a dívida portuguesa, o que significa que não está posta de parte a possibilidade de um novo corte da notação.
Na decisão da agência financeira pesaram as dúvidas de que Portugal consiga reduzir o défice e estabilizar a dívida de acordo com as metas inscritas no acordo com a troika.
Citada pela Reuters, a Moody's explica existir um elevado risco de o país vir a precisar de um novo pacote de resgate antes de conseguir regressar aos mercados de capitais, e acrescenta que existe uma probabilidade crescente de Portugal não conseguir financiar-se a taxas de juro sustentáveis nos mercados de capitais na segunda metade de 2013 e por mais algum tempo depois disso.
Ou seja, a Moody's prevê que acontecerá a Portugal o mesmo que aconteceu à Grécia, e considera por isso mais provável que também no caso português os investidores privados venham a ser envolvidos.
A Moody's alerta que Portugal enfrenta um desafio «formidável» já que tem de, simultaneamente, reduzir a despesa, combater a evasão fiscal, estimular o crescimento económico e apoiar o sistema bancário, que no seu entender, pode vir a necessitar de mais ajudas do que aquelas que estão previstas no acordo com a troika.
Esta é a primeira das três grandes agências a classificar como «lixo» a dívida nacional, já que tanto a Standard & Poor's como a Fitch atribuem actualmente à dívida nacional uma nota de BBB-, o último degrau antes de «lixo».
No entanto, a Fitch, que também mantém uma perspectiva negativa para a dívida soberana portuguesa, avisou já que vai rever a sua avaliação, consoante a solução que for encontrada para a situação grega. A S&P, por seu lado, avisou também que a classificação da dívida nacional pode baixar se o país falhar as metas de consolidação orçamental.
De acordo com o analista da Moody¿s, Anthony Thomas, esta perspectiva negativa pode confirmar-se ou ser revista para «estável», dependendo da solução que for encontrada para a Grécia. Para que a perspectiva sobre a dívida portuguesa melhore, avisa, «os políticos europeus têm de mudar a sua atitude em relação aos credores privados». Ou seja, o envolvimento dos credores privados na ajuda à Grécia, através da renegociação dos prazos de pagamento, será muito provavelmente encarado como «incumprimento» por parte da Grécia, seja ele selectivo ou não.
O Governo já reagiu, através do Ministério das Finanças, considerando que a agência não teve em conta o impacto do imposto especial anunciado na semana passada.
Do mesmo modo, também os economistas João Duque e Manuel Caldeira Cabral criticaram a agência, considerando que o corte é injustificado. Luís Nazaré considerou mesmo que, pelas regras do mercado, e dadas as provas de «incompetência», as agências de rating já deviam ter sido «varridas» da cena internacional.
O Estado e as empresas portuguesas pagam nove milhões de euros por ano.
Para além do corte, a Moody's mantém uma perspectiva negativa para a dívida portuguesa, o que significa que não está posta de parte a possibilidade de um novo corte da notação.
Na decisão da agência financeira pesaram as dúvidas de que Portugal consiga reduzir o défice e estabilizar a dívida de acordo com as metas inscritas no acordo com a troika.
Citada pela Reuters, a Moody's explica existir um elevado risco de o país vir a precisar de um novo pacote de resgate antes de conseguir regressar aos mercados de capitais, e acrescenta que existe uma probabilidade crescente de Portugal não conseguir financiar-se a taxas de juro sustentáveis nos mercados de capitais na segunda metade de 2013 e por mais algum tempo depois disso.
Ou seja, a Moody's prevê que acontecerá a Portugal o mesmo que aconteceu à Grécia, e considera por isso mais provável que também no caso português os investidores privados venham a ser envolvidos.
A Moody's alerta que Portugal enfrenta um desafio «formidável» já que tem de, simultaneamente, reduzir a despesa, combater a evasão fiscal, estimular o crescimento económico e apoiar o sistema bancário, que no seu entender, pode vir a necessitar de mais ajudas do que aquelas que estão previstas no acordo com a troika.
Esta é a primeira das três grandes agências a classificar como «lixo» a dívida nacional, já que tanto a Standard & Poor's como a Fitch atribuem actualmente à dívida nacional uma nota de BBB-, o último degrau antes de «lixo».
No entanto, a Fitch, que também mantém uma perspectiva negativa para a dívida soberana portuguesa, avisou já que vai rever a sua avaliação, consoante a solução que for encontrada para a situação grega. A S&P, por seu lado, avisou também que a classificação da dívida nacional pode baixar se o país falhar as metas de consolidação orçamental.
De acordo com o analista da Moody¿s, Anthony Thomas, esta perspectiva negativa pode confirmar-se ou ser revista para «estável», dependendo da solução que for encontrada para a Grécia. Para que a perspectiva sobre a dívida portuguesa melhore, avisa, «os políticos europeus têm de mudar a sua atitude em relação aos credores privados». Ou seja, o envolvimento dos credores privados na ajuda à Grécia, através da renegociação dos prazos de pagamento, será muito provavelmente encarado como «incumprimento» por parte da Grécia, seja ele selectivo ou não.
O Governo já reagiu, através do Ministério das Finanças, considerando que a agência não teve em conta o impacto do imposto especial anunciado na semana passada.
Do mesmo modo, também os economistas João Duque e Manuel Caldeira Cabral criticaram a agência, considerando que o corte é injustificado. Luís Nazaré considerou mesmo que, pelas regras do mercado, e dadas as provas de «incompetência», as agências de rating já deviam ter sido «varridas» da cena internacional.
O Estado e as empresas portuguesas pagam nove milhões de euros por ano.
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