INTRODUÇÃO
A propósito da fome que uma vez mais é divulgada pela imprensa timorense em tétum e a que o SAPO Timor-Leste faz referência por tradução da língua timorense para português – publicado em Página Global – decidimos proceder à reposição de artigos de nossos autores que a seu modo referem contextos que talvez expliquem as razões da existência da miséria e fome em Timor-Leste apesar de ser um país rico e de ter um governo que de ano para ano vem usufruindo de enormes aumentos orçamentais que alega destinarem-se aos benefícios das populações, do desenvolvimento. De toda uma panóplia de promessas que ao fim de quatro anos tem por resultado positivo uma ínfima parte daquilo que se esperava da disponibilidade de tantos milhões. O devaneio tem um nome: Xanana Gusmão. A fome em Timor-Leste tem igualmente esse nome e a de mais uns quantos das elites políticas, empresariais e eclesiásticas que têm beneficiado dos milhões destinados aos timorenses. São os próprios timorenses que o afirmam. São os imensos e inexplicáveis sinais exteriores de riqueza publicamente exibidos por governantes e outros seus próximos que indiciam o desvio de verbas astronómicas pertença do país e causa maior da miséria e fome de imensos elementos da população. É agora anunciado fome em Bobonaro e, alegadamente, as causas prendem-se com problemas climatéricos e efeitos nocivos nas culturas que a terra não dá. Alguma verdade poderá sustentar parte daquela razão mas o miolo das razões não se limitam somente a Bobonaro nem às adversidades climatéricas. Principalmente têm que ver com a inépcia do governo de Xanana Gusmão e do enriquecimento ilícito demonstrado por muitos dos seus pares. Os “desvios” e os milhões poderão não ser tantos quanto os timorenses afirmam mas que fazem falta ninguém duvide. Não existe justificação plausível para os constantes “surtos de fome” que sistematicamente são anunciados na comunicação social timorense – na maior parte das vezes sem eco na imprensa internacional. Muito menos existem razões plausíveis para a constante exibição de miséria que afeta os timorenses, no interior e na própria capital, Díli. À oposição timorense cabe perseguir e expor com maior acuidade os ilicitos, a fome e a miséria que assola o país e dar-lhe a importância devida, o que não parece estar a acontecer com a intensidade e interesse que devia. Podemos e devemos afirmar que a fome em Timor-Leste tem nome: Xanana Gusmão. A ele cabe a responsabilidade porque mais que ninguém pactua com os ilicitos desde sempre, tendo-se feito rodear de individuos apontados desde inicio com mau caráter, "bandidos, vigaristas, desonestos, oportunistas". Assim sendo, o que se podia e pode esperar? Sendo, Xanana, considerado pai da Nação, como alguns o definem, a quem mais apontar a maior responsabilidade pelos desaires que tem vindo a causar aos timorenses? Para quando a honestidade que se esperava daquele líder? (AV)
MISÉRIA, REALIDADE TIMORENSE QUE TEM SIDO ESCAMOTEADA
ANA LORO METAN – reposição*
Nada melhor para se avaliar sobre o crescimento dos filhos como estarmos uns tempos sem os vermos. O mesmo se aplica a um país, à capital desse país, aos bairros dessa capital, às pequenas povoações, às gentes conhecidas de estratos sociais carenciados na actualidade como o eram há dois ou três anos.
Timor Leste está repleto de população carenciada e isso não é o que aparece em reportagens da comunicação social timorense, muito menos na internacional. O governo diz que tudo vai bem, ou quase, faz a sua propaganda, e a principal agência noticiosa estrangeira permanentemente em Díli, a Lusa, alinha com o governo em atitude politicamente correta, cometendo a falta imperdoável de não exercer a sua função mostrando ao mundo e consequentemente aos timorenses com acesso à internet e a noticiários estrangeiros, sobre a realidade do país.
O governo AMP de Xanana Gusmão é uma fraude que tem numa oposição abstinente e quase ausente livre arbítrio para fazer a sua propaganda enganosa, mistificando a realidade do país. Compete à oposição, com mais ou menos deputados no Parlamento Nacional denunciar a realidade. Continua a haver fome em Timor Leste, continuamos a ver o interior do país sem água potável, sem energia eletrica, sem saneamento básico, com grandes problemas nas suas agriculturas familiares e domésticas. Os problemas de saúde são os mesmos de há anos e a subnutrição é numa escala que desafia a imaginação dos governantes que querem fazer-nos acreditar que tudo vai muito melhor e em vias de desenvolvimento. Mas que desenvolvimento podemos tomar em consideração se continuamos a ver timorenses carenciados como há dois ou três anos? A fraude Xanana Gusmão e o seu governo AMP deve ser desmascarada de uma vez por todas. Nem se compreende como a oposição se considera fiel representante dos eleitores que votaram nela se demonstra estar longe da realidade do país, por isso quase nada fazendo para pressionar o governo a pôr cobro às enormes carências do povo do interior.
Na capital já existe a pobreza envergonhada. Existem carenciados de alimentação e de outros consumíveis, de habitação condigna, de emprego (mas isso já sabemos desde sempre) que se calam e fazem todos os possíveis por aparentarem melhor vida. Para isso recorrem à prostituição e a outras práticas marginais em que saciam temporariamente algumas das suas necessidades. Em Díli e em Baucau, pelo menos, há crianças e jovens a prostituírem-se. Adultos, nacionais e estrangeiros, são seus “clientes”. São eles e elas, através da prostituição, que se esforçam por alimentar as famílias. Os timorenses quase nada mais comem que arroz. Peixe, carne e leite é coisa que as crianças quase não conhecem. O leite é quase inexistente em Timor Leste nos hábitos de alimentação.
A miséria na capital ou no resto do país não se resolve com uns parcos subsídios oferecidos pelo governo AMP mas sim enfrentando o problema de raiz, com interesse, honestidade, solidariedade e abnegação, em vez olharem constantemente para os seus umbigos e tomarem medidas avulso que acabam por iludir as populações e mitigar-lhes a subnutrição e o subdesenvolvimento mas não mais que isso. É tempo de exigir aos que estão de posse dos poderes que cumpram as suas funções, as suas promessas. De miséria já basta!
Em poucos dias em Timor Leste, desde que se contactem as populações, sem sofismas ou baias político partidárias, temos oportunidade de constatar a realidade do nosso povo e ver o seu medo de falar, o seu encolher de ombros parceiro do descrédito e da desesperança. Afinal, o que é que Gusmão tem andado a fazer a este povo e a este país? O que é que faz calar a oposição neste caos em que a população vive? Por que só surgem casos pontuais de denuncias às más atuações dos diversos ministérios quando o que acontece na realidade é grave e alarmante? As próprias ONGs, a quem cabe muito mérito em denúncias e ajudas efetivas, talvez se devam aliar sem pruridos, cruzando dados e informações, assim como suas acções no terreno, para mostrar ao mundo e aos timorenses que parecem viver noutro país que há irmãos nossos, timorenses, no nosso país, a sobreviverem em condições deploráveis.
Há uma realidade timorense que tem sido sabiamente escamoteada: a miséria. Por isso se deve perguntar insistentemente para onde têm ido os milhões de dólares, alegadamente empregues no bem-estar e desenvolvimento do povo e do país? Para pôr cobro à miséria não tem sido. Nem por sombras.
Nada melhor para se avaliar sobre o crescimento dos filhos como estarmos uns tempos sem os vermos. O mesmo se aplica a um país, à capital desse país, aos bairros dessa capital, às pequenas povoações, às gentes conhecidas de estratos sociais carenciados na actualidade como o eram há dois ou três anos.
Timor Leste está repleto de população carenciada e isso não é o que aparece em reportagens da comunicação social timorense, muito menos na internacional. O governo diz que tudo vai bem, ou quase, faz a sua propaganda, e a principal agência noticiosa estrangeira permanentemente em Díli, a Lusa, alinha com o governo em atitude politicamente correta, cometendo a falta imperdoável de não exercer a sua função mostrando ao mundo e consequentemente aos timorenses com acesso à internet e a noticiários estrangeiros, sobre a realidade do país.
O governo AMP de Xanana Gusmão é uma fraude que tem numa oposição abstinente e quase ausente livre arbítrio para fazer a sua propaganda enganosa, mistificando a realidade do país. Compete à oposição, com mais ou menos deputados no Parlamento Nacional denunciar a realidade. Continua a haver fome em Timor Leste, continuamos a ver o interior do país sem água potável, sem energia eletrica, sem saneamento básico, com grandes problemas nas suas agriculturas familiares e domésticas. Os problemas de saúde são os mesmos de há anos e a subnutrição é numa escala que desafia a imaginação dos governantes que querem fazer-nos acreditar que tudo vai muito melhor e em vias de desenvolvimento. Mas que desenvolvimento podemos tomar em consideração se continuamos a ver timorenses carenciados como há dois ou três anos? A fraude Xanana Gusmão e o seu governo AMP deve ser desmascarada de uma vez por todas. Nem se compreende como a oposição se considera fiel representante dos eleitores que votaram nela se demonstra estar longe da realidade do país, por isso quase nada fazendo para pressionar o governo a pôr cobro às enormes carências do povo do interior.
Na capital já existe a pobreza envergonhada. Existem carenciados de alimentação e de outros consumíveis, de habitação condigna, de emprego (mas isso já sabemos desde sempre) que se calam e fazem todos os possíveis por aparentarem melhor vida. Para isso recorrem à prostituição e a outras práticas marginais em que saciam temporariamente algumas das suas necessidades. Em Díli e em Baucau, pelo menos, há crianças e jovens a prostituírem-se. Adultos, nacionais e estrangeiros, são seus “clientes”. São eles e elas, através da prostituição, que se esforçam por alimentar as famílias. Os timorenses quase nada mais comem que arroz. Peixe, carne e leite é coisa que as crianças quase não conhecem. O leite é quase inexistente em Timor Leste nos hábitos de alimentação.
A miséria na capital ou no resto do país não se resolve com uns parcos subsídios oferecidos pelo governo AMP mas sim enfrentando o problema de raiz, com interesse, honestidade, solidariedade e abnegação, em vez olharem constantemente para os seus umbigos e tomarem medidas avulso que acabam por iludir as populações e mitigar-lhes a subnutrição e o subdesenvolvimento mas não mais que isso. É tempo de exigir aos que estão de posse dos poderes que cumpram as suas funções, as suas promessas. De miséria já basta!
Em poucos dias em Timor Leste, desde que se contactem as populações, sem sofismas ou baias político partidárias, temos oportunidade de constatar a realidade do nosso povo e ver o seu medo de falar, o seu encolher de ombros parceiro do descrédito e da desesperança. Afinal, o que é que Gusmão tem andado a fazer a este povo e a este país? O que é que faz calar a oposição neste caos em que a população vive? Por que só surgem casos pontuais de denuncias às más atuações dos diversos ministérios quando o que acontece na realidade é grave e alarmante? As próprias ONGs, a quem cabe muito mérito em denúncias e ajudas efetivas, talvez se devam aliar sem pruridos, cruzando dados e informações, assim como suas acções no terreno, para mostrar ao mundo e aos timorenses que parecem viver noutro país que há irmãos nossos, timorenses, no nosso país, a sobreviverem em condições deploráveis.
Há uma realidade timorense que tem sido sabiamente escamoteada: a miséria. Por isso se deve perguntar insistentemente para onde têm ido os milhões de dólares, alegadamente empregues no bem-estar e desenvolvimento do povo e do país? Para pôr cobro à miséria não tem sido. Nem por sombras.
Relacionado: 2010, O ANO DE TODOS OS ROUBOS
Ontem: XANANA GUSMÃO É O NOME DA FOME EM TIMOR-LESTE
*Reposição de artigo publicado em TIMOR LOROSAE NAÇÃO – diário, em 28 de dezembro de 2010
1 comentário:
Cara Ana Loro Metan,
Aqui a Lucrécia ainda se lembra que os armazéns do governo, em 2006, estavam cheios de arroz, oferecido pela China para o programa de lanche escolar e que o governo anterior não teve capacidade de distribuir, nem deixar distribuir. Estavam à espera das eleições para distribuir o arroz e ganhar as eleições.
Infelizmente esses armazéns foram saqueados e só uma parte a Lucrécia andou a distribuir pelos IDPs. O restante do arroz do armazém de Bebonuk, foi roubado pelos próprios funcinários do Ministério da Solidariedade. Infelizmente, mais valia que tivesse sido roubada e usado pela população. O Arsénio Bano sabe bem daquilo que a Lucrécia fala.
Beijinhos da Querida Lucrécia
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