ANGOLA PRESS
Díli - O Presidente timorense, José Ramos-Horta, disse hoje (segunda-feira) esperar que o pós-Kadhafi na Líbia seja diferente do Iraque e do Afeganistão, referindo que nestes países a violência étnica, religiosa e tribal sucedeu à tirania.
"Espero é que no pós-Kadhafi a Líbia possa encontrar a paz e a tranquilidade, diferentemente da situação no Iraque ou Afeganistão em que o fim de uma tirania segue-se com contínua violência étnica, religiosa, tribal", afirmou à agência Lusa Ramos-Horta.
Para o Presidente da República de Timor-Leste, o "fim de Kadhafi não significa necessariamente estabilidade, paz e justiça na Líbia".
"É preciso que os novos dirigentes que surgirem, esperemos, das próximas eleições a haver na Líbia, tenham na visão sentido de Estado, coragem de reconciliar, de reunir e unir toda a família Líbia para uma Líbia pacífica e livre", sublinhou.
Ramos-Horta falava à agência Lusa no aeroporto Nicolau Lobato, em Díli, momentos antes de partir para uma visita à Coreia do Sul, onde vai participar como orador numa conferência.
Os rebeldes lançaram uma ofensiva contra a capital líbia no domingo, e ocuparam a praça central de Tripoli, alegando ter assumido o seu controlo.
Segundo fonte diplomática hoje citada pela agência noticiosa AFP, o coronel Mummar Kadhafi continua na sua residência em Tripoli.
A estação de televisão Al-Jazira adiantou, no entanto, que os rebeldes líbios, que ocupam a quase totalidade de Trípoli, continuam sem saber o paradeiro de Kadhafi e adianta que ainda existem "bolsas de resistência" na capital, estimando que "entre 15 e 20 porcento" da cidade continue sob controlo do regime.
*Foto Reuters
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