segunda-feira, 24 de outubro de 2011

CGTP - PORTUGAL VIVE “MAIOR PERIGO DE RETROCESSO SOCIAL” DESDE O 25 DE ABRIL




Económico com Lusa

Carvalho da Silva disse hoje que, depois da "ocupação" de Portugal pela troika, "só falta haver forças militares" estrangeiras no País.

"Estamos perante, julgo que sem sombra de dúvidas, o maior perigo de retrocesso social e civilizacional que o país vive desde a queda da ditadura, não temos no período da democracia nenhuma situação que se compare a esta", afirmou.

O líder sindical falava aos jornalistas no final de uma reunião com o coordenador do BE, Francisco Louçã, na sede daquele partido.

Para Manuel Carvalho da Silva, as medidas previstas no Orçamento do Estado para o próximo ano são "uma catadupa de decisões que estão a afundar o país" e o Governo esconde que está "a desenvolver políticas que levam ao desastre a que hoje se assiste na Grécia".

"Há aqui uma subversão, uma intervenção política de cariz profundamente neoliberal e neoconservadora que não vê outra saída para o país que não seja reduzir o nível de vida dos portugueses e sacrificar o povo e nesse sentido é um processo de negação da transformação, é um processo revolucionário no pior sentido", considerou.

O secretário-geral da CGTP considerou que o acordo assinado com a ´troika' representa "uma ocupação" do país e que "só falta haver forças militares" estrangeiras em Portugal.

"Estamos perante perigos muito grandes, quer em relação as condições de trabalho, quer em relação as condições de vida, designadamente direitos sociais, não há democracia num país sob ocupação e nos estamos, neste momento, sob ocupação, só falta haver forças militares", referiu.

Carvalho da Silva notou ainda que os trabalhadores da administração pública e do sector privado estão a "perder direitos que têm ligação com factores estruturantes da própria democracia e portanto do patamar de desenvolvimento que o país alcançou".

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