Foto de José Martins, em Aqui Tailândia |
PNE - LUSA
Banguecoque, 07 nov (Lusa) - Cerca de quatro milhões de toneladas de lixo deverão ser recolhidas em Banguecoque quando as autoridades conseguirem drenar a água contaminada que avança para o coração financeiro da cidade, informa hoje a imprensa local.
Há mais de duas semanas que os camiões do lixo não conseguem aceder aos distritos inundados no norte e oeste da capital tailandesa e poderá levar mais de um mês até se conseguir drenar a água até ao mar.
As inundações estão a afetar cerca de nove milhões de residentes de Banguecoque.
Pelo menos 500 mil veículos estão total ou parcialmente submersos e milhares de residentes deixaram os seus carros nas autoestradas elevadas e em edifícios, procurando salvá-los das inundações.
Toneladas de água contaminada avançam lentamente em direção ao coração financeiro de Banguecoque e já chegaram à área de Chatuchak, provocando o encerramento da estação de comboio elevado do extremo norte da linha.
Até ao momento ainda não houve registo de epidemias, apesar de todos os dias ocorrerem 200 novos casos de diarreia e as infeções por fungos e outras doenças derivadas da falta de qualidade da água se multiplicarem nos centros que acolhem mais de 100 mil desalojados só em Banguecoque, de acordo com o Governo tailandês.
"Estamos preocupados com as condições higiénicas. Em alguns centros de acolhimento temos assistido a surtos de diarreia e tem havido dificuldades no fornecimento de água potável aos desalojados", afirmou o diretor do Departamento de Emergência da organização não-governamental "Save the Children", Stephen MacDonald.
Estas inundações, consideradas as piores registadas na Tailândia em mais de meio século, causaram 506 mortos e mais de dois milhões de desalojados, tendo sido retiradas mais de 200 mil pessoas em 25 províncias e em Banguecoque.
O Governo de Yingluck Shinawatra tem sido criticado pela falta de descoordenação com as autoridades locais e prestação de informação confusa e tardia às populações afetadas.
O desastre iniciou-se em julho com cheias na zona norte e central do país causadas pelas fortes chuvas de monção e de três tempestades tropicais.
*Ver também, no Aqui Tailândia: INUNDAÇÕES NA TAILÂNDIA: À VOLTA DE MINHA CASA
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