Em Timor-Leste, a FRETILIN, faz saber em comunicado, redigido em português na página FRETILIN MEDIA, que o Parlamento Nacional votou a favor da reprovação de um financiamento de 200 milhões de dólares do OE para 2012 destinado a uma suposta empresa de investimento estatal.
O teor do comunicado é o seguinte:
PARLAMENTO VETA INICIATIVA DO GOVERNO
PARA A CRIAÇÃO DE EMPRESA DE INVESTIMENTO DO ESTADO
Uma convergência entre os partidos com assento no Parlamento de Timor-Leste derrotou uma tentativa do governo de facto de Xanana Gusmão, de criar uma companhia de investimento estatal financiada pelo fundo nacional de petróleo.
O Parlamento votou hoje a favor de uma moção da FRETILIN, PD (Partido Democrata), e do PUN (Partido de Unidade Nacional) para excluir da lei do Orçamento de Estado para 2012 uma proposta do governo de Xanana Gusmão, para a criação de uma sociedade de investimento de total propriedade do Estado, com um capital inicial de $ 200 milhões de dólares americanos.
O deputado e porta-voz da FRETILIN, José Teixeira, disse hoje que a moção foi bem-sucedida e que foi coassinada pelo ex-vice-primeiro-ministro e fundador do Partido Social Democrata (PSD), Mário Carrascalão, e aprovada por uma maioria de deputados de quatro partidos, incluindo dois do partido da coligação governativa do Sr. Gusmão. Cinco deputados do próprio partido do Sr. Xanana Gusmão, CNRT, abstiveram-se na votação.
"O voto foi para combater a proposta de retirar 200 milhões de dólares americanos do Orçamento do Estado para 2012, este montante iria ser retirado do fundo do petróleo para capitalizar a Companhia Nacional de Investimento de Timor Leste (CNIT)," disse o Sr. Teixeira.
"O governo de Xanana Gusmão afirmou que a CNIT seria modulada nos termos da empresa de Singapura, da qual o governo (de Singapura) é proprietário, Temasek Holding Company ", disse o Sr. Teixeira.
"No entanto, os deputados de todos os partidos, incluindo do próprio partido do primeiro-ministro, CNRT, expressaram as suas preocupações sobre o enorme montante de dinheiro envolvido, a falta de transparência, e a falta de detalhes sobre como a empresa seria gerida e os seus investimentos propostos.
"Muitos deputados também questionaram a ausência de uma base legal transparente para a proposta. O governo aprovou um decreto-lei para criar a empresa, o qual nós argumentamos que deveria ter vindo ao parlamento.
"O governo não ofereceu qualquer estudos de viabilidade em relação aos investimentos, ou disse em quê que a empresa iria investir".
"Muitos deputados são da opinião de que seria melhor se o dinheiro fosse investido em sectores vitais como a saúde, educação e agricultura, uma vez que estas áreas juntas , apenas recebem cerca de dez por cento do orçamento total", acrescentou o Sr. Teixeira.
O Debate sobre a lei do Orçamento do Estado para 2012 vai continuar até ao final desta semana.
*Para informação adicional ligue a José Teixeira +670 728 7080
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