sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Contratos de financiamento com Portugal têm falta de liquidez -- ministro Finanças de Angola



EL - Lusa

Os contratos de financiamento estabelecidos entre Angola e Portugal estão com falta de liquidez, disse hoje em Luanda o ministro angolano das Finanças.

Carlos Lopes, que falava na conferência de imprensa que marcou o final da missão de avaliação do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Angola, respondia a uma pergunta da Agência Lusa sobre quais as medidas que o governo angolano está a considerar adotar para fazer face ao efeito de contágio da crise internacional.

"Hoje, sentimos, por exemplo, que os contratos de financiamento estabelecidos com Portugal se não resultam em alguma falta de liquidez, acusam uma certa perda de competitividade, pelo facto da outra parte estar a elevar a taxa de juro", disse.

Para enfrentar esta situação, Angola está a considerar "reorientar" a procura de financiamento noutros mercados, incluindo internamente.

"Este é um aspeto que nos leva a pensar reorientar a nossa geografia em termos de captação de poupança internacional, por um lado, mas por outro lado olhar também para o nosso mercado interno, e estabelecermos contratos mútuos com bancos da nossa praça, que já vão tendo alguma liquidez para financiar programas, sobretudo de investimentos públicos", acrescentou.

Segundo Carlos Lopes, as autoridades angolanas estão atentas à evolução da crise internacional, nomeadamente nos mercados norte-americano e da União Europeia.

"É evidente que estamos atentos ao comportamento da economia nos Estados Unidos e na União Europeia, e por este facto, por via da Comissão Económica da Comissão Permanente do Conselho de Ministros, montámos um observatório que nos permite estar atentos às ameaças provenientes de choques externos e, em devido tempo, podermos assegurar internamente as medidas necessárias e suficientes para conter estes tais efeitos", frisou.

Este observatório efetua reuniões semanais, concluiu.

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