Virgílio Bambo – Notícias (mz)
Dados preliminares apresentados ontem ao ministro da Agricultura José Pacheco, no quadro da sua digressão pela província de Gaza, para se inteirar do cumprimento das actividades emanadas para aquele sector, e particularmente avaliar “in loco” o impacto negativo das recentes chuvas ciclónicas, indicam que mais de 17 mil hectares de culturas diversas ficaram inundadas, devido a passagem do ciclone “Dando”.
Refira – se que os efeitos daqueles desastres naturais se incidiram com maior gravidade sobretudo nos distritos de Bilene, Chibuto, Xai-Xai, Manjacaze, Chókwè, Mabalane e Massingir.
Na sequência daquelas intempéries, os principais rios que atravessam, ou limitam a província, designadamente o Limpopo, Incomati, Elefantes, transbordaram, tendo afectado também zonas de pasto e pequenos sistemas de irrigação.
A mesma intervenção, desta feita no capítulo epidemiológico dos animais, a eventual eclosão de pragas e doenças nas culturas, e a necessidade de se fazer um levantamento mais circunstanciado da situação prevalecente, constitui um das prioridades de momento para o sector da Agricultura em Gaza.
Para se fazer face aos estragos causados nas culturas, segundo indica a informação apresentada ao ministro Pacheco, pelo director provincial da Agricultura Ernesto Paulino, uma atenção especial deverá ser dada a segunda época, através da disponibilização atempada de sementes sobretudo de hortícolas por forma a se mitigar possíveis bolsas de fome.
Falando a jornalistas, no final do conselho consultivo que manteve com a Direcção Provincial da Agricultura de Gaza, em Xai-Xai, José Pacheco, disse ter se deslocado àquela região com o principal propósito de junto dos principais intervenientes no processo produtivo avaliar as melhores formas de cumprimento das metas definidas para a presente temporada agrícola face à contingência imposta pelas calamidades naturais.
“Há condições para fazermos face a estes desafios, principalmente porque o factor humano é determinante neste processo, porque felizmente, possuímos reservas suficientes de sementes para a reposição das áreas perdidas”disse Pacheco.
Aquele governante que termina amanhã a sua visita de trabalho de 2 dias à Gaza, que o levou sucessivamente aos distritos de Xai-Xai, e Chókwè, privilegiou na sua agenda de trabalhos ontem ao regadio do Baixo Limpopo, onde teve a oportunidade de visitar as áreas do produtores moçambicanos e da empresa chinesa, que se dedica à produção de arroz, numa área de pouco mais de 300 hectares.
Hoje, o dia está reservado a trabalhos de avaliação dos estragos causados no regadio de Chókwè.
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