A reacção é do Primeiro Ministro Patrice Trovoada, em relação a denúncia feita pelo partido PCD, após encontro com o Presidente da República. O PCD denunciou o facto dos quadros técnicos ligados ao partido estarem a ser expurgados da função pública, num acto de marginalização e perseguição do Governo.
O Chefe do Governo disse que quando olha para um funcionário público não vê a cor política. «Não sei dizer quando olho para um funcionário de que partido é que ele é. Eu acho que os Ministros, e o Governo procuramos saber se ele é bom, se ele precisa de apoio, se ele é honesto, é leal institucionalmente, se ele é competente», referiu o Chefe do Governo, no aeroporto internacional de São Tomé quando viajava na última sexta feira com destino ao Chade.
Patrice Trovoada acrescentou que «nesse país ninguém é dono do seu cargo, as pessoas vão para um cargo mesmo que tenham um bom desempenho, depois de alguns anos é bom mudar, o que estamos a fazer é sem perseguição, sem olhar para cor politica, São Tomé e Príncipe é de nós todos, e não é com esse governo que haverá perseguição politica», sublinhou.
O Primeiro Ministro considera que o PCD está a fazer intrigas. «Eu sou politico e eu sei que estamos no mundo das intrigas, e quando PCD diz que apela os seus militantes a calma, eu não sei se está apelar os militantes à calma, ou se a suscitar uma revolta bem infundada por parte dos militantes do PCD, eu tenho muito respeito pelos militantes do PCD, eu tenho respeito pela diferença de ideias, e nunca serei, contrariamente a outrem, um político que persegue os outros», concluiu.
No entanto na última semana a Direcção do Hospital Ayres de Menezes foi demitida em bloco. O Director Geral José Luís e a Directora Clínica Feliciana de Almeida técnicos de saúde alegadamente próximos do PCD, foram demitidos sem qualquer justificação.
Pelo que o Téla Nón apurou só nos últimos meses, cerca de uma dezena de quadros técnicos são-tomenses que militam ou são simpatizantes do PCD, foram demitidos da função pública.
Abel Veiga
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