... aos operários guineenses retidos na ilha
Açoriano Oriental - Lusa, com foto
O presidente da Câmara do Corvo, Manuel Rita, afirmou hoje que os serviços de ação social dos Açores estão dispostos a pagar a viagem para Lisboa aos 11 operários guineenses retidos na ilha com salários em atraso.
Manuel Rita, em declarações à Lusa, revelou que os trabalhadores, da empresa 'Distância Viva', receberam a visita de uma funcionária daqueles serviços, que lhes ofereceu apoio para poderem sair dos Açores na sequência dos atrasos no pagamento dos ordenados.
"Ela ofereceu-se para dar 200 a 250 euros a cada trabalhador para pagarem as passagens de regresso a Lisboa", afirmou o autarca socialista, acrescentando não saber ainda se os operários aceitaram a proposta.
Manuel Rita salientou que os 11 trabalhadores guineenses continuam a comer e dormir nas instalações da empresa 'Castanheira e Soares', para quem a 'Distância Viva' trabalhava em regime de sub-empreitada.
"A comida e a dormida continuam a estar asseguradas", garantiu o autarca, frisando que os trabalhadores "não vão passar fome no Corvo".
Os 11 operários guineenses estavam a trabalhar em quatro obras que estão a decorrer na mais pequena ilha dos Açores, todas adjudicadas à empresa 'Castanheira e Soares'.
Duas das obras envolvem caminhos municipais e são da responsabilidade da Câmara de Vila do Corvo, enquanto as duas restantes, na Estrada Leste e no Centro de Processamento de Resíduos, foram lançadas pelo Governo Regional.
A empresa 'Castanheira e Soares' enfrenta problemas financeiros e avançou com um pedido de insolvência no Tribunal de Santa Cruz das Flores, a 24 de janeiro, por falta de liquidez, alegando "falta de pagamento por parte de entidades adjudicatárias", a "contração do mercado" e cortes na concessão de crédito por parte da banca.
Contactado pela Lusa, João Decq Mota, da União de Sindicatos da Horta, salientou que esta estrutura sindical tem estado a acompanhar este caso, embora não tenha recebido até agora qualquer pedido de ajuda ou de intervenção neste processo.
Sem comentários:
Enviar um comentário