sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

DUARTE MARQUES, O CRENTE JOTA LARANJA




Carlos Fonseca - Aventar

O processo de deterioração de qualidade dos políticos, sobretudo no chamado ‘arco do poder’, desenvolve-se também ao nível dos “jotas”. De resto, afirmou-se como fenómeno natural na política portuguesa. Coelho, Portas e Seguro mais não são do que a emanação do cinzentismo jota. Sócrates teve igual origem. Duarte Marques, que a bloquista Ana Drago dizimou na AR há dias, continua na caminhada da inconsciência ou da demagogia. Defende a parda criatura que o combate ao desemprego é uma questão de fé.

A teoria da fé sobretudo ganhou sentido no domínio das crenças religiosas. Mas, no rigor do conceito científico e em propósitos da vida humana, fé é apenas isto; ou seja, a proclamação do jovem Marques, presidente da JSD, reduz-se a uma alegação sem a mínima racionalidade. Ao contrário do que o “jota” laranja defende, o desemprego vence-se por acções concretas e força da vontade humana, quando empenhada em projectos de desenvolvimento em que políticos e sociedade conjuguem estratégias apropriadas. Não é obra da ‘troika’ e menos ainda do governo que, na austeridade e recessão, ultrapassa aquela.

Caso o discurso do jovem Marques seja uma convicção, complementada com a noção de que “os cidadãos mais velhos”, milhões dos quais já só têm muito pouco ou nada a dar, “têm de abdicar de direitos a favor dos mais novos”, estamos perante um caso de insanidade mental. De alguém, e vá lá saber-se como!, já foi assessor em Bruxelas e se projectou na liderança da JSD em Outubro passado.

Jovens destes são, de facto, velhos, velhos, velhos… e com eles o País não avançará social e economicamente.

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