SIC Notícias - Lusa
O antigo Presidente da Guiné-Bsisau Kumba Ialá pediu hoje desculpa ao povo guineense por "eventuais erros cometidos " no seu mandato como chefe de Estado entre 2000 a 2003, quando foi derrubado num golpe de Estado.
Em conferência de imprensa na sede do Partido da Renovação Social (PRS), em Bissau e perante militantes entusiastas, Kumba Ialá afirmou que pede desculpa "de forma solene" por estar consciente de que durante o seu mandato terá cometido de forma direta ou indireta "situações menos abonatórias".
"Quero, no entanto, garantir ao povo guineense de que o Kumba Ialá que hoje se vos apresenta apreendeu com os erros do passado. Sou hoje um cidadão que se redimiu consigo próprio", observou o ex-chefe de Estado guineense.
Kumba Ialá disse ainda ter tomado esta decisão como primeiro gesto antes de se apresentar novamente como candidato à presidência da República nas eleições presidenciais antecipadas de 18 de março.
"Achei ser meu dever pedir humildemente perdão ao meu povo, porque eu, pelo meu lado, ao redimir-me comigo mesmo, perdoei a todos aqueles que no passado tiveram de alguma forma atitudes com os quais não me conformei", notou Kumba Ialá.
Candidato pelo PRS e ainda "de toda a oposição democrática", nas presidenciais de 18 de março, Kumba Ialá reafirmou que "se as eleições forem transparentes e justas" vai ganhá-las "sem problema".
"Não existe nenhum político neste país capaz de discutir a essência do Estado comigo", sublinhou Kumba Ialá, anunciando as suas tarefas imediatas se for eleito Presidente da República.
Kumba Ialá diz que vai propor a criação de uma comissão Nacional da Verdade, Justiça e Reconciliação para averiguar os crimes ocorridos no país desde a independência a esta parte, a reforma do setor da Defesa e Segurança, o combate à corrupção e à droga, entre outros.
Falando especificamente sobre a reforma do setor da Defesa e Segurança, Kumba Ialá diz ser contra a reforma "que vise determinadas pessoas", mas é pela reforma "dos mais velhos e dos inaptos", aos quais, disse, devem ser criadas condições condignas para irem para a vida civil.
Questionado sobre a sua visão em relação a cooperação entre a Guiné-Bissau e Angola, Kumba Ialá disse apenas que os dois países "são irmãos" devido à história comum que os une desde a luta pela independência contra o mesmo colonizador.
Kumba Ialá deve apresentar a candidatura ao Supremo Tribunal de Justiça na próxima semana.
1 comentário:
Kumba lala, ou Kay Rala, sao todos os mesmos e tem que pedir desculpa aos seus respectivos povos sim.
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