O Página Global tem abraçado a divulgação da luta da Nação Lunda pela autonomia como opção alternativa de dar voz aos que são relegados para o silêncio pelas Agências de Informação que servem fielmente os objetivos traçados por governos que nos deixam sérias dúvidas sobre as suas práticas democráticas.
Ao serviço desses governos encontramos chamados jornalistas que recheiam a comunicação social em postura de atentos, venerandos e obrigados a serem meros escribas de “verdades” oficiais de sistemas políticos degradantes e desrespeitosos do direito de formar e informar que deve sempre assistir os que compõem as redações de órgão de comunicação social. A nosso ver a luta pacifica e até hoje perceptivelmente democrática em defesa da Nação Lunda tem tido por destino o silencio das agências de informação de Angola e/ou de Portugal. Nada de novo nesta atitude porque o servilismo da Angop e da Lusa é por demais conhecido em relação ao governo corrupto e assassino de JES-MPLA. Só não calam o que é por demais evidente ser impossível de calar.
Esses escribas, operativos constituintes dessas e de outras agências, tementes de “perderem os empregos”, vêm adulterando de forma grave os seus desempenhos profissionais, cometendo o pecado de contribuírem para muitos dos défices de democracia que constatamos existirem em imensos países do mundo. E em Angola também, principalmente. Jornalistas?
Por toda esta semana o Página Global vai libertar e publicar textos de divulgação referentes à Nação Lunda que acumulámos por via de anomalias que tivemos e nos dificultavam o manuseamento do blogue. Por essa razão pedimos aos nossos leitores que não estranhem deparar com textos mais longos do que é habitual. Sugerimos que se interessem em compreender a luta pela autonomia da Nação Lunda. (Redação PG)
ACTIVISTA POLITICO E PRISIONEIRO DE CONSCIENCIA DO MANIFESTO DO PROTECTORADO DA LUNDA PRESO ILEGALMENTE NA KAKANDA ESTA GRAVEMENTE DOENTE
O Activista Politico e Prisioneiro de Consciência do Manifesto do Protectorado da Lunda Tchokwe, Senhor José Muteba, esta gravemente doente na cadeia da Kakanda no Dundo, onde esta a cumprir uma prisão ilegal por ter reivindicado Autonomia Administrativa, Económica e Jurídica da Nação Lunda Tchokwe.
José Muteba esta internado no posto de saúde do estabelecimento prisional, sem os mínimos cuidados médicos e medicamentosos. Esta a defecar e urinar sangue, encontra se moribundo por falta de alimentação e outros cuidados.
A situação deste ACTIVISTA E PRISIONEIRO DE CONSCIÊNCIA é grave ainda, porque o posto de saúde não tem medicamentos, a única solução plausível seria a sua transferência para o Hospital Provincial.
Em 2010, neste mesmo estabelecimento prisional, faleceu um outro Activista, Muatxihina Chamumbala, que não havia sido acusado nem julgado, mas que o governo enterrou o mesmo sem a presença da sua família.
Continuam ilegalmente presos nesta unidade outros Activistas, para além de José Muteba, Domingos Henrique, António Silva Malendeca, Sebastião Lumani, Eugénio Mateus Sangoma e Alberto Mulozeno. A lei 7/78 Crimes Contra a Segurança do Estado a que foram acusados já foi revogada em 2010.
Os apelos e esforços dos Advogados e as Instituições de direitos Humanos ao poder judiciário angolano, para serem libertados não são atendidos.
Comissão do Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda Tchokwe
TRIBUNAL DA LUNDA-NORTE, CONDENA ACTIVISTAS DO MANIFESTO DO PROTECTORADO DA LUNDA NA PENA DE UM ANO E SEIS MESES, SEM TEREM COMETIDO CRIME
No dia 13 de Fevereiro de 2012, no município do Lucapa, a Polícia local raptou 2 elementos membros e activistas do Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda, trata-se dos Srs. Eugénio Mateus Sangoma Lopes e Alberto Mulozeno.
Fontes no local haviam comunicado a CMJSPL que um agente dos serviços secreto do regime estava infiltrado no secretariado Município do Manifesto, o Sr Orlando que também foi raptado juntamente com os dois acima indicados (simulação do SINSE), que dias depois foi solto sem explicação.
Ontem dia 13 de Junho, o tribunal da Lunda-Norte, condenou os dois membros do Manifesto do Protectorado da Lunda a uma pena de um(1) ano e seis (6) meses, sem a presença dos Advogados de defesa , porque o Tribunal não os havia notificado sobre o julgamento.
Pesa sobre eles o crime de serem filhos da Lunda Tchokwe e pertencerem ao Movimento que reivindica a Autonomia Administrativa, económica e Jurídica.
Continuam ilegalmente presos, mais de (10) Activistas, todos com o crime de terem REIVINDICADO A AUTONOMIA DA LUNDA TCHOKWE, que o regime considera contra a segurança do estado, previsto no artigo 26º da Lei 7/78, revogado em 2010.
O poder judiciário angolano continua a ser manietado, sem capacidade para fazer justiça e defender o direito real e justo.
Infelizmente o Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda, vai continuar a sua luta pacifica, reivindicando o direito natural e legitimo do povo Lunda Tchokwe.
Comissão do Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda Tchokwe
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