CSR/SBR - Lusa
Lisboa, 04 set (Lusa) -- Mais 56 professores portugueses assinaram hoje em Lisboa contratos para formar docentes em Timor-Leste, no âmbito de um projeto de cooperação, disse hoje o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação.
"Este é o quarto e último grupo [de professores], sendo o maior com 56 professores", declarou Luís Brites Pereira à agência Lusa.
Estes docentes estão inseridos no Projeto de Formação Inicial e Contínua de Professores de Timor-Leste, uma parceria estabelecida entre Díli e Lisboa.
"No fundo, isto assenta num modelo inovador (...). Encontrou-se um modelo no qual há partilha de gestão do projeto, mas, sobretudo, no que diz respeito ao financiamento, há uma partilha também. Timor-Leste financia 59 por cento do projeto e é essa a inovação", destacou Brites Pereira.
O secretário de Estado acrescentou que este projeto demonstra que o Governo português "está a procurar soluções para a cooperação, mesmo nos dias que correm".
"Do lado português, conseguimos cumprir orçamentos bastantes exigentes", frisou, considerando que projetos como este mostram o "reconhecimento da qualidade e da mais valia que a cooperação portuguesa tem na área de educação".
Os contratos foram assinados entre os professores, o Camões -- Instituto da Cooperação e da Língua e o Ministério da Educação de Timor-Leste, numa cerimónia que decorreu esta tarde, presidida por Brites Pereira e pela presidente do Camões, Ana Paula Laborinho, na sede do instituto, em Lisboa.
O grupo de 56 professores vai juntar-se aos demais docentes portugueses que já estão no país asiático lusófono, tendo os primeiros chegado ao país em maio.
"Conseguimos colocar 148 professores, o que significa duplicar o número de professores do anterior projeto", compara Ana Paula Laborinho, realçando "o contributo para a internacionalização das universidades" nacionais. No ano passado, 70 professores portugueses foram enviados para Timor-Leste.
Além dos 148 professores previstos no projeto de cooperação com Portugal, Timor-Leste vai recrutar outros 25 docentes, perfazendo um total de 173 para este ano.
Oriundos de várias universidades, os professores são maioritariamente jovens, mas há também alguns com experiência, inclusive de terreno.
O projeto de cooperação está orçado em 23,7 milhões de euros, durante três anos, adiantou o secretário de Estado.
A "novidade" é o "envolvimento das autoridades locais", resumiu a presidente do Camões. "É um projeto diferente, o anterior era desenhado totalmente por Portugal, agora temos o contributo de Timor-Leste e foram as autoridades timorenses que escolheram os seus parceiros, entre os quais está Portugal", referiu.
"O modelo de envolvimento dos próprios países no pacote financeiro e no desenho do projeto tem tendência para ser replicado. Esse é o desejo de alguns países e nós trabalharemos nesse sentido", adiantou.
3 comentários:
Engraçado, eu concorri, fiz o exame obrigatório e depois não fui chamada para a prova de avaliação psicológica, tendo sido chamados colegas com nota de prova escrita inferior à minha (inclusive pessoas com 9,5). Questionei o Camões, resposta obtita: prioridade a professores empregados!! Ridiculo, e os desmpregados ficam para último, não é?? Uma professora que tira 9,5 estará mais capacitada para ensinar português do que os colegas que tiraram nota superior??
É o país que temos. Pensei que o Instituto Camões fosse uma entidade competente.
“Uma professora que tira 9,5 estará mais capacitada para ensinar português do que os colegas que tiraram nota superior??”
Cuitado dos timorenses! O mundo dá voltas. Outrora foram enviados de Portugal ladrões eassaltantes de banco para ‘desenvolver’ Timor-Leste e com este foram alguns professores que mal acabaram de fazer o curso do magistério (com ou experiência minima) para ensinar timorenses, resultando daí com educação básica aos timorenses. Anos depois estamos a ver o Camões, instituto que se orgulha no desenvolvimento, capacitação e disseminaçõ da língua portuguesa, volta a repetir a mesma porcaria. Sera que este instituto tem alguma coisa que ninguêm vê?
O exame obrigatório era sobre que matéria?
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