PR angolano pede a
homólogo moçambicano que analise crise na RDCongo
29 de Novembro de
2012, 09:30
Maputo, 29 nov
(Lusa) - O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, enviou para Maputo o
seu secretário do Estado para as Relações Exteriores para "auscultar a
opinião" do Presidente moçambicano, Armando Guebuza, sobre a crise na
República Democrática do Congo.
Em declarações à
imprensa, após se ter encontrado, na quarta-feira, com Armando Guebuza, o
secretário do Estado para as Relações Exteriores angolano, Manuel Augusto,
afirmou que José Eduardo dos Santos considera importante o papel do Presidente
moçambicano na resolução da crise congolesa, na qualidade de presidente em
exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
"A situação
preocupa todos os países africanos. Por isso, viemos auscultar a opinião do
Presidente Guebuza na sua qualidade de presidente da SADC na busca de meios
para alcançarmos uma paz duradoira na RDCongo", disse Manuel Augusto.
A crónica
instabilidade naquele país dos Grandes Lagos agravou-se nos últimos dias, após
o movimento rebelde M23, supostamente apoiada pelo Ruanda, ter ocupado a cidade
de Goma, no leste do país.
A SADC já declarou
que não aceitará situações de ocupação de território da RDCongo, que é membro
da organização austral.
PMA // VM.
Estados-membros do
Golfo da Guiné encorajados a combater tráfico de drogas
29 de Novembro de
2012, 21:15
Luanda, 29 nov
(Lusa) - Os Estados-membros da Comissão do Golfo da Guiné foram hoje
encorajados a elaborar políticas e estratégias comuns para o combate à produção
e tráfico de drogas, uma das principais preocupações que afecta a região.
O apelo consta da
Declaração de Luanda, saída da conferência internacional sobre o Golfo da
Guiné, que durante dois dias decorreu em Luanda, com a participação de entidades
políticas e académicas, e sublinha igualmente a preocupação com o facto de os
territórios dos Estados-membros servirem de rota de tráfico para outras regiões
de substâncias psicotrópicas.
Nesse sentido, os
Estados-membros são exortados a apoiar, "sem reservas e em todas as
circunstâncias, os processos tendentes ao estabelecimento da paz" naquela
região.
Na declaração, os
participantes no encontro foram igualmente instados a desenvolverem acções
concretas que visam a materialização do "Pacto de Não Agressão e de Defesa
Comum da União Africana", para promover a cooperação e não agressão entre
Estados.
O documento indica
ainda que os países integrantes da região do Golfo da Guiné, nomeadamente Angola,
Camarões, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, Nigéria, Gabão, República
Democrática do Congo e República do Congo, devem trabalhar em conjunto para a
implementação de uma estratégia integrada de paz, segurança e do seu
desenvolvimento.
Na Declaração, a
sociedade civil é chamada a participar no fortalecimento da democracia e da boa
governação nos Estados da região, particularmente através da promoção da sua
participação a nível local e da implementação de políticas para o
desenvolvimento da imprensa plural, livre e responsável.
Sobre os casos de
pirataria nos últimos tempos incrementados na região do Golfo da Guiné, a
declaração recomenda a intensificação da luta contra a criminalidade
transfronteiriça e o terrorismo internacional, harmonizado e estabelecendo
políticas com vista a uma legislação comum sobre a matéria.
Por sua vez, o
ministro angolano das Relações Exteriores, George Chicoti, que falou no final
do encontro, disse que edificação de um futuro de paz e segurança na região do
Golfo da Guiné passa necessariamente pelo estabelecimento de "relações
baseadas em princípios comuns de confiança".
Segundo o
governante angolano, o encontro teve como objectivo levar a debate a
necessidade de se adopção de mecanismos de coordenação operacionais mais eficazes
entre todas as partes interessadas na segurança e no desenvolvimento económico
dos Estados dessa região africana.
O ministro destacou
ainda a "especial atenção" que Angola, presidente em exercício da
Comissão do Golfo da Guiné, presta à organização, impulsionando acções
político-diplomáticas com os outros países integrantes de forma a assegurar a
sua estabilidade e segurança.
NME // ARA.
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