sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Angola: SANTOS PEDE A GUEBUZA ANÁLISE SOBRE RDCONGO, COMISSÃO DO GOLFO

 


PR angolano pede a homólogo moçambicano que analise crise na RDCongo
 
29 de Novembro de 2012, 09:30
 
Maputo, 29 nov (Lusa) - O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, enviou para Maputo o seu secretário do Estado para as Relações Exteriores para "auscultar a opinião" do Presidente moçambicano, Armando Guebuza, sobre a crise na República Democrática do Congo.
 
Em declarações à imprensa, após se ter encontrado, na quarta-feira, com Armando Guebuza, o secretário do Estado para as Relações Exteriores angolano, Manuel Augusto, afirmou que José Eduardo dos Santos considera importante o papel do Presidente moçambicano na resolução da crise congolesa, na qualidade de presidente em exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
 
"A situação preocupa todos os países africanos. Por isso, viemos auscultar a opinião do Presidente Guebuza na sua qualidade de presidente da SADC na busca de meios para alcançarmos uma paz duradoira na RDCongo", disse Manuel Augusto.
 
A crónica instabilidade naquele país dos Grandes Lagos agravou-se nos últimos dias, após o movimento rebelde M23, supostamente apoiada pelo Ruanda, ter ocupado a cidade de Goma, no leste do país.
 
A SADC já declarou que não aceitará situações de ocupação de território da RDCongo, que é membro da organização austral.
 
PMA // VM.
 
Estados-membros do Golfo da Guiné encorajados a combater tráfico de drogas
 
29 de Novembro de 2012, 21:15
 
Luanda, 29 nov (Lusa) - Os Estados-membros da Comissão do Golfo da Guiné foram hoje encorajados a elaborar políticas e estratégias comuns para o combate à produção e tráfico de drogas, uma das principais preocupações que afecta a região.
 
O apelo consta da Declaração de Luanda, saída da conferência internacional sobre o Golfo da Guiné, que durante dois dias decorreu em Luanda, com a participação de entidades políticas e académicas, e sublinha igualmente a preocupação com o facto de os territórios dos Estados-membros servirem de rota de tráfico para outras regiões de substâncias psicotrópicas.
 
Nesse sentido, os Estados-membros são exortados a apoiar, "sem reservas e em todas as circunstâncias, os processos tendentes ao estabelecimento da paz" naquela região.
 
Na declaração, os participantes no encontro foram igualmente instados a desenvolverem acções concretas que visam a materialização do "Pacto de Não Agressão e de Defesa Comum da União Africana", para promover a cooperação e não agressão entre Estados.
 
O documento indica ainda que os países integrantes da região do Golfo da Guiné, nomeadamente Angola, Camarões, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, Nigéria, Gabão, República Democrática do Congo e República do Congo, devem trabalhar em conjunto para a implementação de uma estratégia integrada de paz, segurança e do seu desenvolvimento.
 
Na Declaração, a sociedade civil é chamada a participar no fortalecimento da democracia e da boa governação nos Estados da região, particularmente através da promoção da sua participação a nível local e da implementação de políticas para o desenvolvimento da imprensa plural, livre e responsável.
 
Sobre os casos de pirataria nos últimos tempos incrementados na região do Golfo da Guiné, a declaração recomenda a intensificação da luta contra a criminalidade transfronteiriça e o terrorismo internacional, harmonizado e estabelecendo políticas com vista a uma legislação comum sobre a matéria.
 
Por sua vez, o ministro angolano das Relações Exteriores, George Chicoti, que falou no final do encontro, disse que edificação de um futuro de paz e segurança na região do Golfo da Guiné passa necessariamente pelo estabelecimento de "relações baseadas em princípios comuns de confiança".
 
Segundo o governante angolano, o encontro teve como objectivo levar a debate a necessidade de se adopção de mecanismos de coordenação operacionais mais eficazes entre todas as partes interessadas na segurança e no desenvolvimento económico dos Estados dessa região africana.
 
O ministro destacou ainda a "especial atenção" que Angola, presidente em exercício da Comissão do Golfo da Guiné, presta à organização, impulsionando acções político-diplomáticas com os outros países integrantes de forma a assegurar a sua estabilidade e segurança.
 
NME // ARA.
 

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