Só o PAICV apoia
proposta do Governo
Liberal (cv) - com foto
O Governo aumenta
em 400 por cento o IVA na água, 233 por cento na energia, 67 por cento nos
telefones e 150 por cento no Turismo. E, ao mesmo tempo, aumenta as despesas do
Estado em 25 por cento e aposta no recurso ao endividamento externo e interno,
reduzindo as possibilidades de recurso ao crédito pelas empresas. O orçamento
da miséria tem rostos: José Maria Neves e Cristina Duarte
Praia, 25 novembro
2012 – À exceção do Governo e do PAICV não há mais ninguém que apoie o
Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2013. Dos sindicatos (entre estes a
UNTC-CS, próxima do partido tambarina) aos patrões, das câmaras de comércio à
oposição parlamentar, todos são unânimes em reconhecer que a proposta de José
Maria Neves e Cristina Duarte é lesiva do interesse nacional, vai empurrar
ainda mais para baixo a Economia cabo-verdiana, não dá respostas ao desemprego
e vai colocar a vida das famílias e das empresas numa situação desesperante.
A voracidade
fiscal, a caça à taxa e ao dinheiro dos contribuintes é o fio condutor de uma
proposta que continua a alargar as gorduras do Estado e a garantir as mordomias
e perbendas da parasitagem que gravita à volta do poder e do partido da
situação. Em vez de apertar o cinto do despesismo da máquina do Estado, o
Governo aumenta as despesas e vai ao bolso dos cabo-verdianos, reduzindo ainda
mais o seu poder de compra.
AUMENTO
GENERALIZADO DO IVA
Este autêntico
Orçamento da miséria regista o maior aumento de impostos da história de Cabo
Verde. O Governo aumenta em 400 por cento o Imposto sobre o Valor Acrescentado
(IVA) na água, 233 por cento na energia, 67 por cento nos telefones e 150 por
cento no Turismo, o que irá ter enormes impactos no correspondente aumento dos
bens essenciais e, como já foi aventado, de perda substancial dos fluxos de
turistas, que procurarão destinos mais acessíveis e onde a carga fiscal foi
reduzida e abolidas as taxas de vistos.
DESEMPREGO VAI
AUMENTAR
Decorrente dos
escandalosos aumentos da carga fiscal, a Economia cabo-verdiana tenderá cada
vez mais a enredar-se na recessão gerando uma quebra ainda mais elevada do
crescimento, levando à insolvência de muitas empresas e alargando o espetro do maior
problema social do nosso país: o desemprego.
A tendência vai no
sentido da perda de competitividade, reduzindo ainda mais o investimento
externo, penalizando o setor empresarial e as famílias, uma situação que tem
vindo a ser alertada por empresários e sindicalistas.
AUMENTA A DÍVIDA
PÚBLICA
Ao mesmo tempo, o
Governo penaliza as empresas em matéria de acesso ao crédito na banca nacional,
absorvendo para si o essencial dos empréstimos e continuando a persistir no
endividamento externo, e aumentando as despesas do Estado em 25 por cento. Ou
seja, em vez de suster a engorda, nomeadamente, reduzindo ministérios e as
despesas com a máquina administrativa e burocrática, o Governo faz mais
empréstimos e penaliza a já elevada carga fiscal dos contribuintes.
O orçamento da
miséria tem rostos: José Maria Neves e Cristina Duarte. Mas tem também um
cúmplice na malfeitoria: o Grupo Parlamentar do PAICV. E o ataque aos bolsos
dos cabo-verdianos sobe amanhã ao palco da Assembleia Nacional. A aprovação do
orçamento segue nos próximos capítulos com o partido tambarina a votar contra a
vontade coletiva de um povo, sindicatos e empresas, trabalhadores e empresários.
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