quinta-feira, 22 de novembro de 2012

CAMERON DECIDE FUTURO DO REINO UNIDO NA UE NESTA CIMEIRA EUROPEIA

 

 
Há muito que o Reino Unido é visto como um parceiro estranho da União Europeia. Mas agora há mesmo quem fale na saída dos britânicos do grupo dos 27. Sobretudo depois da ameaça de David Cameron de vetar o orçamento comunitário de 2014-2020, caso as verbas não sejam cortadas ou congeladas.
 
O eurodeputado francês Alain Lamassoure lembra que “os nossos amigos britânicos, desde 1973, sempre foram parceiros difíceis, mas habituámo-nos a trabalhar com eles. Mas agora, nas últimas semanas, a política europeia britânica está a mudar.”
 
Isto porque o “eurocepticismo” aumentou no Reino Unido, com os chamados rebeldes conservadores e a oposição trabalhista a exigirem ao Primeiro-ministro que peça uma redução do orçamento comunitário. De qualquer forma, as negociações em Bruxelas vão ser sujeitas aos votos do parlamento britânico.
 
O eurodepoutado Roger Helmer deixou o partido conservador em Março. E o novo partido a que pertence está a subir bastante nas sondagens, ameaçando roubar muitos votos conservadores nas próximas eleições gerais.
 
Helmer considera que “é evidente que Cameron não vai conseguir chegar a um acordo para reduzir o orçamento, nem sequer para o congelar. Por isso, não acredito que tenha outra opção para além do veto. Se voltar para casa a dizer, ok, eu disse que não podiamos aumentar o orçamento, mas acabei por aceitar a subida de 2 ou 3%, vai ser vaiado na Câmara dos Comuns”.
 
O correspondente da euronews em Bruxelas, James Franey explica que “David Cameron vem para as negociações desta Cimeira Europeia de mãos atadas: se vetar o orçamento, vai afastar-se dos aliados europeus; se voltar para casa sem, pelo menos, uma redução, vai provocar a ira no próprio partido.
 
Mas há um perigo ainda maior: Esta batalha na Europa pode custar a Cameron o lugar, tal como aconteceu aos dois anteriores primeiros-ministros conservadores.”
 

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