Associação
Empresarial de Portugal defende parcerias com empresários moçambicanos
13 de Dezembro de
2012, 14:41
Maputo, 13 dez
(Lusa) - A Associação Empresarial de Portugal (AEP) desafiou hoje em Maputo os
empresários portugueses a apostarem em parcerias com os colegas moçambicanos
como "uma forma estratégica de aproveitar as elevadas oportunidades de
negócio" existentes no país africano.
A ideia de juntar
sinergias entre os empresários portugueses e moçambicanos foi defendida no
final de uma missão de duas semanas a Moçambique por representantes de 10
empresas filiadas na AEP.
"Estamos
recetivos ao desafio lançado pelas autoridades moçambicanas no sentido de os
investidores estrangeiros firmarem parcerias com os empresários
moçambicanos", disse à Lusa a diretora de Internacionalização e Promoção
Externa da AEP, Maria Helena Ramos.
No caso das
empresas portuguesas, assinalou Maria Helena Ramos, trabalhar em consórcio com
os empresários locais pode conferir maior capacidade de instalação e o
aproveitamento do potencial existente Moçambique.
"É uma
complementaridade da maior utilidade, porque ao conhecimento trazido pelas
empresas portuguesas, junta-se o conhecimento local detido pelos empresários
moçambicanos", enfatizou a diretora de Internacionalização e Promoção
Externa da AEP.
Maria Helena Ramos
afirmou que o sucesso das empresas portuguesas em Moçambique passa por um maior
conhecimento e informação do mercado local, nomeadamente dos seus pontos fortes
e fracos.
"É preciso ter
paciência, tendo em conta as dificuldades que o país tem, ao nível de
logística, do fraco desenvolvimento das infraestruturas e dos recursos humanos",
sublinhou a diretora de Internacionalização e Promoção Externa.
PMA //JMR.
Clima positivo da
economia moçambicana leva Fátima Lopes à semana da moda de Moçambique
13 de Dezembro de
2012, 14:35
Maputo, 13 dez
(Lusa) - A estilista portuguesa Fátima Lopes prometeu hoje um "desfile
completamente diferente" na semana da moda de Moçambique, esperando que a
sua marca chegue "brevemente" a este mercado, que tem "um
potencial de crescimento muito grande".
Fátima Lopes vai
estrear-se na sexta-feira na passerelle da oitava edição da Mozambique Fashion
Week (MFW), que arrancou a 07 de dezembro, em conjunto com outros criadores
internacionais, como as italianas Giulia Tesoriere e Paola Frani.
O ano de 2012
assinalou os primeiros 20 anos de carreira da estilista que, por isso, vai
apresentar "um desfile completamente diferente de tudo aquilo" que
fez "até hoje", numa "última oportunidade de mostrar um espólio
que faz parte da história da marca Fátima Lopes".
"É um desfile
de carreira. Vou apresentar o melhor dos últimos 20 anos, ou seja, um bocadinho
do meu historial, do meu museu particular, aqui numa escolha de peças mais de
verão", disse a estilista à agência Lusa.
Atenta ao clima
positivo da economia moçambicana, Fátima Lopes disse ter "muito
interesse" em trazer a sua marca de roupa e acessórios para Moçambique, o
que também explica a sua participação no MFW.
"Neste
momento, há já uma presença muito reduzida em termos de coleções de óculos
Fátima Lopes. Acho, e gostava muito, que toda a roupa e acessórios, brevemente,
estivessem também disponíveis no mercado moçambicano", avançou a criadora.
A semana da moda de
Moçambique, na qual irão passar mais de duas dezenas de estilistas, entre
moçambicanos e internacionais, prolonga-se até 16 de dezembro.
ENYP //JMR.
Governo financia
comunidades moçambicanas onde se exploram recursos minerais
13 de Dezembro de
2012, 12:53
Maputo, 13 dez
(Lusa) - O Governo moçambicano vai transferir 766 mil euros, no próximo ano,
para as comunidades das regiões onde se exploram recursos minerais em
Moçambique, anunciou o primeiro-ministro, Alberto Vaquina.
Falando no
parlamento, o primeiro-ministro disse que o executivo inscreveu este valor no
Plano Económico e Social e no Orçamento do Estado para o ano 2013 e o dinheiro
visa assegurar que a população e o Estado moçambicano tirem maiores benefícios
da atividade mineira.
As autoridades
moçambicanas pretendem promover ligações empresariais entre as pequenas e
médias empresas locais, para criar mais oportunidades de negócios com as
multinacionais.
"Desta forma,
a indústria extrativa poderá constituir uma oportunidade para a consolidação e
fortalecimento das pequenas e médias empresas locais e do empresariado
moçambicano. A este respeito, importa referir que o Governo vai transferir, no
próximo ano, 30 milhões de meticais (774 mil euros) para as comunidades onde se
exploram recursos minerais", disse Alberto Vaquina.
Em Moçambique,
cerca de 50 empresas estão envolvidas na pesquisa e exploração de recursos
minerais como carvão, gás natural, ferro, ouro, pedras precisas e
semipreciosas, areias pesadas.
Contudo, os ganhos
destes projetos pela população têm sido questionados por alegadamente
beneficiarem mais as multinacionais.
Recentemente, os
bispos católicos de Moçambique apelaram para uma "reflexão séria"
sobre a implantação dos megaprojetos no país "para saber quem é que na
verdade ganha" com estes empreendimentos, cujo impacto, afirmam, é
"superficial" na vida da população moçambicana.
A crítica da Igreja
Católica em Moçambique vem expressa em comunicado enviado à Lusa onde se
denuncia a eventual violação dos direitos humanos pelos proprietários de megaprojetos
que "expropriam terras dos pobres".
"É necessário
que reflitamos seriamente para saber quem é que na verdade ganha com os
megaprojetos e o que é que realmente ganha. O que ganha e quanto ganha a
população. O que ganha e quanto ganha o país" e "o que ganha e quanto
ganham os donos dos projetos", questionam.
Na carta pastoral,
os bispos católicos moçambicanos dizem ter apenas uma certeza do impacto dos
megaprojetos em Moçambique.
"Uma coisa é
certa: quem mais perde até ao presente momento são a população e o país e quem
mais ganha, e muitíssimo, são os donos dos projetos. Estes tinham sempre que
ganhar, mas, atualmente, estão a ganhar muito acima do normal, faltando até ao
cumprimento das suas promessas iniciais que, regra geral, não há ninguém que as
faça cumprir", referem os bispos.
MMT // HB
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