Dhlakama reforça
segurança pessoal depois de convocar manifestações para novembro em Moçambique
15 de Outubro de
2012, 09:19
Nampula,
Moçambique, 15 out (Lusa) - O presidente da Resistência Nacional de Moçambique
(Renamo, oposição), Afonso Dhlakama, anunciou o reforço da segurança pessoal,
depois de ter convocado manifestações para novembro pelo alegado incumprimento
do Acordo Geral de Paz pelo Governo.
Afonso Dhlakama já
ameaçou várias vezes paralisar o país com manifestações, que depois
desconvocou, contra a alegada "ditadura" da Frente de Libertação de
Moçambique (Frelimo, no poder), e incumprimento do Acordo Geral de Paz, assinado
em 1992 e que visa o fim de 16 anos de guerra civil.
Numa palestra sobre
desenvolvimento, que proferiu no fim de semana na cidade de Nampula (norte),
onde vive há cerca de dois anos, Afonso Dhlakama afirmou que se vai deslocar
esta semana à Gorongosa, uma das principais bases da Renamo durante o conflito
armado, para escolher seguranças entre os antigos guerrilheiros do movimento.
O líder do
principal partido da oposição disse que se vai reunir com mais de cinco mil
antigos guerrilheiros da Renamo em Gorongosa, na província de Sofala (centro),
para explicar as razões das manifestações e a necessidade de aumentar a guarda
pessoal.
"Eu nunca vou
desarmar a segurança da Renamo, enquanto a polícia continuar nas mãos da
Frelimo, muito pelo contrário, vou multiplicar o efetivo, a partir deste
momento", enfatizou Afonso Dhlakama, justificando a decisão.
As manifestações do
próximo mês pretendem também pressionar a bancada da Frelimo, que tem a maioria
na Assembleia da República, a aceitar as propostas da Renamo sobre a futura lei
eleitoral, declarou Afonso Dhlakama.
No âmbito do Acordo
Geral de Paz, o líder da Renamo tem direito a uma guarda pessoal composta por
elementos da antiga guerrilha, mas que deviam ter sido enquadrados na polícia.
Além de a segurança
de Afonso Dhlakama não ter sido ainda integrada na polícia, um considerável
contingente de antigos guerrilheiros da Renamo mantém-se nas duas principais
bases do movimento em Sofala, por razões que têm gerado, sistematicamente, uma
troca de acusações entre as duas principais forças políticas moçambicanas.
LYR //EJ.
Companhia russa
Rosneft participa na construção de gasoduto Moçambique-Zimbabué
15 de Outubro de 2012,
10:25
Maputo, 15 out
(Lusa) - A empresa russa Rosneft anunciou hoje a sua participação na construção
de um gasoduto entre Moçambique e Zimbabué, onde será erguido um terminal de
armazém próximo da capital zimbabueana, Harare, abrindo novos mercados para a
companhia em África.
O gasoduto vai
partir do porto da Beira, no centro de Moçambique, e passará por Zâmbia, Malaui
e Botsuana, disse o ministro do Comércio e Indústria da Rússia, Denis Manturov,
que recentemente chefiou uma delegação que visitou no Zimbabué para explorar
oportunidades de investimento.
"Temos muitas
áreas que sentimos que podemos estabelecer parcerias com o governo do Zimbabué,
como a mineração de platina", disse Denis Manturov, assinalando que muitas
companhias russas operam no país, mas muitas estão concentradas no setor
mineiro.
Recentemente, o
ministro zimbabueano de Desenvolvimento de Energia e Eletricidade, Elton
Mangoma, disse que as autoridades zimbabueanas pretendiam construir um gasoduto
que irá se estender da Beira, em Moçambique, até à refinaria de óleo de Feruka,
arredores de Mutare, no Zimbabué, visando aumentar a capacidade existente de
287 quilómetros.
"Nós já
estamos a montar um consórcio com o governo moçambicano e parceiros privados.
Esperemos que a construção comece no próximo ano", disse Elton Mangoma na
época.
Feruka, que é
controlado pelo governo zimbabueano e a companhia de Pipeline
Moçambique-Zimbabué, tem uma capacidade de carga de 130 milhões de litros por
mês, mas autoridades dos dois países preveem que o novo gasoduto transporte 10
milhões de litros de combustível por dia.
MMT // HB
Cerca de cinco
milhões de crianças moçambicanas frequentarão ensino primário em 2013
15 de Outubro de
2012, 10:33
Maputo, 15 out
(Lusa) - Cerca de cinco milhões de crianças moçambicanas estarão inscritas no
ensino primário do primeiro grau em 2013, mais 225 mil crianças que no ano
letivo em curso, indicam dados do Plano Económico e Social (PES).
Os alunos que
estarão matriculados no ensino primário do primeiro grau, que compreende as
classes entre o primeiro ano e quinto de escolaridade, vão estudar em 11.450
escolas, um aumento de 287 estabelecimentos comparativamente aos disponíveis
este ano, refere-se no PES.
Para esse mesmo
nível, o Ministério da Educação prevê distribuir gratuitamente 14,5 milhões de
livros, aponta o documento, que será debatido na próxima sessão da Assembleia
da República, que se inicia este mês.
Quanto ao primeiro
ciclo do ensino secundário geral, o documento aponta para um aumento de 5,8
milhões para 6,2 milhões no número de alunos matriculados em 2013.
Para o próximo ano,
está prevista a abertura de 793 instituições no Ensino Primário e no Ensino
Secundário Geral.
Moçambique tem uma
população estimada de 22 milhões de pessoas.
PMA // HB
*O título nos
Compactos de Notícias são de autoria PG