sábado, 2 de fevereiro de 2013

Crónica da guerra das opções políticas dos jogos da CPLP em São Tomé e Príncipe




Hanek – O Parvo

O ministro da Juventude e Desporto, Albertino Boa Morte não disse mas disse que o Governo de Patrice Trovoada idealizou e começou a plantar árvores para os jogos da CPLP em São Tomé e Príncipe. Começou a criar as bases e condições para a realização destes jogos no País.

Albertino Boa Morte prontificou-se em dizer de que o Governo de que faz parte não tem como criar condições hospitalares, de segurança e infraestruturais para acolher os jogos da lusofonia 2014. O recado que deixou teve como sinónimo de que o Governo de Gabriel Costa veio substituir o de Patrice Trovoada somente para sentar e ver as condições criadas vindas do céu.

Boa Morte prontificou-se em disseminar as declarações do Primeiro Ministro aos deputados segundo as quais ele não vai sair de SãoTomé e Príncipe com mãos estendidas à busca de financiamento e oportunidades ao País. Foi também um recado deixado ao Palácio do Povo que só ele tem, se calhar, a responsabilidade de sair do País para encontrar apoios e investimentos ao País. Desafios estarão virados para Angola, Guiné Equatorial e Congo Brazzaville onde Pinto da Costa tem amizades e mais nenhum.

O XV Governo tem preguiça de continuar o trabalho já iniciado pelo governo cessante. O trabalho já iniciado dá mais sacrifício, mais trabalho e mais suor de sabedoria e inteligência. Nem se preocupou em saber como é que esses jogos podiam ser realizados, conforme já estava assente pelo XIV Governo. Os considerados assaltantes do poder não tentaram saber quais foram os contatos, engajamentos e meios já acertados.

Em menos de um mês da sua tomada de posse os “assaltantes” já tinham feito todos os diagnósticos e cálculos, assim como os contatos com os restantes parceiros de que era impossível STP acolher a comunidade desportiva lusófona em 2014. O XIV Governo estava mergulhado numa autêntica brincadeira, com Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Portugal quando dizia que tudo estava em marcha e que em meados de 2014 STP estava em condições para receber os jogos no solo pátrio são-tomense, pela primeira vez!

O ministro da Juventude e Desporto de Gabriel Costa quis também dizer aos são-tomenses que não haverá continuidade da ação governativa e muito menos aquela deixada pelo Governo de Patrice Trovoada. Terá também ficado claro que o governo de Gabriel Costa não veio para dar continuidade à normalidade governativa. O País está forçado à descoberta de outros sinónimos de transição dos poderes políticos, administrativos e governativos.

Destruição continua a ser uma ação muito fácil de ver nos sinónimos. Construção é que será muito difícil encontrar-se nos dicionários dos sinónimos da política dos bombeiros governativos. O questionário da primeira aparição do ovo ou da galinha encaixa bem num dos objetivos dos jogos da CPLP/2014 em STP em SãoTomé e Príncipe.

Primeiro, seria para criar as bases infra-estruturais desportivas para depois o País começar a lançar ações desportivas internacionais. Atletas são-tomenses a triunfar com medalhas nos jogos de 2014 em SãoTomé e Príncipe estava concebido para segundo plano.

O XV Governo concebeu para o primeiro plano que atletas são-tomenses devessem ganhar medalhas nos jogos 2014 na sua terra natal. As condições hospitalares, de segurança, infraestruturais e outras devem ficar para o segundo plano. “Vamos preparar os nossos atletas para competirem lá fora para nos trazerem medalhas”, disse Albertino Boa Morte.

Ficou assim lançada a guerra de opções políticas e desportivas para os jogos da lusofonia 2014 em SãoTomé e Príncipe entre Patrice Trovoada e Gabriel Costa. Está de igual modo lançada a guerra de quem tem muitas amizades internas e internacionais e a guerra de quem tem poucas amizades internas e quase nenhuma no exterior do País.

O Governo de Gabriel Costa apoiado por Pinto da Costa e a “tróica” partidária, MLSTP/PSD, PCD e MDFM/PL vai assim levar STP a melhores dias do seu desenvolvimento?

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