domingo, 7 de abril de 2013

António José Seguro discorda do Presidente da República sobre continuidade do Governo




MYV/ZO – ZO - Lusa

O líder do PS, António José Seguro, disse hoje que discorda da posição do Presidente da República sobre a continuidade do Governo e afirmou que já não espera “nada deste primeiro-ministro”.

"A nossa leitura é muito clara, nós consideramos que o país vive numa situação de tragédia social que é necessário alterar e essa mudança implica a substituição do Governo”, disse Seguro, respondendo depois que não concorda com a posição do Presidente da República.

O secretário-geral do PS respondia aos jornalistas, na Póvoa de Varzim, sobre se concordava com a posição do Presidente da República, que afirmou no sábado que o Governo dispunha de condições para cumprir o mandato democrático em que foi investido.

Para António José Seguro, “o país precisa de mudar, necessita de uma outra estratégia para sair da crise e precisa de estabilidade económica”.

O secretário-geral do PS afirmou ainda que “os portugueses sentem que este Governo não tem autoridade, não tem credibilidade e que violou as promessas eleitorais, colocando o país no caminho errado”.

“Não há só o orçamento, porque esse foi mais um problema que se somou a outros como sejam os quase um milhão de desempregados e a espiral recessiva do ponto de vista económico”, reiterou.

O líder socialista salientou que Portugal está a “pagar os erros do primeiro-ministro e pelo facto de não ter ouvido ninguém” e o ‘chumbo’ ao orçamento "é exemplo disso”.

Após o ‘chumbo’ do Tribunal Constitucional a quatro artigos do Orçamento do Estado para 2013 e as reuniões de sábado do Conselho de Ministros e do primeiro-ministro com o Presidente da República, Pedro Passos Coelho faz hoje uma declaração ao país às 18:30.

O secretário-geral do PS disse que já não espera “nada deste primeiro-ministro” e lamentou que o Governo tenha “passado tantos sinais vermelhos”, responsabilizando-o pela “crise social, económica e política” do país.

Por isso, a solução para Portugal passa por “negociar as condições do nosso ajustamento” para que o país consiga “resolver os problemas”, defendeu.

Se houver um segundo resgate, avisou: “a culpa é do Governo”.

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