MYV/ZO – ZO - Lusa
O líder do PS,
António José Seguro, disse hoje que discorda da posição do Presidente da
República sobre a continuidade do Governo e afirmou que já não espera “nada deste
primeiro-ministro”.
"A nossa
leitura é muito clara, nós consideramos que o país vive numa situação de
tragédia social que é necessário alterar e essa mudança implica a substituição
do Governo”, disse Seguro, respondendo depois que não concorda com a posição do
Presidente da República.
O secretário-geral
do PS respondia aos jornalistas, na Póvoa de Varzim, sobre se concordava com a
posição do Presidente da República, que afirmou no sábado que o Governo
dispunha de condições para cumprir o mandato democrático em que foi investido.
Para António José
Seguro, “o país precisa de mudar, necessita de uma outra estratégia para sair
da crise e precisa de estabilidade económica”.
O secretário-geral
do PS afirmou ainda que “os portugueses sentem que este Governo não tem autoridade,
não tem credibilidade e que violou as promessas eleitorais, colocando o país no
caminho errado”.
“Não há só o
orçamento, porque esse foi mais um problema que se somou a outros como sejam os
quase um milhão de desempregados e a espiral recessiva do ponto de vista
económico”, reiterou.
O líder socialista
salientou que Portugal está a “pagar os erros do primeiro-ministro e pelo facto
de não ter ouvido ninguém” e o ‘chumbo’ ao orçamento "é exemplo disso”.
Após o ‘chumbo’ do
Tribunal Constitucional a quatro artigos do Orçamento do Estado para 2013 e as
reuniões de sábado do Conselho de Ministros e do primeiro-ministro com o
Presidente da República, Pedro Passos Coelho faz hoje uma declaração ao país às
18:30.
O secretário-geral
do PS disse que já não espera “nada deste primeiro-ministro” e lamentou que o
Governo tenha “passado tantos sinais vermelhos”, responsabilizando-o pela
“crise social, económica e política” do país.
Por isso, a solução
para Portugal passa por “negociar as condições do nosso ajustamento” para que o
país consiga “resolver os problemas”, defendeu.
Se houver um
segundo resgate, avisou: “a culpa é do Governo”.
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