quarta-feira, 10 de abril de 2013

Portugal: Vítor Gaspar e Passos Coelho enlouqueceram e sequestraram o País




Daniel Oliveira – Expresso, opinião - ontem

O ministro das Finanças instaurou, desde hoje, o Estado de Exceção em Portugal. Como forma de punir o País, sequestrou todas as instituições, proibiu todas as despesas, por mais pequenas que sejam, deixando todo o Estado paralisado de um dia para o outro. António Nóvoa, Reitor da Universidade de Lisboa, deixou apenas três exemplos: "ficamos impedidos de comprar produtos correntes para os nossos laboratórios, de adquirir bens alimentares para as nossas cantinas ou de comprar papel para os diplomas dos nossos alunos."  Agora multipliquem isto por milhares. Pelos centros de saúde (apenas os Hospitais EPE ficaram de fora), escolas, repartições públicas, centros de investigação. O homem ensandeceu de vez.

A decisão do ministro é de tal forma insensata e perigosa, e é de tal forma evidente que se trata de uma manobra política para criar o pânico no País e assim impor a sua vontade, que se exige uma imediata intervenção do Presidente da República para repor a normalidade. A ver se fica claro: Vítor Gaspar e Pedro passos Coelho não são donos de Portugal nem são donos do Estado. Não o podem usar para cercar os cidadãos e impedir o regular funcionamento do País. Não há, por causa dos 1.200 milhões de euros que agora estão em causa, nenhuma razão financeira que justifique esta decisão. É um ato de prepotência e chantagem política, através de um inacreditável abuso de poder, que não pode ficar impune.

Desta vez, Vítor Gaspar e Passos Coelho ultrapassaram todas as marcas. Se não houver uma intervenção de Cavaco Silva quer dizer que deixámos de viver num Estado Democrático e estamos sujeitos a todas as arbitrariedades que a inacreditável birra do governo nos quiser impor. Não resta outra solução que não seja correr imediatamente com esta gente do poder. Quem é incapaz de aceitar uma decisão de um tribunal e usa o poder de Estado para se vingar do País não pode continuar a ocupar cargos governativos.

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