PCR (MDR) APN –
Lusa - foto Sedat Suna - EPA
Cerca de 3.000
pessoas desfilaram hoje em Istambul para denunciar a abordagem dos ‘media’
turcos, que consideram parcial, face ao movimento de protesto antigovernamental
que abala a Turquia desde sexta-feira.
“Imprensa,
vendida!” e “Não queremos uma imprensa submissa”, foram algumas das palavras de
ordem entoadas numa concentração frente ao grupo mediático Dogus Holding,
designadamente proprietário da cadeia televisiva NTV, referiram ativistas à
agência noticiosa AFP.
Os manifestantes
também protestaram contra a “submissão” de numerosos grupos mediáticos, ao
considerarem demasiado tímida a cobertura do protesto contra o
primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan.
Pelo contrário, as
redes sociais mobilizaram-se em massa desde sexta-feira para difundir apelos a
manifestações por todo o país e denunciar a brutalidade da intervenção policial.
A imprensa e a
televisão turcas são na generalidade controladas por grupos considerados
próximos do Governo ismalita-conservador, no poder desde 2002.
De acordo com os
organizadores do protesto, apenas alguns jornais e cadeias de televisão têm
garantido a sua independência ou oposição política face ao poder, mas continuam
submetidos a pressões políticas e financeiras.
A Turquia é palco
desde sexta-feira de manifestações contra o governo do Partido da Justiça e do
Desenvolvimento, islâmico e conservador, no poder desde 2002.
Os manifestantes
acusam o executivo de Recep Tayyip Erdogan de deriva autoritária e de pretender
islamizar a sociedade turca.
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