quarta-feira, 5 de junho de 2013

Parceiros querem explicações sobre alegados casos de corrupção em Moçambique

 

PMA – VM - Lusa
 
Maputo, 05 jun (Lusa) - Os 19 principais países e organizações internacionais no apoio ao Orçamento do Estado moçambicano exigem esclarecimentos sobre o alegado envolvimento do ministro da Agricultura no contrabando de madeira e de um caso de corrupção no Ministério da Educação.
 
O ministro da Agricultura moçambicano, José Pacheco, é referenciado numa investigação da Organização Não Governamental (ONG) inglesa Agência de Investigação Ambiental (EIA) como tendo recebido dinheiro de empresários chineses do setor da madeira chinesa para facilitar exportações ilegais de madeira para a China.
 
Por seu turno, o Ministério da Educação de Moçambique revelou recentemente o desvio de avultadas somas de dinheiro por quadros da instituição, drenadas através de pagamentos indevidos de salários a funcionários e pessoas estranhas à entidade.
 
Em entrevista ao semanário Canal de Moçambique, o embaixador de França em Moçambique, Serge Segura, cujo país integra o chamado "G-19", grupo dos principais parceiros internacionais do Orçamento do Estado moçambicano, afirmou que o organismo quer esclarecimentos sobre os dois casos.
 
"Quando casos deste tipo se tornam públicos, há certamente reação por parte do G-19 e discussões aprofundadas com as autoridades e vamos procurar informações sobre esses casos", assinalou Serge Segura.
 
O embaixador adiantou que os parceiros internacionais, entre os quais está Portugal, querem saber das autoridades moçambicanas que ações serão desencadeadas para que casos do género não se repitam.
 
Serge Segura considerou "preocupantes" os relatórios nacionais e internacionais sobre a corrupção em Moçambique, defendendo o diálogo com as autoridades para a identificação de formas de combate à prática.
 
"A posição de Moçambique nos diferentes 'rankings' internacionais é preocupante e só podemos esperar que essa posição melhore nos meses que vêm. E, mais uma vez, vamos manter o espírito de diálogo entre o G-19 e o Governo moçambicano. Um diálogo real", frisou o diplomata.
 

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